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Júri de pai acusado da morte dos três filhos adotivos durante incêndio na Grande SP entra no segundo dia

Postado em 22 de Agosto de 2024


Júri acontece no fórum da Barra Funda em São Paulo.

Caso aconteceu em 2021, em Poá, na Grande São Paulo.

Os irmãos Fernanda, Gabriel e Lorenzo foram carbonizados após o quarto onde dormiam pegar fogo.

Júri popular da pai acusado da morte dos três filhos em Poá começa nesta quarta-feira O júri popular de Ricardo Reis de Faria e Vieira, acusado da morte de seus três filhos adotivos após um incêndio na casa onde viviam, em Poá, na Grande São Paulo, entra em seu segundo dia nesta quinta-feira (22).

O júri começou na manhã de quarta-feira (21), no Fórum da Barra Funda, na capital paulista.

E se estendeu até a noite.

Ricardo foi preso no dia seguinte à morte das crianças e segue detido. Os irmãos Fernanda, Gabriel e Lorenzo foram carbonizados após o quarto onde eles dormiam pegar fogo.

O caso aconteceu em fevereiro de 2021.

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o réu responde por homicídio triplamente qualificado. Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp O Conselho de Sentença é formado por sete jurados, dividido entre cinco mulheres e dois homens.

Na pauta consta o nome de oito testemunhas, sendo quatro de acusação e quatro de defesa. O julgamento é presidido pela juíza Clara Lacerda de Almeida Barros.

Por volta das 19h, foi informado que duas testemunhas ainda seriam ouvidas e, somente depois disso, a juíza decidiria se o réu seria interrogado ainda na quarta-feira.

Ricardo Reis já passou por outros júris que foram anulados ou dissolvidos como em dezembro de 2023.

Segundo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), durante o julgamento Ricardo Reis afirmou que a advogada que atuava como assistente de acusação o acompanhou no dia do ocorrido na delegacia de polícia. Ao ser questionada se via nesse fato um prejuízo a defesa do acusado, a defensora dele afirmou que sim.

Segundo o TJSP, o promotor de Justiça também pediu a dissolução por receio de alegação de uma nulidade, caso o júri continuasse com a participação da advogada.

Com isso, o júri foi dissolvido. LEIA MAIS: Júri de pai acusado da morte dos três filhos adotivos é dissolvido; Justiça marca novo julgamento Vizinha de casa onde incêndio matou três irmãos em Poá diz ter ouvido: 'Pai, não deixa eu morrer aqui' Três irmãos morrem após quarto em que dormiam pegar fogo em Poá Morte de 3 irmãos em Poá: entenda as investigações Expectativa pelo júri Antes do julgamento, que começou por volta das 10h30, Thereza Vieira, avó das crianças, disse que o maior desejo do julgamento é pela sentença. “A gente não aceita mesmo.

Não aceito, não aceito mesmo.

Quero justiça.

Vou ficar até o final, até o final.

Eu quero que saia uma sentença”, disse Thereza Vieira, avó das crianças. Doroti Moreira, madrinha de Lorenzo, contou que o menino passou por um processo de adoção antes de ser acolhido por Ricardo e Leandro.

“O duro é ter a coragem de saber da existência de uma pessoa assim.

Porque eu acompanhei todo o processo da primeira adoção.

Da segunda colaborei com até leite para o bebê porque o Lorenzo era especial na questão do leite.

Afeta muito.

Como madrinha, amiga, você fica assim ‘isso existe, gente?’”. “Tem três anos e meio que se passaram.

Muito difícil.

Eu tento não olhar para a casa, mas aquela imagem de quando eu cheguei, tudo queimando.

Eu sofri danos, estou sofrendo danos até hoje com o imóvel, com tudo.

Mas eu acho que o principal pra mim foram as crianças”, contou Solange Baraldini, vizinha das crianças. O g1 tentou contato com a defesa de Ricardo, mas não houve resposta até o momento. O caso De acordo com a Polícia Civil, Ricardo disse em depoimento que teria acordado na madrugada de 17 de fevereiro de 2021 com o cheiro de fumaça e tentou arrombar o quarto dos filhos, que estava trancado e que também tinha grades na janela.

Como não conseguiu, foi até a delegacia, que fica a poucos metros de distância, para pedir ajuda. Apesar de o pai ter afirmado que acordou com o cheiro, uma testemunha disse aos policiais que escutou uma voz pedindo ajuda. Três crianças morrem após quarto em que dormiam pegar fogo em Poá Cristiane Aparecida Athos/Arquivo Pessoal Gabriel Reis de Faria e Vieira, de 9 anos, Fernanda Verônica Reis de Faria e Vieira, de 14 anos, e Lorenzo Reis de Faria e Vieira, de 2 anos.

Em 2014, Ricardo e Leandro José Reis, que na época eram casados, adotaram Fernanda e Gabriel.

Em 2019, Lorenzo chegou à família. Na época do caso, Ricardo e Leandro estavam separados, sendo que as crianças estavam com Ricardo no dia do ocorrido.

Os pais das crianças viveram juntos por cerca de 13 anos. O corpo de Fernanda, de 14 anos, foi encontrado no banheiro.

Lorenzo estava no centro do quarto das crianças e Gabriel estava próximo a uma janela. Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê

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