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Filho de desembargador e advogado são presos em operação que investiga suposta venda de sentenças no Tocantins

Postado em 23 de Agosto de 2024


Investigação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e mandados são cumpridos pela Polícia Federal.

Além das prisões, 60 mandados de busca e apreensão foram autorizados contra juízes e desembargadores.

Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal na frente do Fórum de Palmas Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera Duas pessoas foram presas preventivamente pela Polícia Federal nesta sexta-feira (23) durante a operação Máximus, que investiga suposta venda de sentenças na Justiça do Tocantins.

Um dos presos é Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio Maia Neto, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins. Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.

O advogado de Thales, Leandro Manzano, afirmou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo. O segundo preso no suposto esquema é o advogado Thiago Sulino de Castro, que teria ligações com o gabinete de uma desembargadora.

A defesa dele informou que "irá se manifestar a respeito do procedimento que corre sob sigilo, não tendo tido acesso ainda ao teor da decisão." A procuradora geral de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Tocantins, Aurideia Pereira Loiola Dallacqua, informou que a "OAB não teve acesso ao teor das decisões e está atuando tão somente no que se refere a garantia das prerrogativas dos advogados." A polícia não detalhou qual seria a participação de ambos no esquema.

LEIA MAIS Operação da Polícia Federal apura suposto esquema de venda de sentenças na Justiça do Tocantins PF apreende armas em endereço de desembargador durante operação que apura venda de sentenças no Tocantins Operação Máximus Além dos dois mandados de prisão preventiva também foram cumpridas 60 ordens de busca e a preensão.

Entre os alvos estão gabinete de juízes, no Fórum de Palmas, e de desembargadores, na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO). Durante o cumprimento de um dos mandados de busca foram apreendidas na casa do desembargador João Rigo, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.

Em nota, o TRE-TO informou que não é alvo da operação.

Advogados e procuradores do governo do Tocantins também são investigados.

O g1 pediu posicionamento para o TJ-TO e para o governo do Tocantins, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Também há mandados em dezenas de endereços em Palmas, incluindo escritórios de advocacia, e contra alvos em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

A ação foi chamada de operação Máximus. Policiais federais entrando na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins durante operação Tamyra Pinheiro/TV Anhanguera Também foram determinadas medidas cautelares como o afastamento de cargo público, o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.

A investigação apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O nome da operação faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano. Operação Fames-19 Há apenas três dias a Polícia Federal realizou outra operação no Tocantins, apurando suposto desvio de dinheiro público por meio da distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Houve apreensão de dinheiro no Palácio Araguaia e na casa do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que é um dos alvos.

Dois filhos dele e a primeira dama também são investigados.

Todos negaram participação no suposto esquema.

(Veja o posicionamento deles) Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

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