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Espuma cobre leito do Rio Piracicaba pela segunda vez em uma semana e Cetesb aponta queda no nível de oxigênio da água

Postado em 18 de Setembro de 2024


Mananciais enfrentam as consequências de um período mais seco que o normal nessa época do ano.

Sem chuvas, registram volume de água abaixo do esperado para setembro.

Rio Piracicaba amanhece com espuma e cena chama atenção de visitantes Pela segunda vez em uma semana, o Rio Piracicaba amanheceu com muita espuma na região próxima do Engenho Central, na Rua do Porto de Piracicaba (SP), na manhã desta quarta-feira (17).O morador, Michel de Paula, flagrou a ocorrência e enviou imagens a EPTV, afiliada da Globo para Piracicaba e região. A Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) afirmou a EPTV que equipes da agência estão no local e avaliam a ocorrência.

Ainda, segundo o órgão, foi constatada uma queda no nível de oxigênio nas águas do Rio Piracicaba. Participe do Canal do g1 Piracicaba e região no WhatsApp A baixa vazão do manancial, decorrente da intensa estiagem, favorece o aparecimento de espuma durante o dia.

Os técnicos da Cetesb farão uma inspeção, nesta quarta-feira, para verificar se houve comprometimento da fauna aquática.

Morador Michel de Paula flagrou ocorrência de espumas no leito do Rio Piracicaba na região do Engenho Central em Piracicaba nesta quarta-feira (18) e enviou imagens para a EPTV. Michel de Paula/Reprodução/EPTV Outro registro No último dia 13 de setembro, o Rio Piracicaba também registrou quantida de espuma densa e de cor amarronzada cobre parte do leito manancial, na altura da Ponte Pênsil na região da Rua do Porto, ponto turístico de Piracicaba (SP).

Na ocasião, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), também explicou que poluição intensificada pelo tempo seco e as queimadas, agravadas ainda pela estiagem, podem explicar a aparecimento da substância nas águas do manancial. Ainda segundo dados da agência fiscalizadora, não havia indícios de despejos irregulares de resíduos no Rio Piracicaba ou de alteração nos níveis de oxigenação da água.

- Relembre no VÍDEO, abaixo. "Um técnico técnico da Agência Ambiental de Piracicaba, da CETESB, está, no momento, avaliando as condições do rio Piracicaba.

As primeiras informações são de não existir sinais de lançamentos pontuais ou alterações significativas no Rio, com relação aos dias anteriores", afirmou em trecho do documento. Rio Piracicaba amanhece com espuma e vazão 67% a baixo do esperado para a época do ano Prefeitura A Prefeitura de Piracicaba afirmou que faz a captação de 20% da água utilizada para o abastecimento da população do Rio Piracicaba e realiza análise diária da água do manancial.

"Nos últimos relatórios, foi constatado que não houve alterações na oxigenação da água.

Entre as principais causas da má qualidade da água do rio Piracicaba está o fato de que alguns municípios à montante de Piracicaba não tratam o seu esgoto e o jogam in natura no rio Piracicaba.

Isso ocorre e os órgãos fiscalizadores não tomam nenhuma atitude", disse. Espuma se concentra no Rio Piracicaba Edijan Del Santo/EPTV Rio Piracicaba tem concentração de espuma no leito do manancial na região da Ponte Pênsil em Piracicaba Edijan Del Santo/EPTV Baixa vazão O Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP), registra vazão 67% menor do que o volume esperado para esta época do ano.

O nível do manancial na manhã desta sexta-feira (13) era de 97 centímetros.

A profundidade média esperada para setembro é de 1,40 m.

No dia 3 de setembro, a vazão do Rio Piracicaba era 61,8% menor do que o volume médio de água esperado para setembro tem pedras aparentes ao longo da margem na zona urbana da cidade.

No mesmo dia, o Rio Corumbataí, que é responsável por mais de 80% do abastecimento da cidade, também apresentou volume 54% abaixo da expectativa para este período do ano, com 2,46 mil litros de água por segundo. Leito do Rio Piracicaba tem pedras aparentes nesta sexta-feira (13). Edijan Del Santo/EPTV Os mananciais enfrentam as consequências da estiagem.

Os períodos de seca costumam começar entre maio e junho e terminar entre setembro e outubro.

A Defesa Civil, entretanto, aponta que este mês ainda requer atenção.

- Leia mais, abaixo. A vazão média do Rio Piracicaba observada nesta época do ano é de 55,3 mil litros de água por segundo (m3) na primeira semana de setembro.

O manancial que abastece cerca de 20% da cidade estava em 39,5 m3 no trecho próximo à Rua do Porto, na região central. O cenário reflete os números da Sala de Situação das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Conforme o boletim, o nível do Rio Piracicaba marcou 1,30 metro de profundidade, sendo que a média esperada para setembro é de 1,40 m.

Com estiagem mais severa, Rio Piracicaba tem baixa vazão e pedras aparentes. Claudia Assencio/g1 Estiagem A representante da Defesa Civil de Piracicaba, Graziela Steagall, destacou que o mês de setembro será, ainda, um período de atenção com a estiagem.

“Os centros meteorológicos mundiais indicam que haverá uma rápida transição do fenômeno El Niño para o La Niña entre julho e setembro deste ano", alerta. Vazão do Rio Piracicaba fica quase 62% menor do que a média esperada para setembro nesta terça-feira. Claudia Assencio/g1 Salto do Rio Piracicaba nesta quarta-feira (4) na região da Rua do Porto em Piracicaba. Edijan Del Santo/EPTV Mas, o que é o La Niña? - O La Niña é o resfriamento das camadas mais superficiais do oceano Pacífico e esse fenômeno pode ter mais de um ano de duração e ocorrer em intervalos de tempo que variam de dois a sete anos, explica a representante da Defesa Civil. "Então, as projeções dos centros especialistas de meteorologia indicam que o mês de setembro continuará a ter clima seco, diferente de outros anos, quando as chuvas geralmente ocorrem no início da Primavera”, explicou. Assista à íntegra do Bom Dia Cidade Campinas desta quarta-feira, 4 de setembro de 2024 Volume de chuvas abaixo do esperado Dados captados pela Defesa Civil na cidade indicaram que o volume de chuvas neste ano foi abaixo do esperado.

Neste ano, segundo Graziela, o regime de chuvas foi drasticamente menor quando comparado ao ano de 2023.

Para se ter noção, nos três primeiros meses de 2023 registramos 880,4 milímetros cúbicos(mm3) de chuva, e para os mesmos meses de 2024, foram de apenas 329,5 mm³. “Diante disso, o nível de água disponível nos rios e mananciais está muito baixo, e não há perspectivas de chuvas até pelo menos o início de outubro pelo que acompanhamos pelos centros de estudo", disse. Rio Corumbataí, que abastece Piracicaba, tem baixa vazão e pedras aparentes em setembro. Edijan Del Santo/EPTV Risco de incêndio - A especialista explica que, por isso, o risco de incêndio é elevado devido à influência da estiagem, porque a vegetação está sofrendo de estresse hídrico.

Dessa forma, se não houver uso consciente da água e também se continuarem a atear fogo em mato seco, haverá o agravamento de uma situação já crítica”, completou. A Prefeitura, por meio da Defesa Civil, em conjunto com demais órgãos da cidade, como o Corpo de Bombeiros, também atua no monitoramento e alerta urgente para evitar ocorrências com fogo em áreas verdes de Piracicaba. A Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) divulgou decisão imediata de fechar todas as 80 unidades de conservação ambiental localizadas no Estado, incluindo o Horto de Tupi; portanto, o espaço está fechado para visitação.

A medida visa a proteção dos espaços contra ocorrências de incêndio durante o período de estiagem, que torna propícios o início e propagação do fogo. Vazão do Rio Corumbataí inicia setembro com volume abaixo da média esperada em Piracicaba Edijan Del Santo/EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

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