Suspeita é de que agentes do terminal tenham obrigado Jonatham Lucas Araújo Lima a ingerir líquido não identificado.
'Existe uma investigação de homicídio da polícia da Armênia, mas está sob sigilo', diz família.
Jonatham Lucas Araújo Lima morreu em aeroporto na Armênia Reprodução A A última ligação entre Jonatham Lucas Araújo Lima – morto após a abordagem em um aeroporto da Armênia – foi com a mãe.
Eles fizeram uma chamada de vídeo enquanto o jovem de 27 anos pegava as malas, no dia 8 de agosto. O morador do Recanto das Emas, no Distrito Federal, morreu em seguida, após passar mal depois de supostamente ter sido obrigado por agentes do terminal a beber um líquido não identificado (saiba mais abaixo). Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Em entrevista ao g1, nesta quinta-feira (22), Rogério Hipólito, pai de Jonatahm, disse que o filho foi para a Armênia trabalhar. "Ele mexia já há muito tempo com carros no Brasil, e estava indo para a Armênia para um trabalho com carros também", diz o pai do jovem morto. O caso é investigado pelas autoridades do país, segundo a Embaixada da Armênia no Brasil.
"Existe uma investigação de homicídio da polícia da Armênia, mas está sob sigilo", conta família de Jonatham.
Família soube da morte uma semana depois Depois da chamada de vídeo com a mãe, na esteira do aeroporto, Jonatham não fez mais contato.
"Minha esposa viu ele pegando a mala no aeroporto.
Depois, ele disse que tinha que desligar porque ia passar pela alfandega", conta Rogério Hipólito. O pai conta que passados dois dias, a família estava muito preocupada porque Jonatham fazia ligações de vídeo em todas as paradas da viagem.
"Quando saiu de Brasília, quando parou em São Paulo, quando parou em Paris e, pela última vez quando chegou na Armênia". "A gente acionou a polícia, a embaixada na Armênia.
Mas só recebemos notícia [da morte] uma semana depois", diz o pai A família soube da morte no dia 16 de agosto, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O ministério disse que acompanha o caso "com as autoridades locais e com a família do brasileiro, a quem tem sido prestada a assistência consular devida" (veja nota ao final da reportagem). "O que sabemos é que ele passou pela alfandega às 23h, passou mal no aeroporto, foi socorrido ainda lá no aeroporto.
Viram que ele precisava de mais assistência e ele foi entubado e levado de ambulância até o hospital, onde morreu às 23h45", conta o pai. 'Bebeu líquido que estava em garrafa' Ao portal de notícias armênio "News", Rustam Badasyan, presidente do Comitê de Receitas Públicas do país, disse que o brasileiro morreu a caminho do hospital.
A entrevista foi concedida na última quinta-feira (15). "Durante a inspeção, garrafas foram tiradas e a pessoa [Jonatham Lucas], provavelmente para eliminar suspeitas, decidiu que poderia beber [o líquido].
Claro que isso não é um procedimento normal.
Existe um inquérito", disse Badasyan ao jornal do país. A família de Jonatham diz que foi informada que o jovem teria escutado dos funcionários do aeroporto que ele deveria beber o líquido que estava em uma garrafa, ou deveria jogar o objeto fora. "A situação que chegou [para a família] é que os agentes [do aeroporto] obrigaram ele a beber todo líquido.
Disseram que era uma garrafa de vinho, mas não tem nada mais que isso", conta o pai. 'Família simples' Jonatham morava no Recanto das Emas, no Distrito Federal, com a avó.
O restante da família mora em Portugal desde 2021. "A gente é simples.
Família simples.
Ninguém bebe ou fuma.
Família criada na igreja.
Eu vim para Portugal pra trabalhar.
E também queria que o Jonatham viesse pra cá.
Mas ele tava namorando sério, não queria deixar a namorada, era um homem já de 27 anos, tinha a vida dele", conta o pai. Rogério Hipólito diz que a família é conservadora: "Ninguém da nossa família bebe ou fuma".
O pai contou que "disseram que o filho tinha levado drogas", mas que não acredita. O que diz o Itamaraty "A propósito de sua consulta, informa-se que o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Ierevan, acompanha o caso, em contato com as autoridades locais e com a família do brasileiro, a quem tem sido prestada a assistência consular devida. Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.
O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017. Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros." LEIA TAMBÉM: PLANALTINA: Professora é feita refém com faca em escola pública GAMA: Vídeo mostra últimas imagens de mulher morta após ser atropelada três vezes; suspeito cumprimentou vítima antes do crime Vídeo mostra momento em que iate de luxo desaparece na Itália Vídeo mostra momento em que iate de luxo desaparece na Itália Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.