Movimento Me Too Brasil confirmou publicamente recebimento de relatos contra Silvio Almeida; ministro repudia acusações.
Relatos sobre uma suposta conduta assediosa do ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, sobre mulheres circulam no governo Lula desde o ano passado.
Um integrante do primeiro escalão da administração petista confirmou ao blog ter ouvido relatos "genéricos" sobre "um suposto assédio" em 2023. A informação corrobora apuração publicada pela jornalista Mônica Bergamo, da "Folha de S.Paulo".
Ela relata que integrantes do governo sabiam das queixas que agora emergem contra Almeida. O ministro rechaça as acusações e disse que pediu investigação sobre o assunto à Controladoria-geral da União e ao Ministério da Justiça.
Ele disse repudiar os relatos, que chamou de mentirosos.
Ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio "Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade.
Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro", diz a nota do ministro. O caso estourou com reportagem do site "Metrópoles", que relatou que a organização Me Too Brasil havia recebido queixas de assédio sexual contra o ministro.
O grupo confirmou publicamente a informação. Ainda segundo o portal, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Ela decidiu não se pronunciar sobre o assunto. Ainda segundo o blog apurou, com Lula em viagem a São Paulo na noite desta quinta-feira (5), a Casa Civil iniciou um processo de apuração dos fatos e determinou que a Advocacia-Geral da União passasse a buscar pessoas mencionadas nas reportagens. O ministro Silvio Almeida em evento no Senado Federal. Edilson Rodrigues/Agência Senado