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Incêndios no Pantanal já destruíram área equivalente ao estado do Sergipe: 2,093 milhões de hectares

Postado em 22 de Agosto de 2024


De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em todo o território do Pantanal, foram registrados 498 focos, sendo 298 em Mato Grosso do Sul, equivalente a 59.8% no estado.

Incêndios no Pantanal ultrapassaram 2 milhões de hectares queimados CB Simões/CBMMS Os incêndios no Pantanal atingiram nesta quinta-feira (22) a marca de 2,031 milhões de hectares destruídos, uma área equivalente a de todo o estado de Sergipe (2,193 milhões de hectares).

Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), a extensão atingida pelas queimadas no bioma chega a 13,46% do bioma pantaneiro.

Entenda o porquê do fogo no Pantanal e como crise climática intensifica as chamas neste ano De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em todo o território do Pantanal, foram registrados 498 focos, sendo 298 em Mato Grosso do Sul, equivalente a 59,8% do total do bioma.

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A fumaça das queimadas pode ser vista em Corumbá (MS), que amanheceu encoberta nos seus 27?°C.

Conforme a Climatempo, os termômetros podem bater 40?°C, seguindo de baixa umidade, nesta quinta-feira.

Fumaça pode ser vista em Corumbá, município que abrange o Pantanal sul-mato-grossense Jaderson Moreira/TV Morena A temporada de incêndios no Pantanal, que historicamente começa entre o fim de julho e o início de agosto, se antecipou em 2024 devido à longa estiagem e às mudanças climáticas.

Conforme apontam especialistas, o bioma enfrenta a pior temporada de fogo desde 1951. Animais afetados Na última semana, três onças-pintadas foram resgatadas dos incêndios no Pantanal.

Um dos felinos, Antã, foi resgatado com queimaduras de terceiro grau e comprometimento pulmonar - podendo a causa ser inalação de fumaça - na região do Passo da Lontra, no Pantanal de Miranda (MS). Veterinários afirmam que Antã requer uma maior atenção, por estar mais debilitado.

"Ele está com crepitações [som semelhante ao chiado] no pulmão que acreditamos ser causado pela inalação da fumaça de algum incêndio.

É partir desses exames que vamos verificar a real situação do Antã", explica a coordenadora do Ayty, a veterinária Aline Duarte. Antã, está em tratamento intensivo em unidade de recuperação Governo de MS/Reprodução Além de Antã, Miranda e Itapira foram salvas com queimaduras de segundo grau e lesões pelo corpo.

Miranda foi levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Campo Grande e, Itapira para o instituto NEX, em Goiás.

Outras espécies Desde o início da temporada de incêndios no Pantanal, em maio — que começou mais cedo do que o habitual devido ao tempo seco e às mudanças climáticas —foram resgatados mais de 564 animais silvestres afetados pelo fogo.

O número de animais mortos ainda não foi calculado. Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, em 2020, ao menos 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal. Segundo o diretor do SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa, o cenário provocado pelo avanço do fogo muda completamente o comportamento dos animais.

Um exemplo foi de uma onça e uma jaguatirica dividindo a mesma manilha, para se protegerem das chamas, no Caiman. Onça e Jaguatirica ocupando o mesmo espaço, com medo do fogo, no Pantanal Onçafari/Reprodução *Estagiária sob supervisão de Anderson Viegas Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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