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Ribeirão Preto atinge pior nível de qualidade do ar do estado de São Paulo

Postado em 21 de Agosto de 2024


Cidade registrou nível 'muito ruim' de avaliação da Cetesb entre segunda e terça-feira.

Queimadas, baixa umidade relativa, falta de chuva, e poluição são fatores que contribuem para índices baixos.

Qualidade do ar em Ribeirão Preto, SP, atingiu nível 'muito ruim', segundo a Cetesb Reprodução/EPTV A qualidade do ar em Ribeirão Preto (SP) atingiu nível 'muito ruim' de avaliação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) entre segunda-feira (19) e terça-feira (20), e foi a única cidade do estado de São Paulo com índice tão baixo registrado.

Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Este nível está acima apenas do 'péssimo', que é quando o ar realmente é prejudicial à saúde.

Quando o ar está visível, a qualidade nunca vai ser boa, como explica a professora Lúcia Campos, do Departamento de Química Ambiental da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ela, o que a gente vê quando olha para o céu em Ribeirão Preto atualmente é material particulado, nome que cientistas dão para fumaça de queimadas da região e de outras áreas do Brasil que chegam por aqui pelo vento. "Esse material particulado é muito fino, é aquele que a gente respira.

Estamos conseguindo até enxergar.

Quando você pega e passa o dedo no móvel em casa e tem aquele material fininho, muitas vezes a gente nem vê, mas agora a gente enxerga no horizonte, tamanha a concentração de material particulado que tem na atmosfera".

Atmosfera tem alta concentração de material particulado Reprodução/EPTV As queimadas deixam a camada de poluição mais espessa e jogam ainda mais pra baixo a qualidade do ar, mas além delas, os fatores que mais contribuem para o nível 'muito ruim' de qualidade do ar são, principalmente, a baixa umidade relativa, a falta de chuva, e a poluição. LEIA TAMBÉM Fogo atinge prédio histórico da antiga estação de trem de Pontal Para fazer a medição do ar, o monitoramento da Cetesb considera as últimas 24 horas.

A partir daí, é feita uma média que vai determinar se a classificação varia entre boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima. Na segunda-feira às 7h, o ar tinha 244 microgramas de partículas MP10 por metro cúbico.

Às 8h subiu para 250.

Às 15h, caiu para 55 e às 22h subiu de novo para 327. No período mais quente do dia, que geralmente é à tarde, tinha menos poluição no ar. "O ar quente durante o dia sobe e leva as partículas pra cima, e vai tendo uma diluição dessas partículas, uma grande camada de mistura.

De noite, esfria e na hora que esfria, essa camada de mistura abaixa e o ar não sobe tanto.

Se ele não sobe tanto, fica concentrado na parte inferior.

É a hora que você tem a umidade do ar melhor é a hora que muitas vezes tem mais partícula na atmosfera". Nesta terça-feira, mais uma vez, a cidade registrou qualidade 'muito ruim'.

Às 18h, o índice de partículas MP10 por metro cúbico apontava 141 microgramas. Assista à reportagem do EPTV2 na íntegra: Qualidade do ar em Ribeirão Preto é pior do que em São Paulo Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região

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