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Ministério da Educação destina R$ 32 milhões em recursos para Terra Indígena Yanomami

Postado em 22 de Agosto de 2024


Recursos serão para construção de escolas nos territórios Yanomami.

Os valores também são destinados à manutenção dos espaços e à formação de educadores.

Território etnoeducacional Yanomami e Ye’kwana será o primeiro a receber o apoio do MEC MEC/Divulgação O Ministério da Educação (MEC) deve destinar R$ 32 milhões em recurso para o território etnoeducacional Yanomami e Ye’kwana.

O plano de trabalho foi anunciado na última terça-feira (20) pelo ministro da educação, Camilo Santana. Acesse o canal do g1 Roraima no WhatsApp Os recursos serão para construção de escolas nos territórios Yanomami.

Os valores também são destinados à manutenção dos espaços e à formação de educadores no território etnoeducacional Yanomami e Ye’kwana, de forma emergencial. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ficará responsável por executar as obras.

Além disso, o Instituto Federal de Roraima (IFRR) vai conduzir a formação de professores para atuarem junto aos estudantes Yanomami.

O MEC também anunciou investimento de mais R$ 195 milhões para construção de outras escolas indígenas no país.

O território etnoeducacional Yanomami e Ye’kwana será o primeiro a receber o apoio do MEC por meio das universidades e institutos federais, neste ano. O investimento será destinado para a construção de: Quatro casas-escola Yanomami e Ye’kwana; Dez espaços de saberes de autogestão; e um centro de formação. Também será criado um curso técnico em magistério indígena pelo IFRR, além de outras atividades de formação de professores e da compra de material didático.

Do investimento total de R$ 32 milhões, aproximadamente R$ 18 milhões serão destinados à formação de professores, maior demanda trazida pelas lideranças. Os Yanomami são a etnia brasileira com o menor número de profissionais formados pela educação superior — menos de 1% tem formação neste nível.

Os novos aportes visam fortalecer o Programa Saberes Indígenas no Território, responsável pela formação continuada e pela produção de material didático voltado a esse público.

“O Estado brasileiro tem uma dívida histórica com os povos originários e sabemos das dificuldades que as secretarias estaduais e municipais têm de realizar ações nessas regiões”, disse Santana.

“Pensando nisso, o MEC adotou uma nova estratégia e vai repassar diretamente os recursos para instituições federais de ensino, com a finalidade de agilizar a execução das obras e das iniciativas nos territórios, sempre prezando pelo diálogo e acompanhamento dos povos indígenas”, afirmou O presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e escritor, Davi Kopenawa Yanomami, destacou a união de esforços para a manutenção da educação escolar indígena. “É importante pensarmos juntos nessas políticas e ações para atingir o nosso desejo coletivo: a garantia da educação indígena com qualidade para os brasileiros”, afirmou Kopenawa.

“Nosso povo precisa aprender a ler e a escrever, porque só por meio da educação teremos a capacidade de garantir os nossos direitos e a nossa terra”, finalizou.

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