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Eleições 2024: PT de Lula e PL de Bolsonaro mantêm rivalidade na maioria das cidades do Grande Recife

Postado em 22 de Agosto de 2024


Nos municípios em que os partidos não se enfrentam, o Partido Liberal não tem candidato próprio nem apoia candidaturas.

O presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro Miguel Schincariol/AFP e Suamy Beydoun/Reuters A rivalidade entre as duas maiores forças políticas do país é seguida nas disputas pelas prefeituras do Grande Recife.

Nos 14 municípios da Região Metropolitana, o PT, do presidente Lula, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão em lados opostos, conforme levantamento feito pelo g1 com base nas informações das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Acompanhe a cobertura completa das eleições em Pernambuco Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Das 14 cidades do Grande Recife, em oito existe confronto entre os dois partidos.

Nas outras seis, o PL não tem candidato próprio nem faz parte de nenhuma coligação.

O PT tem candidaturas próprias em duas cidades e faz parte da coligação de algum outro candidato nos outros 12 municípios.

Os dados constam das atas assinadas pelos partidos até 15 de agosto, data final para a realização das convenções para as eleições de 2024.

Nesses documentos, os partidos precisam informar à Justiça Eleitoral se vão lançar candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador; se vão apoiar algum outro candidato; ou não lançar nem apoiar nenhuma candidatura. Segundo as atas das convenções, o PT: Está presente na disputa das 14 cidades do Grande Recife, lançando candidaturas próprias em Jaboatão dos Guararapes e Olinda, e apoiando outros 12 candidatos; Entre os candidatos que o partido apoia, a maior parte é do PSB (Abreu e Lima, Itapissuma, Recife e São Lourenço da Mata) e do Republicanos (Camaragibe, Igarassu, Itamaracá, Ipojuca e São Lourenço da Mata); Em outras duas cidades, quem recebe apoio dos petistas é o PP (Cabo de Santo Agostinho e Moreno).

O PSD é apoiado pelo PT em uma cidade (Araçoiaba), assim como o PDT (Paulista). Já o PL participa de chapas para prefeitura em oito cidades: Em sete, o partido tem candidatura própria: Camaragibe, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista e Recife; Em apenas uma, Igarassu, o PL apoia um outro partido, o PSDB. LEIA TAMBÉM: PT e PL estão no mesmo palanque de candidatos a prefeito em 85 cidades no país Como cabeça de chapa, o PL participa, atualmente, de disputas em mais cidades do que nas eleições de 2020, quando teve três candidaturas próprias no Grande Recife e apoiou outras cinco.

Na época, o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não era da legenda — ele era do antigo PSL e se filiou ao Partido Liberal em 2021, após passar dois anos sem partido. Já o PT, em 2020, participou das disputas partidárias de 11 municípios da Região Metropolitana, tendo candidato próprio em quatro.

Naquele ano, o PT e PL participam juntos da disputa em Paulista, com a candidatura de Francisco Padilha (na época, no PSB), que não foi eleito. Para o cientista político e doutorando em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Antônio Fernandes, o pleito municipal tende a ser menos nacionalizado, o que diminui o peso do confronto entre PT e PL.

"O primeiro ponto que o eleitor avalia é a gestão do prefeito ou prefeita.

Mesmo com o cenário de polarização nacional, não necessariamente teremos a reprodução desse embate nas cidades", disse o cientista político. Ele também afirmou que as eleições costumam ter maior influência do contexto nacional quando há segundo turno, e os candidatos costumam se alinhar com alguma das forças políticas principais.

Ainda assim, o impacto local prevalece.

"O pleito tende a ser plebiscitário, especialmente nos casos de tentativa de reeleição", declarou. Confronto das forças estaduais Janja, Lula e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em cerimônia em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco Reprodução/CanalGov Em Pernambuco, o PSDB, da governadora Raquel Lyra, eleita em 2022, tem como principal adversário o PSB, que governou o estado entre 2007 e 2022, após vencer quatro eleições consecutivas. Os socialistas lideram a oposição à gestão estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Para as eleições municipais deste ano, os dois partidos são adversários em 12 das 14 cidades do Grande Recife, onde eles participam de alguma chapa. As eleições municipais são vistas como termômetro para a disputa eleitoral de 2026, quando a atual governadora pode tentar a reeleição.

Nos bastidores políticos, comenta-se que seu principal adversário pode ser o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), que teria que renunciar ao cargo na capital para disputar o governo, caso seja reeleito neste ano. O PSDB faz parte de 12 chapas partidárias na Região Metropolitana, tendo cinco candidaturas próprias e apoiando outras sete.

Já o PSB está presente nas coligações de todas as 14 cidades da região e tem candidatura própria em 7, apoiando aliados em outros 7 municípios. De acordo com as informações do TSE: O PSDB lançou candidatura própria nas cidades de Abreu e Lima, Igarassu, Itamaracá, Paulista e São Lourenço da Mata; Os partidos que mais recebem apoio dos tucanos são o PP, em três municípios (Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Moreno), e o PSD, também com três (Itapissuma, Olinda e Recife).

O Republicanos tem o apoio do PSDB em Camaragibe; O PSB tem candidato próprio para prefeito em sete cidades da Região Metropolitana: Abreu e Lima, Itamaracá, Itapissuma, Moreno, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata; Em outras duas, os socialistas estão ao lado do Republicanos (Igarassu e Ipojuca) e do PT, também na disputa em duas cidades (Jaboatão dos Guararapes e Olinda); O PSB apoia, ainda, o PDT em Araçoiaba, o Solidariedade no Cabo de Santo Agostinho e o Podemos em Camaragibe. No comparativo com 2020, o PSDB teve participação em oito chapas, uma delas com candidatura própria.

O PSB participou de alguma coligação em todas as 14 cidades da Região Metropolitana do Recife, tendo nove candidaturas próprias.

Nas últimas eleições municipais, os dois partidos se aliaram somente em Abreu e Lima, com a candidatura de Cristiane Moneta (PSB), que não foi eleita. Para Antônio Fernandes, a eleição municipal pode trazer sinais para o pleito estadual de 2026.

"Não é necessariamente uma prévia, mas, de certa forma, se começa a organizar os dados eleitorais e olhando para possíveis voos maiores", declarou. Ainda de acordo com o cientista político, os palanques formados na eleição municipal são importantes para as eleições dos futuros deputados estaduais, deputados federais, senadores e da candidatura ao governo do estado.

"As eleições de 2026 passam pelas de 2024 na preparação das bases", disse. VÍDEOS: mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco

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