Em filmagem feita durante socorro, Daniel Fernando de Souza diz ter sido queimado com álcool pelos trabalhadores.
Defesa dos suspeitos lamentou a morte da vítima e disse que vai prestar ajuda à família.
Homem que teria sido espancado e queimado contou antes de morrer como foi agredido O homem que teria sido espancado e queimado pelo dono e por funcionários de um supermercado contou detalhes sobre o que aconteceu antes de ele morrer (assista acima).
A filmagem foi feita enquanto ele era socorrido por uma ambulância.
No vídeo, Daniel Fernando de Souza confirma que teria sido agredido e queimado com álcool pelos trabalhadores do estabelecimento.
“O pessoal lá do supermercado, quatro caras.
Dono e funcionários lá”, disse Daniel após uma pessoa perguntar quem fez isso com ele.
“[Queimaram] com álcool.
Nos fundos [do supermercado]”, completou o homem. O dono do supermercado e três funcionários foram presos.
Segundo o delegado Adriano Jaime, eles confessaram o crime à polícia e um dos funcionários foi liberado após a audiência de custódia. Ao g1, o advogado Márcio de Andrade, que representa os suspeitos, disse que lamenta a morte da vítima e que a empresa vai prestar ajuda financeira à família da vítima.
Alegou ainda que a vítima foi ao estabelecimento "portando uma faca, praticou o roubo de vários produtos" e que feriu um dos funcionários (veja a nota da defesa na íntegra ao final da reportagem).
A Polícia Civil informou ao g1 que, até às 8h05 desta quarta-feira (11), não tinha conhecimento sobre essas alegações da defesa e que não há registros dessas informações.
Homem foi encontrado com ferimentos e queimaduras na zona rural de Hidrolândia Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Polícia Civil Morte As agressões aconteceram na última sexta-feira (6) e, conforme a Polícia Civil (PC), após o crime, os suspeitos abandonaram a vítima em uma área rural.
"A vítima conseguiu se arrastar e pedir ajuda em uma fazenda para um morador que estava próximo", detalhou o delegado. O homem estava internada em estado grave e respirando com ajuda de aparelhos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
A morte dele foi confirmada pelo hospital na manhã desta terça-feira (10). Ao g1, o delegado explicou que, com a morte da vítima, o dono do supermercado e os funcionários são investigados por homicídio qualificado. Espancado e queimado O homem foi espancado com uma barra de ferro e, segundo a polícia, os suspeitos atearam fogo nele com álcool.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem foi deixado na zona rural do distrito de Nova Fátima, em Hidrolândia, com ferimentos e queimaduras no corpo. "O morador foi o quem acionou a Polícia Militar e o Samu, a vítima ainda estava consciente e contou quem teriam sido os autores.
Aos policiais, eles confessaram o crime, mas quando foi lavrado o auto de prisão em flagrante, eles permaneceram em silêncio", disse o delegado. Ainda segundo o boletim, o homem já havia sido preso por roubo e usava tornozeleira eletrônica, sendo monitorado desde março deste ano.
"A intenção é clara, foi de matar a pessoa.
Ele ainda foi abandonado em um lugar que ele poderia ter morrido", disse o delegado. Nota da defesa dos suspeitos na íntegra: "A defesa do Supermercado Super Mais e dos demais acusados envolvidos no lamentável episódio ocorrido na última sexta feira (06/09/2024) noticiado pela imprensa e redes sociais, por meio de seu advogado, Márcio Barbosa de Andrade, OAB-GO.
39.189, vem a público esclarecer o seguinte: A empresa lamenta profundamente a morte do senhor Daniel, ocorrida na data de ontem.
A empresa neste momento fará uma ajuda financeira à família da vítima, já estando em contato com o advogado da família para acerto do valor. Que apesar de não ser o momento oportuno, reitera os precedentes criminais da vítima, que possuía vários registros policiais, todos por roubo, furto, ameaça, violência doméstica entre outros e por várias vezes, praticou furtos no estabelecimento; que na última sexta-feira, portando uma faca, praticou o roubo de vários produtos no estabelecimento, inclusive ferindo um dos funcionários, tendo a segurança do local intervindo para resguardar a integridade física dos seus funcionários e colaboradores. As informações circuladas nas redes sociais e imprensa não são verdadeiras e foram proferidas pela própria vítima para encobrir o crime por ele praticado.
A dinâmica dos fatos será devidamente comprovada nos autos do processo já em andamento e comprovarão a inocência dos acusados. A empresa manifesta seu compromisso social com a sociedade e reitera que as acusações não são verdadeiras e serão devidamente apuradas, as responsabilidades de todos os envolvidos no lamentável episódio.
Em tempo, a empresa reitera seu compromisso com a verdade e colaboração com a justiça para que, em momento oportuno, exerça seu direito de defesa e esclareça o que de fato aconteceu." Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás