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Polícia apura envolvimento de segundo funcionário da Apae de Bauru em desaparecimento de secretária

Postado em 22 de Agosto de 2024


Secretária executiva da diretoria da entidade, Claudia Regina da Rocha Lobo, foi vista pela última vez no dia 6 de agosto.

Presidente da entidade foi preso suspeito de envolvimento no caso.

Polícia apura envolvimento de segundo funcionário da Apae em desaparecimento de secretária Thaís Andrioli/TV TEM Um funcionário do almoxarifado da Apae de Bauru (SP) é investigado pela Polícia Civil por suposto envolvimento no desaparecimento da secretária executiva da instituição, Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, vista pela última vez no dia 6 de agosto. Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp A polícia chegou a pedir a prisão preventiva do suspeito, que foi negada pela justiça.

Em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (22), a presidente interina da Apae, Maria Amélia Moura Pini Ferro confirmou que o funcionário foi afastado, assim que a entidade tomou conhecimento das investigações sobre ele. Segundo a Apae, ele foi o único funcionário da entidade afastado durante as investigações.

Ainda na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil realizou buscas no conjunto administrativo da associação, localizado no centro da cidade, onde Cláudia trabalhava junto de Roberto Franceschetti Filho, presidente da entidade preso há uma semana, no dia 15 de agosto, como principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da secretária. Polícia Científica realizou buscas na Apae de Bauru Thaís Andrioli/TV TEM Buscas por Cláudia Um laudo preliminar divulgado na tarde desta quarta-feira (21) , apontou que fragmentos de ossos humanos foram encontrados durante as buscas feitas em uma área rural de Bauru (SP), na tarde de terça-feira (20).

A informação foi divulgada pela Polícia Civil. Segundo a corporação, o material foi encaminhado de forma preliminar para o Instituto Médico Legal (IML) local, de onde deve seguir para o Núcleo de Biologia de São Paulo, para confronto com as amostras de DNA já recolhidas do veículo, de pertences pessoais da vítima e da filha de Claudia. Polícia fez buscas na tarde de terça-feira (20) pela funcionária da Apae desaparecida, Claudia Regina da Rocha Lobo Reprodução/TV TEM Em coletiva à imprensa, a Apae confirmou que a área rural onde foram realizadas buscas foi utilizada algumas vezes para descarte de material da Apae, inclusive no dia em que Claudia desapareceu, mas que isso só foi descoberto após uma sindicância interna e que os descartes acontecem exclusivamente nos ecopontos da cidade. Durante as mesmas buscas, a polícia encontrou os óculos da funcionária desaparecida, objeto que foi reconhecido por parentes dela. Polícia retornou à delegacia após fazer diligências em propriedade rural de Bauru (SP) Reprodução/TV TEM O presidente da entidade onde Claudia trabalha, Roberto Franceschetti Filho, foi preso no dia 15 de agosto por suspeita de envolvimento no desaparecimento da mulher.

Investigações da Polícia Civil apontaram que Roberto esteve com Claudia no último dia em que ela foi vista. O exame balístico confirmou que um estojo de pistola calibre 380 encontrado dentro do veículo no qual a funcionária da Apae de Bauru foi vista pela última vez foi disparado pela arma apreendida na residência do ex-presidente da associação. Balística confirma que estojo encontrado no veículo usado pela funcionária foi disparado pela arma do presidente da Apae Reprodução/TV TEM Irregularidades financeiras A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru (SP) abriu uma sindicância interna para investigar possíveis irregularidades financeiras após o Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold) instaurar um inquérito policial para investigar a instituição. Apae de Bauru abre sindicância para investigar irregularidades financeiras após presidente da entidade ser preso Reprodução/Google Maps Em nota, a presidente interina da Apae, assegurou que a instituição está colaborando com as investigações e que, apesar da gravidade dos acontecimentos, a instituição continua a prestar seus serviços à comunidade. Desaparecimento Claudia foi vista pela última vez na tarde de 6 de agosto.

Imagens de câmeras de segurança da rua onde fica o prédio administrativo da entidade, na Rua Rodrigo Romeiro, registraram o momento em que ela caminha até um carro que está estacionado na rua, que pertence à Apae, com um envelope na mão (veja o vídeo abaixo). Funcionária da Apae desaparece após sair do local de trabalho em Bauru A filha da secretária, Letícia da Rocha Lobo, contou que a mãe disse a uma colega de trabalho que iria sair para resolver coisas do trabalho e saiu sem levar a bolsa e o celular, um pouco antes das 15h. Letícia disse que não notou nada de diferente na mãe nos últimos dias.

"Ela disse para a recepcionista que iria resolver umas coisas da Apae e voltava mais tarde, e até agora nada", relatou. Investigação Mais de uma semana depois do desaparecimento de Claudia, um sinal de celular confirmou que Roberto esteve no local onde o carro da entidade usado por ela foi encontrado. Oficiais da 3ª Delegacia de Homicídios de Bauru analisaram imagens de câmeras de segurança que mostram a vítima no volante do veículo que dirigia quando foi vista pela última vez.

A descrição das imagens indica que o presidente da Apae saiu do banco de passageiros do veículo e assumiu o volante, enquanto Cláudia foi para o banco traseiro. Polícia Civil divulga novas imagens do carro que funcionária da Apae dirigia O documento também menciona que o histórico de chamadas do celular de Roberto mostra movimentações na rodovia SP-321, que liga Bauru a Arealva, e no local onde o veículo foi encontrado, no dia seguinte ao desaparecimento. Imagens de uma câmera de segurança, divulgadas pela Polícia Civil, mostram também o veículo que a funcionária da Apae dirigia circulando próximo ao local onde ele foi encontrado, no dia seguinte (assista ao vídeo acima). Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária Reprodução/Facebook Um dia após ser preso, Roberto teve a prisão temporária de 30 dias decretada na audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí (SP). De acordo com a Polícia Civil, vestígios encontrados no veículo durante a perícia realizada no dia 7 de agosto, quando ele foi localizado, foram identificados como marcas de sangue.

Uma das principais linhas de investigação é de que se trata de um homicídio. Câmeras registraram veículo que funcionaria da Apae dirigia circulando próximo ao local em que foi encontrado Polícia Civil/Divulgação Depoimento No dia 19 de agosto, o presidente da Apae prestou depoimento formalmente à polícia, na delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Bauru.

Roberto estava acompanhado de seus advogados e foi ouvido durante cerca de uma hora e meia. À imprensa, o advogado Leandro Pistelle informou que, durante todo o depoimento, Roberto se disse inocente e respondeu a todos os questionamentos. A defesa reforçou que mais detalhes não podem ser divulgados pois o processo corre em segredo de Justiça.

Após o depoimento, Roberto retornou à delegacia de Pirajuí , onde cumpre prisão temporária. Presidente da Apae presta depoimento à polícia e diz não ter envolvimento no desaparecimento de funcionária Gabriel Pelosi/TV TEM A Apae informou que se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto no desaparecimento de Claudia e reforçou que o fato não tem relação com os serviços prestados pela entidade.

A Feira da Bondade, considerada uma das principais maneiras da instituição arrecadar fundos, foi adiada. Além disso, a entidade informou que Roberto não faz mais parte do corpo diretivo e que Maria Amélia Moura Pini Ferro está na presidência da instituição.

A entidade também informou que os atendimentos continuam normalmente em suas unidades. Filha de funcionária da Apae desaparecida diz que presidente suspeito era amigo da família Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília Confira mais notícias do centro-oeste paulista:

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