A medida permite que o Ministério da Saúde solicite a dispensa do registro de vacinas e medicamentos que já foram aprovados por outras autoridades reguladoras internacionais.
Imagem de microscópio eletrônico mostra partículas do vírus da mpox, em laranja, encontradas dentro de células infectadas, em verde. NIAID A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na quinta-feira (22) uma resolução para simplificar as regras para importação de medicamentos e vacinas contra a mpox. A medida permite que o Ministério da Saúde solicite a dispensa do registro de vacinas e medicamentos que já foram aprovados por outras autoridades reguladoras internacionais. Segundo a Anvisa, serão consideradas as aprovações emitidas pelas seguintes autoridades de saúde: Organização Mundial da Saúde (OMS); Agência Europeia de Medicamentos (EMA); Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA); Agência Reguladora de?Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK); Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP); e Agência Reguladora do Canadá (Health Canada).
O pedido de dispensa de registro será avaliado prioritariamente pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até sete dias úteis.
A decisão, de acordo com a Anvisa, tem como objetivo facilitar o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas já aprovados por outras autoridades para tratamento ou prevenção da mpox. LEIA TAMBÉM: Sem prazo, novas doses da vacina contra mpox são esperadas no Brasil Mpox não é a 'nova Covid', alerta diretor da OMS Saiba quais são os sintomas e formas de transmissão da doença Ministério da Saúde negocia compra de vacina contra a Mpox Emergência de saúde A OMS voltou a declarar a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) por causa da propagação de uma nova variante do vírus, a Clado 1b, que está circulando na África Central. O mais alto nível de alerta da organização havia sido declarado para o surto da doença no final de julho de 2022.
Somente em maio de 2023 que a organização decidiu rebaixar seu status, por causa da diminuição global do número de casos. A principal razão por trás dessa declaração da OMS é a propagação de uma nova variante do vírus (conhecida como Clado 1b), que causa uma maior mortalidade, é mais fácil de transmitir e está circulando na África Central, afetando principalmente crianças e se espalhando por meio de múltiplos modos de transmissão (não apenas a via sexual). No Brasil, até o momento, nenhum caso do Clado 1b foi identificado. A mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais.
A transmissão se dá, por exemplo, por contato próximo a fluidos corporais de uma pessoa contaminada ou por arranhões ou mordida do animal com a doença.
Alguns dos sintomas são dor de cabeça, gânglios inchados e erupções na pele. Entenda como o vírus da mpox infecta o corpo humano. Ana Moscatelli/Arte g1 Entenda por que a mpox voltou a ser uma emergência global