Daniele Stuart era investigada por exercício ilegal da medicina e falsificação de documentos particulares.
Ela vendeu curso à Natalia Becker, influencer dona de clínica que fez peeling de fenol em empresário que morreu após procedimento.
Farmacêutica Daniele Stuart, que vendeu curso sobre peeling de fenol para Natalia Becker RPC A Polícia Civil do Paraná arquivou o inquérito que investigava a farmacêutica Daniele Stuart, de Curitiba, por exercício ilegal da medicina e falsificação de documentos particulares.
Isso significa que a polícia entendeu que a profissional não cometeu nenhum crime. Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram Stuart vendeu um curso de peeling de fenol à influencer Natalia Fabiana de Freitas Antônio, conhecida como Natalia Becker.
A influencer é dona da clínica que realizou um peeling de fenol no empresário Henrique Chagas, que morreu em 3 de junho, cerca de duas horas após o procedimento.
Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e responde ao crime em liberdade. A Polícia Civil de São Paulo, que investigou a morte do empresário, solicitou à polícia paranaense a apuração da legalidade do curso oferecido por Stuart.
Polícia arquiva inquérito contra farmacêutica no caso "peeling de fenol" Stuart foi investigada por exercício ilegal da medicina, por realizar peeling de fenol nos pacientes, e falsificação de documentos particulares, por detalhes no certificado de conclusão do curso online que vende. Porém, as investigações apontaram que o curso era regular, que a farmacêutica não teve qualquer relação com a morte de Chagas e não encontrou indícios de crimes. A defesa de Stuart afirmou que "a verdade prevaleceu". LEIA TAMBÉM: 'O preço do pecado é a morte': Veja mensagens encaminhadas por stalker preso por perseguir e ameaçar irmãs Da onda de calor para o frio: Paraná terá mudança brusca no tempo, alerta Inmet Professor assassinado com 15 tiros: Exemplo de determinação e garra, lembra amigo Influencer concluiu curso 42 horas após morte de paciente Natalia Becker concluiu curso de peeling de fenol pouco mais de 42 horas após fazer procedimento em Henrique Chagas.
Paciente morreu ao inalar o produto, segundo IML Reprodução A investigação da morte de Henrique Chagas, conduzida pela Polícia Civil de São Paulo, apontou que Natalia Becker concluiu o curso para aprender a aplicar peeling de fenol somente 42 horas e 30 minutos após a morte do paciente. O empresário morreu por volta das 14h20 em 3 de junho deste ano após inalar o produto tóxico, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgado em julho.
De acordo com a perícia, a vítima teve "parada cardiorrespiratória" provocada por "edema pulmonar agudo". Segundo o relatório policial, a dona do Studio Natalia Becker pagou R$ 397, no ano passado, para fazer 31 aulas, de um total de 6 horas do curso.
Mas só havia feito sete aulas até aplicar o fenol em Henrique.
As informações foram fornecidas à investigação pela plataforma digital que hospedava o curso. Natalia concluiu o curso às 8h50 do dia 5 de junho, horas antes de ir à delegacia para ser interrogada sobre a morte do paciente, informa a investigação.
Lá, ela apresentou um certificado de conclusão, que, segundo a dona da clínica, a credenciava a aplicar o peeling com o produto químico.
A data do documento é de 5 de junho também. Henrique Chagas ficou com ferimentos no rosto após peeling de fenol.
Essas fotos foram feitas pelo namorado dele Reprodução/Divulgação/ Marcelo Camargo Natalia não é médica.
Se apresentava como esteticista, mas também não é reconhecida como tal porque não em registro profissional na Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco). De acordo com a polícia, o curso digital que Natalia fez sobre fenol também não a autoriza a aplicar o produto.
Por esse motivo, a mulher foi responsabilizada criminalmente por homicídio. Em junho, os advogados de Natalia tinham alegado que a cliente fez o curso em 2023, mas havia emitido o certificado do curso online somente em 2024.
Procurada a defesa da influencer informou que não identificou nas provas elementos capazes de sustentar a responsabilidade jurídica de Natália com relação aos crimes que lhe foram imputados. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.