Caso completou um ano em julho.
Perfil genético identificado na arma apontou autoria do crime.
Hyara Flor Reprodução O adolescente suspeito de matar a esposa, Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, com um tiro no queixo em Guaratinga, no extremo sul da Bahia, em julho de 2023, foi apreendido na manhã desta quinta-feira (22), no município de Itapetinga. Em julho, o g1 mostrou a conclusão da perícia feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT): o perfil genético identificado na arma do crime é do marido da vítima, um adolescente de 15 anos.
Ele foi indiciado pelo ato infracional análogo ao crime de feminicídio e era procurado pela polícia. Hyara Flor: morte de adolescente completa um ano com reviravolta nas investigações e mandado judicial contra marido da vítima Embora apenas o marido de Hiara seja apontado como suspeito, a família dela acusa o sogro da menina de ter articulado o crime.
De acordo com essa versão, ela teria sido alvo de uma vingança por conta de uma suposta relação extraconjugal entre a sogra e um de seus tios. NOTÍCIAS: Faça parte do canal do g1 Bahia no WhatsApp Pai de adolescente morta na Bahia acusa família do genro por feminicídio e acredita em motivação por vingança Antes, a Polícia Civil concluiu que o autor do disparo foi o irmão mais novo do marido de Hyara, uma criança de 9 anos.
O tiro teria sido acidental. Já o perito contratado pela família demonstrou que uma criança não conseguiria fazer tal disparo com a arma usada no crime, uma pistola calibre 380.
O tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue até a morte. Confira as reviravoltas nas investigações Em agosto de 2023, cerca de um mês após a morte de Hyara, a Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito do caso.
Na época, a investigação apontou que o disparo à queima roupa foi efetuado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, uma criança de 9 anos. Essa versão havia sido apontada pelos familiares do marido de Hyara.
No entanto, a família da vítima contestou e sustentou que a garota foi morta por vingança, já que um tio dela teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da adolescente. Hyara Flor no dia do seu casamento Redes sociais Os familiares da vítima chegaram a contratar um perito, que emitiu um parecer que contestava a versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia.
Na época, o g1 teve acesso ao documento com exclusividade.
O perito esteve no local do crime, acessou o inquérito policial e concluiu que uma pistola calibre 380 não poderia ter sido disparada por uma criança de 9 anos. Pai de Hyara Flor contesta inquérito policial que apurou morte da adolescente: 'indignado e revoltado' O marido de Hyara chegou a ser apreendido pela suspeita de ter atirado contra ela, mas foi liberado após a conclusão do inquérito. Antes de casamento, vítima teve outro noivado Em março deste ano, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu para que laudos referentes a perícias complementares realizadas pelo DPT, sobre o inquérito policial, fossem analisados.
Na oportunidade, a Polícia Civil informou que tinha atendido ao pedido, e solicitado à Justiça uma medida cautelar de internação para o marido de Hyara Flor, em uma unidade socioeducativa.
Os investigadores consideraram que a medida era necessária para a conclusão da nova apuração e garantiria a integridade física do adolescente.
LEIA TAMBÉM: Laudo da necropsia explica morte de Hyara Flor Imagens mostram movimentação onde adolescente foi morta Entenda por que casamento é legalmente inválido, mesmo sendo tradição cigana O g1 teve acesso, com exclusividade, ao documento que comprova que a Justiça concordou com os argumentos e aceitou o pedido.
O processo foi distribuído para tramitar em segredo de Justiça por se tratar de um caso que envolve menor infrator e vítima menor/incapaz. Relembre o caso Hyara foi morta com um disparo feito a cerca de 25 cm de distância dela; apontou perícia Reprodução/TV Gazeta Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido.
O caso aconteceu no dia 6 de julho de 2023 e a adolescente foi socorrida e levada para o Hospital Municipal de Guaratinga. Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições.
Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.
A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte. O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento de Hyara com outro adolescente, que assim como ela tinha 14 anos, e que também faz parte da comunidade cigana. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia