Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,39%, cotada a R$ 5,4883.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, caiu 0,12%, aos 134.960 pontos.
Dólar Karolina Grabowska O dólar mais uma vez abriu em queda, nesta que é a principal "Superquarta" do ano — nome dado às quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos.
No exterior, a grande expectativa do mercado é pelo início do corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
A maior parte das apostas é que a instituição deve optar por um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), mesmo após os dados fortes de atividade divulgados recentemente no país.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) deve anunciar sua decisão na tarde desta quarta (18). Já por aqui, o cenário de piora nas projeções sobre a inflação brasileira traz a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) deve voltar a subir a taxa básica de juros (Selic).
A decisão deve sair apenas depois do fechamento dos mercados. Superquarta: entenda por que o BC do Brasil vai subir os juros, enquanto os EUA vão baixar Dados econômicos internacionais e o noticiário corporativo também devem ficar na mira dos investidores ao longo do dia. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 09h01, o dólar operava com uma queda de 0,18%, cotado em R$ 5,4786.
Veja mais cotações. Na véspera, a moeda recuou 0,39%, cotada em R$ 5,4883.
Com o resultado, acumulou: queda de 1,42% na semana; perda de 2,56% no mês; avanço de 13,10% no ano. Ibovespa As negociações no Ibovespa, por sua vez, só começam a partir das 10h. Na véspera, o índice recuou 0,12%, aos 134.960 pontos. Com o resultado, acumulou: ganho de 0,06% na semana; queda de 0,77% no mês; e alta de 0,58% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Como era de se esperar, o principal destaque desta quarta-feira (18) são as decisões de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos, que devem acontecer ao longo do dia.
No cenário internacional, os investidores continuam com grande expectativa pelo início do ciclo de cortes de juros pelo Fed.
Pela manhã, mais de 60% das apostas indicava um corte de 0,50 p.p.
das taxas básicas dos EUA pela instituição, para o intervalo entre 4,75% e 5%, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group. A previsão de redução dos juros na maior economia do mundo vem mesmo após o país divulgar dados fortes de atividade.
Na véspera, por exemplo, as vendas no varejo dos EUA reportaram um aumento inesperado em agosto, enquanto a produção industrial do país subiu 0,9% no período.
Já por aqui, as recentes sinalizações de um crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB), de um mercado de trabalho aquecido e em meio às dúvidas sobre o quadro fiscal brasileiro têm cada vez mais intensificado a expectativa de que o Copom volte a subir a Selic. Atualmente, a taxa básica está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho. Esse cenário também já aparece no boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.
A última edição do documento, divulgada na última segunda-feira, continuou apontando para um aumento da Selic, além de indicar uma elevação para na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e um crescimento de 3% do PIB em 2024. No ambiente internacional, por sua vez, o mercado projeta que o Fed finalmente dê início ao ciclo de cortes dos juros da maior economia do mundo, na primeira redução das taxas desde 2020.
Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado apostava em uma chance de 67% de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) reduza as taxas norte-americanas em 0,50 ponto percentual (p.p.), para o patamar entre 4,75% e 5%. Decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE), do Banco do Japão (BoJ), e do banco central da China também ficam na mira dos investidores ao longo desta semana, bem como os dados de produção industrial e de vendas ao varejo nos Estados Unidos e de arrecadação no Brasil.