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Minas Gerais registra aumento de 50% nos focos de incêndios em vegetação; quase 4 mil neste ano

Postado em 22 de Agosto de 2024


Nesta quinta-feira (22), há combate às chamas que consomem o Parque do Itacolomi, em Ouro Preto.

Incêndios também destruíram importantes reservas ambientais no estado, como as serras do Cipó e da Moeda.

Incêndio consome parte do Parque Estadual do Itacolomi. Lucas de Godoy Minas Gerais registrou, somente neste ano, 3.658 focos de incêndio em vegetação – um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

É o maior número desde 2021, quando no mesmo período teve 3.518 casos. Um dos motivos do aumento é o período de estiagem.

Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, 137 cidades estão em situação de emergência por causa da seca.

Em Belo Horizonte, não chove há mais de 100 dias.

Chamas altas consomem Serra do Cipó Geraldo Fernandes/Acervo pessoal Muitos incêndios criminosos também foram registrados no estado.

Um deles aconteceu no Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais.

O local abriga a terceira maior cachoeira do país, a Tabuleiro.

Mais de 8 mil hectares foram queimados pelas chamas. Amazônia tem pior temporada de queimadas em 17 anos, corredor de fumaça se espalha e afeta 10 estados Incêndio na Serra do Cipó é controlado após destruir 8,5 mil hectares, diz Corpo de Bombeiros Ouro Preto Nesta quinta-feira (22), bombeiros e brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) combatem, pelo segundo dia, um incêndio que consome o Parque do Itacolomi, tradicional ponto turístico de Ouro Preto, na Região Central do estado. O trabalho está sendo realizado na área da unidade de conservação e do Pico do Itacolomi, do Baú, e do Morro do Cachorro, de acordo com os bombeiros.

Ainda não há estimativa da área atingida pelo fogo e nem informações sobre o que causou o incêndio.

Por causa do tempo seco, o fogo se alastrou rapidamente. O bioma predominante no Parque Estadual do Itacolomi é a Mata Atlântica e, ao todo, são mais de 7.500 hectares de área preservada. Incêndio consome vegetação no Parque do Itacolomi, em Ouro Preto.

Vídeo: Lucas de Godoy Serra da Moeda Na Serra da Moeda, na Grande BH, a linha de fogo destruiu muita vegetação em três dias.

As chamas foram controladas nesta quarta-feira (21).

Um avião ajudou a apagar o fogo nas áreas mais íngremes e um helicóptero transportou equipes até pontos mais difíceis.

Mais de 50 bombeiros e brigadistas trabalharam no local.

Moradores precisaram sair de casa com medo do incêndio chegar às residências.

Sete Lagoas Na madrugada desta quarta-feira (21), o fogo atingiu a vegetação do Monumento Natural Estadual da Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, na Região Central.

As chamas ficaram concentradas na mata fechada e dificultou a atuação dos bombeiros e brigadistas.

O dano à vegetação ameaça as cavernas, que contam com pinturas rupestres e formações rochosas de milhões de anos.

Santana do Riacho Chamas altas consumiram a Serra do Cipó Geraldo Fernandes/Acervo pessoal Também depois de três dias, o fogo foi controlado no Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Central.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o fogo consumiu mais de 6 mil hectares, cerca de 500 dentro do parque e o restante da área de preservação ambiental Morro da Pedreira, cinturão verde no entorno, protegendo a fauna, a flora e as nascentes da região.

Santa Luzia Um incêndio consumiu um bambuzal, perto do Condomínio Parque do Cerrado, no bairro Bicas, em Santa Luzia, na Grande BH.

As chamas por pouco não atingiram as casas.

Os bombeiros usaram mais de 15 mil litros de água para controlar o incêndio.

João Monlevade Em João Monlevade, na Região Central, as chamas atingiram a Serra do Seara e ameaçaram as casas que ficam perto da área.

Vários animais morreram tentando fugir do fogo, mas um tamanduá foi resgatado.

Belo Horizonte Em Belo Horizonte, somente este ano, já foram registrados 732 incêndios em vegetação – uma média de 97 chamados por mês.

No ano passado foram cerca de 80.

Mais de 2,3 mil bombeiros trabalharam para combater essa demanda.

Disque-Denúncia Especialistas reforçam que a principal causa dos incêndios é pela ação humana, desde pessoas que colocam fogo em vegetação a aquelas que deixam materiais em áreas que podem causar fagulhas.

Caso veja alguém colocando fogo em vegetação, pode denunciar pelo do Disque-Denúncia no número 181, de forma anônima ou pelo telefone 190, da Polícia Militar.

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