Bandeira do Brasil hasteada na Embaixada da Argentina na Venezuela
HENRY CHIRINOS/EPA-EFE/REX/Shutterstock
Após as cenas do último fim semana envolvendo um "cerco" à embaixada da Argentina em Caracas, sob custódia do Brasil, assessores de Luiz Inácio Lula da Silva passaram a defender que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não merece mais a cortesia do governo brasileiro.
Esses assessores defendem que Lula não dê nenhum "tipo de confiança" a Maduro – e que o governo brasileiro eleve o tom em relação ao autocrata do país vizinho.
Segundo auxiliares ouvidos pelo blog, o Itamaraty respondeu rapidamente e agiu de forma firme para evitar o pior: a invasão da embaixada por forças venezuelanas.
No fim de semana, militares da Venezuela cercaram a Embaixada da Argentina no país – hoje sob responsabilidade brasileira –, cortaram a energia do prédio e fizeram movimentos de invasão.
? O Itamaraty reagiu, lembrando que a retirada da custódia brasileira sobre a embaixada argentina não pode ser unilateral e o Brasil só deixaria o local depois de outro país assumir o posto. O cerco diminuiu no domingo (08), depois que Edmundo González Urrutia deixou a Venezuela e foi recebido como asilado político pela Espanha.
De Madri, González, que disputou a eleição com Nicolás Maduro, afirmou que a luta pela democracia na Venezuela vai continuar.
Sua aliada, Maria Corina Machado, disse ainda que ele vai tomar posse em janeiro, por considerá-lo o autêntico vencedor. Lula faz reunião para discutir cerco à embaixada argentina na Venezuela Planalto elogia condução da crise No Palácio do Planalto, assessores presidenciais elogiaram a condução da crise deste fim de semana pelo Itamaraty, em conexão direta com o presidente Lula.
Segundo eles, os diplomatas brasileiros chefiados pelo ministro Mauro Vieira agiram rapidamente, sinalizando que não iriam aceitar uma invasão da embaixada da Argentina, um território, pelas leis internacionais, inviolável. A equipe de Mauro Vieira foi informada de que havia risco de invasão de fato, mas a reação foi no “tom e no timing certo” para evitar o pior.
Dentro da embaixada, estão seis assessores de Maria Corina Machado, que o governo de Maduro quer prender.