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Jovem adotada descobre que pode ser oficialmente reconhecida como filha após participar de mutirão de registro em RR como testemunha

Postado em 22 de Agosto de 2024


Fotografa Rebeca Bastos, de 25 anos, não sabia que podia realizar o sonho de ser oficialmente registrada pelos pais.

Ela participava do programa 'Meu Pai Tem Nome', da Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR) como testemunha de um casal de amigos.

Jovem chega a mutirão como testemunha e sai com nome dos pais na documentação Divulgação/DPE-RR A fotógrafa Rebeca Bastos, de 25 anos, foi ao cartório para acompanhar o registro do filho de amigos, mas saiu de lá com uma surpresa: o nome de seus pais, que a adotaram, finalmente reconhecido em sua certidão de nascimento.

Ela sempre viveu como filha, mas ainda não tinha oficializado o registro.

Ao descobrir que o processo era mais simples do que imaginava, ligou para os pais e saiu do cartório com o sonho realizado.

O fato aconteceu no último sábado (13).

A fotógrafa foi até o prédio cível da Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR) durante um mutirão do programa "Meu Pai Tem Nome", para registros de pessoas sem os pais na certidão.

A ideia era testemunhar o registro de paternidade do bebê Zayan, por parte de João Viana e Jorge da Silva Júnior, casal de amigos dela, dos quais também foi madrinha de casamento. Enquanto acompanhava o atendimento do casal, Rebeca percebeu que poderia realizar um sonho antigo: ter o nome de seus pais, Raimundo Guimarães Vieira e Jucimara Bastos, em seus documentos. “Eu me dei conta que eu poderia resolver uma situação minha também e, na hora, eu pedi informação das pessoas que estavam lá na recepção.

Aí eu vi que eu poderia resolver a minha situação".

"Logo, eu liguei para minha mãe e para o meu pai e, na mesma hora, eles toparam.

Já era uma coisa que a gente queria há muito tempo, e aí foi muito gratificante poder resolver tudo na hora, e eu fiquei muito, muito feliz, por ter conseguido.

Agora é só esperar tudo ficar prontinho.

Eu agradeço demais à Defensoria e todos os envolvidos”, contou ela. O ex-comerciário Raimundo, pai de Rebeca, contou que foi pego de surpresa com a ligação da filha, mas celebrou a conclusão do acordo no mesmo dia em que eles souberam da oportunidade do registro de filiação da fotógrafa. “Desde quando ela era pequena, a gente tem lutado para colocar nosso nome, mas ninguém estava conseguindo, e agora chegou a oportunidade e ela ligou para nós.

Estou muito feliz por isso estar acontecendo.

Era tudo que a gente queria e ela também.

O sentimento é forte, porque pai é quem cria, e eu e ela sempre esperamos por esse momento.

Damos graças a Deus porque aconteceu”, disse. O pedido de Rebeca não estava entre os atendimentos agendados previamente para o Dia D do ‘Meu Pai Tem Nome’, entretanto, uma das prerrogativas do mutirão, de acordo com a coordenadora da ação, a defensora pública Elceni Diogo, era que nenhuma pessoa sairia do prédio no ‘Dia D’ sem ter seu acordo solucionado. “A ideia da Defensoria Pública é de não permitir que ninguém que chegue à Defensoria, saia sem ser atendido, independentemente da demanda.

A ideia que a gente tinha naquela ação, a equipe como um todo, era de que a gente não deixaria ninguém sair sem ser atendido, e assim foi feito”, reforçou a defensora. O ‘Meu Pai Tem Nome’ é promovido pela Defensoria Pública do Estado, em parceria com o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), e apoio do Tribunal de Justiça e Ministério Público. Com 341 acordos realizados, a ação, que ocorreu também no interior e em unidades do sistema prisional de Roraima, garantiu o direito fundamental ao reconhecimento de paternidade ou maternidade a 960 pessoas no total. Além da efetivação de direitos civis, a campanha auxiliou também na inclusão social e fortalecimento de laços afetivos entre pais e filhos, e contou até com a realização de 34 testes de DNA em todo o estado. O reconhecimento de filiação é um serviço contínuo da Defensoria Pública em Roraima.

As pessoas interessadas, mas que não puderam participar do mutirão, podem entrar em contato pelo WhatsApp (95) 2121-0264 ou procurar uma das unidades na capital e no interior.

O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

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