Ministro da Fazenda participou da 24ª edição do 'Valor 1000', evento organizado pelo jornal Valor Econômico que premia as 28 empresas líderes de seus setores no Brasil.
Haddad em foto de 28 de agosto de 2023 REUTERS/Adriano Machado/File Photo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (16) que, diante das emergências climáticas, desastres ambientais precisarão passar a ter recursos previstos no Orçamento federal. "Em algum momento, vão ter que entrar [no Orçamento].
Porque, infelizmente, talvez o extraordinário não seja tão extraordinário daqui para frente", disse o ministro. A declaração de Haddad ocorreu durante a 24ª edição do "Valor 1000", evento organizado pelo jornal Valor Econômico que premia as 28 empresas líderes de seus setores no Brasil. Segundo o ministro, "os problemas e oportunidades" dos eventos climáticos têm sido colocados no radar do Ministério da Fazenda como "uma questão econômica central de qualquer projeto de desenvolvimento". Questionado sobre os créditos extraordinários (gastos além do orçamento) usados para tragédias como as enchentes no Rio Grande do Sul e as atuais secas pelo país, Haddad afirmou que o uso dos recursos não enfraquece o arcabouço fiscal, a regra de gastos aprovada no ano passado. "Não penso que seja uma violação da regra.
Agora, se você começar a ter uma ocorrência cotidiana disso, independentemente de ser na mesma região.
Caso se torne uma despesa recorrente, terá de ser feita uma readequação do Orçamento federal prevendo recursos para mitigar [os problemas]", disse. Comunicação do governo Ao falar sobre os reflexos da alta do dólar na inflação do país, o ministro afirmou que "o mundo todo teve um repique de câmbio" e que o Brasil "teve um pouco mais".
Ele relacionou o tema às falhas de comunicação do governo.
"Penso que a gente também erra.
Nós não somos infalíveis.
Às vezes o governo se comunica de forma atabalhoada, passa sinais que despertam dúvidas, aí tem um trabalho de correção da comunicação", disse o ministro. No mês passado, Haddad já havia afirmado que o governo "às vezes peca por detalhe" e que isso tem colaborado com a deterioração das expectativas do mercado financeiro.