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Quase seis meses após enfrentar cheia histórica, cidade no interior do AC registra a menor marca pelo 3º dia seguido

Postado em 22 de Agosto de 2024


Defesa Civil de Brasiléia explicou que a zona rural da cidade já enfrenta problemas com abastecimento de água, e se o cenário de redução do manancial se mantiver, distribuição pode ser afetada também na parte urbana.

Município passou pela maior enchente de sua história em fevereiro.

Régua utilizada no monitoramento mostra que Rio Acre chegou a 73 centímetros nesta quinta-feira (22) Arquivo/Defesa Civil de Brasiléia O nível do Rio Acre em Brasiléia, distante mais de 200 km da capital Rio Branco, chegou a 73 centímetros na manhã desta quinta-feira (22) e teve o menor índice já registrado na história da cidade pelo terceiro dia seguido. Participe do canal do g1 AC no WhatsApp De acordo com a Defesa Civil Municipal, o manancial começou a semana chegando a 75 centímetros na segunda-feira (19) e se manteve na marca até a terça (20).

Na quarta (21), mais uma cota mínima histórica, com o rio em 74 centímetros, índice superado nesta quinta. A situação atual, que preocupa as autoridades por conta do risco de desabastecimento, contrasta com o que foi vivenciado pelos moradores em fevereiro deste ano, quando o Rio Acre alcançou a maior marca de sua história na cidade: 15,58 metros.

Na época, cerca de 80% do município ficou inundado. Na primeira foto, Rio Acre em Brasiléia inundou ponte metálica em fevereiro; na segunda, nível alcança o pior registro quase seis meses depois Initial plugin text LEIA MAIS: Seca intensifica isolamento e cidade no interior do AC decreta situação de calamidade pública: ‘população sofre’, diz Defesa Civil VÍDEO: Na fronteira do Acre com o Peru, seca extrema possibilita atravessar rio a pé Rio Acre está a 12 centímetros da menor marca histórica em Rio Branco Entenda como o Acre foi de cheia história a seca intensa O coordenador da Defesa Civil, tenente Sandro Cordeiro, informou que já solicitou ajuda do governo federal através da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

A cidade também está na lista das que tiveram a situação de emergência reconhecida por conta da estiagem. De acordo com o tenente, o apoio deve chegar em breve por meio de caminhões-pipa e caixas de 5 mil litros em comunidades da zona rural que já enfrentam problemas no abastecimento de água.

Caso o cenário de redução do nível se mantenha, a distribuição também pode ser afetada na parte urbana de Brasiléia. “A bomba de captação que se encontra aqui às margens do Rio Acre, nesse momento, está com o fluxo de água normal.

Como ela é flutuante, eles [Saneacre] ficam elevando, de certa forma, ficam monitorando e trocando de local.

Quando ela já tá com um pouco de dificuldade em captar, eles trocam de local, encontram locais mais fundos fazem essa captação de forma que nesse momento a gente não tá com esse tipo de problema ainda em Brasiléia [na zona urbana].

Mas a tendência é que em breve vamos começar a ter um pouco de problemas em relação a isso, porque continua baixando.

Então, realmente é uma situação um pouco preocupante para nós aqui em Brasiléia”, declarou o coordenador. Maior enchente da história Brasiléia teve praça alagada após transbordo histórico do Rio Acre Prefeitura de Brasiléia Brasiléia é mais um município que passa por seca recorde após registrar enchente histórica no início de 2024.

No dia 28 de fevereiro, o nível do Rio Acre iniciou com 15,56 metros no município. No decorrer do dia, o manancial aumentou mais dois centímetros. Com isso, superou a marca registrada em 2015 em Brasiléia, de 15,55 metros, naquela que ficou conhecida como a pior cheia da história da cidade, quando as águas do manancial cobriram 100% da área urbana do local.

VEJA TAMBÉM: Brasiléia, no Acre, tem a maior enchente da história da cidade Em meio a maior enchente da história, prefeita de Brasiléia considera projeto para tirar moradores da parte baixa da cidade Na época, quase 4 mil pessoas estavam desabrigadas ou desalojadas, segundo a prefeitura do município.

Os moradores de Brasiléia e de Epitaciolândia, cidade vizinha, faziam filas para aguardar as embarcações que faziam o transporte de moradores para várias atividades.

Naquela ocasião, 16 abrigos haviam sido montados para receber a população desabrigada. No bairro Leonardo Barbosa, que chegou a ficar isolado do lado brasileiro, uma cratera se formou.

A área, porém, não sofreu rompimento definitivo do território nacional. VÍDEOS: g1

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