De acordo com o especialista, a névoa é reflexo da poluição do ar, causada por poeira em suspensão e fumaça das queimadas.
Itapetininga (SP) chegou a registrar 22% de umidade relativa do ar na tarde de terça-feira (3).
Itapetininga (SP) chegou a registrar 22% de umidade relativa do ar na tarde de terça-feira (3); recomendado pela OMS é 60% Reprodução/TV TEM A névoa que tomou conta do céu no interior de São Paulo nos últimos dias é mais um reflexo das recentes queimadas no estado.
O interior enfrenta um intenso período de estiagem, com condições de seca extrema e severa.
Itapetininga (SP) chegou a registrar 22% de umidade relativa do ar na tarde de terça-feira (3); o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 60%. Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp De acordo com o professor Daniel Nassif, especialista em agrometeorologia e climatologia, essa névoa, principalmente durante a tarde, é reflexo da poluição do ar, causada por poeira em suspensão e fumaça das queimadas.
A fumaça chega à região devido à circulação atmosférica. "Durante as manhãs, vemos, além desses poluentes, também a neblina em alguns dias.
Por estes dias, nessa onda de calor, podem aparecer nuvens que encobrem o céu, mas sem chuvas", explica. Na terça-feira (3), por volta de 12h, a cidade de Sorocaba (SP) também ficou encoberta pela névoa (veja abaixo).
Na terça-feira (3), por volta de 12h, a cidade de Sorocaba (SP) ficou encoberta pela névoa Reprodução/TV TEM Data para acabar De acordo com o especialista, juntando tempo um pouco nublado com poluição do ar e um pouco de neblina, vemos um ar acinzentado no horizonte, que só vai ficar mais limpo após o início do período das chuvas, em meados de outubro. Estiagem e poluição mudam paisagem em cidades do interior de São Paulo LEIA TAMBÉM: Cidades do interior de SP ainda têm focos ativos de incêndio Onda de calor, risco de incêndio, baixa umidade do ar: veja como será o mês de setembro na região de Itapetininga Fundação Florestal fecha unidades de conservação no interior de SP devido ao risco de incêndios Umidade x saúde Segundo o médico otorrinolaringologista José Otávio Vasques Ayres, em dias como estes, crianças e idosos devem ficar em alerta. "A baixa umidade do ar vai retirar a umidade do nosso corpo, e a gente acaba não tomando muita água ou não toma o suficiente, principalmente crianças e idosos, porque a criança não tem atenção nisso, e o idoso perde aquele sensor que diz que a gente está desidratado, não funciona bem", reforça. De acordo com o médico, o sistema respiratório é o que mais sofre nessas condições, mas a pele também pode ser afetada.
Por isso, é interessante evitar banho muito quente e usar sempre hidratantes. "Para melhorar a umidade do ambiente, um humidificador pode ajudar, mas é preciso ter cuidado para não exagerar e evitar mofo, especialmente para quem tem alergias.
Um truque simples é usar uma toalha molhada e torcida pendurada próxima à cama.
Além disso, manter-se hidratado é essencial, consumindo alimentos ricos em líquidos, como frutas e verduras, e bebendo de dois a três litros de água por dia.
Em crianças e idosos, a hidratação deve ser incentivada, mesmo sem sede.
Também é importante evitar atividades físicas intensas entre 10h e 16h." Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM