Polícia Civil investiga o caso, que ocorreu em Guarujá (SP).
Ederson Tavares morreu após ser baleado em Guarujá (SP) Reprodução/Redes sociais Um homem, de 34 anos, foi assassinado após ser expulso de uma festa em Guarujá, no litoral de São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo g1 nesta terça-feira (10), Ederson Tavares foi baleado pelo menos três vezes, mas o autor dos disparos ainda não foi identificado e localizado.
A Polícia Civil investiga o caso.
Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O crime ocorreu, na noite de sábado (7), na Avenida Pernambuco, no bairro Balneário Praia de Pernambuco.
Segundo o boletim de ocorrência, o homem estava em uma festa acompanhado da namorada.
Ele foi expulso por um policial militar que estava trabalhando como segurança da confraternização.
Ao sair do imóvel, Ederson foi baleado e morreu.
A equipe da Polícia Militar (PM) ouviu os barulhos e foi até o endereço, onde localizou o homem sem vida e acionou agentes da Polícia Civil e da perícia, que foram ao local do crime.
A arma e o celular do policial que expulsou a vítima foram apreendidos para perícia.
Segurança da festa Em depoimento, o policial disse que o dono da festa o procurou para falar que Ederson estava incomodando outros convidados, com a suspeita de que poderia estar com drogas.
Por isso, ele foi até o homem pedir para ele sair da festa e o acompanhou até o lado de fora.
O policial disse que não revistou nem mostrou alguma arma para Ederson, mas viu quando ele foi morto.
O segurança contou que os tiros foram disparados por um homem de capacete, que andou em direção à vítima após descer da garupa de uma moto.
O policial ainda contou que se escondeu atrás de uma árvore, chegou a sacar a arma contra o atirador, mas não efetuou nenhum disparo porque não teve visibilidade.
O segurança disse que alertou a viatura da PM sobre o caso e, em seguida, deixou o local do crime porque ficou preocupado com uma parente que estava na festa.
Ele foi até a casa dela ver se a familiar havia chegado bem.
No entanto, logo depois, ele foi até a delegacia prestar esclarecimentos. Alguns convidados e funcionários da festa, que tiveram contato com a vítima, foram convocados para prestarem depoimentos na delegacia.
Ninguém foi preso, mas os relatos do crime tiveram diversas versões.
Confira abaixo: Polícia Militar Os dois policiais militares disseram que estavam atendendo outro caso quando escutaram uma sequência de disparos e foram em direção aos sons.
No endereço, eles foram informados que houve um homicídio e localizaram o corpo de Ederson.
A namorada dele estava no local, junto com o policial que atuava como segurança da festa.
Como a mulher estava nervosa, a equipe trabalhou para evitar que ela se aproximasse do corpo e, quando foi procurar o policial, ele não estava mais lá.
Funcionários e convidados da festa Um homem, que realiza produções de festas, informou que não conhecia a Ederson mas, durante a confraternização, soube que ele teria exibido uma arma para outro convidado.
O homem ainda contou à polícia que pediu para o segurança retirá-lo do local com cautela, mas não acompanhou a expulsão.
A mulher que convidou Ederson para a festa contou que, durante a confraternização, foi informada pelo amigo que ele tinha sido expulso.
No entanto, aparentemente não havia motivo.
Ela ainda contou que não presenciou nenhuma discussão e não estava quando a vítima foi alvejada.
Em depoimento, uma mulher disse que presenciou quando Ederson e o policial que fazia a segurança discutiram, mas não soube o motivo.
Ela contou que viu o policial solicitando que Ederson saísse do local por diversas vezes, mas ele não obedeceu.
Por isso, o segurança foi avisar o dono da festa.
Em seguida, ela viu uma segunda discussão em que Ederson exibiu uma arma de fogo e apontou para o segurança.
A mulher disse que não viu mais nada depois que a vítima foi retirada do imóvel.
A namorada de Ederson contou que tinha um relacionamento com ele há aproximadamente dois anos.
Ela disse que estava na festa e o homem não discutiu em nenhum momento.
Apesar disso, um policial que fazia a segurança pediu para Ederson deixar a festa sem motivos.
Por isso, a namorada questionou o funcionário, que chegou a ser ríspido, mas logo depois pediu desculpas e disse que estava cumprindo uma ordem do dono da festa.
A mulher contou que Ederson pediu para esperar um motorista de aplicativo, mas o segurança afirmou que isso precisava ocorrer do lado de fora da confraternização.
Ela disse também para a polícia que teve a impressão que queriam que o namorado saísse sozinho da casa, pois o portão foi trancado logo após a saída dele.
A namorada da vítima ainda explicou que Ederson não estava armado. Um dos seguranças do evento disse que atuava na portaria e viu muitas pessoas reclamando da postura de Ederson, que estaria “mexendo com as mulheres que estava acompanhadas”.
No entanto, o profissional afirmou que não presenciou nenhuma discussão e nem participou da expulsão do convidado.
Caso foi encaminhado para a Delegacia Sede de Guarujá Guilherme Lúcio / G1 VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos