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Associação Mata Ciliar resgata quase 20 animais por dia em queimadas na região de Jundiaí

Postado em 07 de Setembro de 2024


Somente em agosto, foram aproximadamente 600 atendimentos, no entanto, a maioria dos animais morre carbonizado.

Espécie de veado campeiro resgatado pela Mata Ciliar vítima de incêndio Divulgação/Mata Ciliar A Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP) resgatou aproximadamente 600 animais vítimas das queimadas apenas em agosto deste ano.

O trabalho, além do resgate, inclui a reabilitação das espécies e conta com apoio do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Defesa Civil e órgãos ligado ao governo estadual.

Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Nesta quinta-feira (5), a Mata Ciliar divulgou um balanço ontem dos animais atendidos nos últimos dez dias: foram 28 atropelados, possivelmente tentando fugir dos incêndios.

Entre eles, está um filhote de veado com problemas respiratórios. De acordo com a médica veterinária Julia Caraça, da Mata Ciliar, espécies de pequeno porte, como gambás, tatus e ouriços, são as principais vítimas das queimadas, pois possuem maior dificuldade de se locomover quando estão próximos ao fogo. Apesar dos esforços, segundo a instituição, devido à gravidade das queimadas, muitos animais são encontrados já com os corpos carbonizados.

Aqueles que ainda estão com vida, são avaliados no local e depois encaminhados para a Mata Ciliar, explica Julia.

“Quando o animal chega à clínica, tentamos estabilizá-lo o mais rápido possível.

Verificamos a extensão das queimaduras, o nível de consciência do animal e se ele possui lesões internas na boca ou língua.

Após a avaliação, iniciamos o tratamento, dando suporte ao animal, fazendo medicações para dor e hidratando-o, o que é muito importante em situações de queimadas”. ONG recebe animais silvestres vítimas de incêndios florestais no interior de SP Corrida pela vida As ações também variam de acordo com os estágios de gravidade em que o animal chega.“Cuidamos das feridas.

O tratamento muda se for de 1º, 2º ou 3º grau.

Também avaliamos a possibilidade de o animal ter irritação nas vias aéreas por conta da fumaça, e, nesse caso, também fazemos exames e aplicamos medicações”, explica a veterinária Julia. Os animais com queimaduras recebem aplicação de pele de tilápia, que funciona como uma bandagem natural e atua como um doador de colágeno para o local machucado.

“É uma técnica bastante utilizada e que mostra bons resultados”, ressalta. Após esse processo de recuperação, o trabalho continua para que o animal possa ser devolvido à natureza.

Eles são levados para locais mais espaçosos, onde são estimulados a se exercitarem fisicamente e a realizarem comportamentos naturais, assim apurando seus sentidos. “Depois de serem aprovados na reabilitação, eles são destinados a locais de soltura que são escolhidos em parceria com os órgãos oficiais que os resgataram”, finaliza Julia. LEIA TAMBÉM Zoológico recebe e trata animais vítimas de incêndios no interior de SP Ministério Público apura políticas de prevenção a incêndios na Serra do Japi em Jundiaí Uma das espécies de felinos atendido pela Mata Ciliar Divulgação/Mata Ciliar O que fazer quando encontrar um animal silvestre perdido ou ferido? A população é orientada a não tentar manusear animais feridos e a contatar a Polícia Militar Ambiental pelo telefone 190, o Corpo de Bombeiros, 193, ou as Guardas Municipais para realizar o resgate. Caso alguma clínica veterinária não especializada em espécies selvagens receba algum animal, a instrução é que realize o encaminhamento para alguma das unidades autorizadas do Cetras no estado. *Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

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