Edmundo González vinha sendo investigado pela Procuradoria-geral, e Justiça havia emitido mandado de prisão contra ele.
No fim de semana, oposicionista conseguiu fugir para a Espanha, onde recebeu asilo político.
Líder opositor venezuelano Edmundo González vota nas eleições presidenciais em Caracas, em 28 de julho de 2024.
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que vai arquivar a investigação atualmente em curso contra o candidato da oposição do país, Edmundo González, após o oposicionista ter ido à Espanha.
Saab havia pedido a prisão de González à Justiça, que acatou o pedido.
No entanto, o oposicionista estava foragido e conseguiu fugir para a Espanha no fim de semana.
O procurador-geral Tarek William Saab, em coletiva de imprensa na tarde deste domingo, informou que o Ministério Público venezuelano respaldou a decisão do Poder Executivo de fornecer um salvo-conduto ao ex-candidato Edmundo González para que este pudesse buscar asilo em Espanha. Mais tarde, em entrevista a um canal internacional, Saab informou que a investigação aberta contra Edmundo será arquivada após o opositor ter saído da Venezuela.
Para Saab, a ida de González à Espanha significa uma “mudança” ao processo judicial. González estava sob ordem de prisão após se negar comparecer à Justiça da Venezuela.
Ele foi acusado de seis crimes, entre eles o de conspiração.
O caso estava sendo acompanhado pelo Tribunal Antiterrorismo.
O opositor sempre negou as acusações. Asilo na Espanha Após chegar ao país europeu na condição de asilado político, Edmundo González enviou uma mensagem aos venezuelanos.
Por áudio, disse que sua “saída de Caracas foi cercada por episódios, pressões, constrangimentos e ameaças para não permitir minha saída”.
O ex-diplomata de 75 anos ganhou notoriedade após concorrer contra Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho.
González afirma que é o verdadeiro vencedor do pleito.
O resultado que não pôde ser comprovado após o Conselho Nacional Eleitoral não publicar as atas da votação. Um avião da Força Armada espanhola saiu na madrugada de sábado (7) de Caracas.
Fez um pouso na República Dominicana e depois seguiu para o arquipélago português dos Açores.
Edmundo González e sua esposa, Mercedes, chegaram a Madrid na manhã deste domingo. Horas depois, a líder opositora Maria Corina Machado afirmou pelas redes socias que “o presidente eleito da Venezuela” saiu do país.
Segundo Machado, a vida de González “corria perigo” e que ele vinha enfrentando “crescentes amenaças, intimações, ordem de prisão e inclusive tentativas de chantagem e de coação”. “Diante desta brutal realidade, é necessário para nossa causa preservar sua liberdade, sua integridade e sua vida”, disse a opositora. Corina acrescentou que “em 10 de janeiro de 2025, o presidente eleito Edmundo González Urrutía tomará posse como Presidente Constitucional da Venezuela e Comandante em Chefe das Forças Armadas Nacionais.
Que isso fique bem claro para todos: Edmundo lutará de fora ao lado da nossa diáspora e eu continuarei fazendo isso aqui (dentro da Venezuela), ao lado de vocês.
Venezuelanos, esta luta é até o final.
A vitória é nossa”. Edmundo não aparecia em público desde 30 de julho.
Neste domingo, foi informado que primeiro ele se refugiou na Embaixada dos Países Baixos, onde ficou até a última quinta-feira (05).
Depois, foi à Embaixada da Espanha em Caracas, onde solicitou asilo politico a este país. Delcy Rodríguez anunciou tarde da noite deste domingo, pelas redes sociais, a saída de González da Venezuela.
Segundo a vice-presidente, o opositor pediu ao governo da Espanha a tramitação de asilo politico. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Espanha, o asilo político foi um pedido pessoal de Edmundo González e que não houve nenhuma negociação política entre os governos da Espanha e da Venezuela.
“Colocamos em marcha todos os meios diplomáticos e materiais para conseguir (a saída de González da Venezuela)”, afirmou José Manuel Albares. Para o alto representante da União Europeia, Josep Borrel, este foi “um dia triste para a democracia da Venezuela”.
A Secretaria Geral da Organização de Estados Americanos (OEA) responsabilizou o governo do país que teria “forçado o exílio do candidato Edmundo González”.
Luis Almagro afirmou que “a Venezuela não precisa de nem mais um preso político”. Dentro do país a opinião dos venezuelanos se dividia.
Alguns aplaudiram a decisão de González, outros criticaram a saída dele do país menos de dois meses a após a eleição que o opositor afirma ter vencido. O procurador-geral Tarek William Saab informou que a investigação contra Edmundo González será fechada após o opositor ter saído da Venezuela.
Para Saab, a ida de González à Espanha significa uma “mudança” no processo judicial. Edmundo González enviou uma mensagem aos venezuelanos após chegar à Espanha na condição de asilado político.
O opositor afirma que sua “saída de Caracas foi cercada por episódios, pressões, constrangimentos e ameaças para não permitir minha saída”.
O ex-diplomata de 75 anos ganhou notoriedade após concorrer contra Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho.
González afirma ser o verdadeiro vencedor do pleito, embora o Conselho Nacional Eleitoral não tenha publicado as atas da votação. Edmundo González e sua esposa, Mercedes, chegaram a Madrid na manhã deste domingo após o opositor ficar por mais de um mês na clandestinidade para evitar ser preso. Horas depois, a líder opositora Maria Corina Machado afirmou pelas redes socias que a vida de González “corria perigo” e que ele vinha enfrentando “crescentes amenaças, intimações, ordem de prisão e inclusive tentativas de chantagem e de coação”. Para o alto representante da União Europeia, Josep Borrel, este foi “um dia triste para a democracia da Venezuela”. Dentro do país a opinião dos venezuelanos se dividia.
Alguns aplaudiram a decisão de González, outros criticaram a saída dele do país menos de dois meses a após a eleição que o opositor afirma ter sido o vencedor.