Juiz negou nesta quarta-feira (18) um recurso apresentado pela defesa; ele tem acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição.
sean-diddy-agressão Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean 'Diddy' Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura.
Ao lado, foto do rapper em pedido de desculpas — Foto: Reprodução/CNN e Redes Sociais O rapper e empresário Sean "Diddy" Combs vai continuar preso enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição, informou a Agência France-Presse (AFP).
Ele, que tem 54 anos, foi preso na segunda-feira (16) após meses de investigação. Nesta quarta-feira (18), o juiz Andrew Carter negou um recurso apresentado pela defesa.
O magistrado confirmou a decisão da véspera, que considerou insuficiente a fiança proposta por Combs, devido ao histórico de violência, abuso de substâncias e à possibilidade de manipulação de testemunhas. "Esteja onde estiver, ele tem a mesma determinação.
Acredita ser inocente", declarou em frente ao tribunal federal de Manhattan o advogado do rapper, Marc Agnifilo, que considerou as condições de prisão de Combs "desumanas". Entenda acusações de tráfico sexual e associação ilícita contra o rapper O site TMZ informou que o rapper ofereceu US$ 50 milhões para ficar em liberdade até o julgamento.
O valor equivale a mais de R$ 270 milhões.
Ainda não há data para o julgamento.
Caso ele seja considerado culpado das três acusações, Combs pode ser condenado a prisão perpétua. Combs é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um "predador sexual violento", acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos.
Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano. O artista, conhecido por diversos apelidos como Puff Daddy e P.
Diddy, foi amplamente creditado como uma figura-chave na ascensão do hip hop das ruas até os clubes de luxo, segundo a AFP.
Ao longo das décadas, ele acumulou uma vasta fortuna, especialmente com empreendimentos na indústria de bebidas alcoólicas. Acusações contra o rapper Durante décadas, Sean Combs "abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações", segundo o documento da acusação, que afirmou que ele usou o "império musical" para atingir seus objetivos. O promotor Damian Williams disse à imprensa que Combs construiu um sistema baseado na "violência" para obrigar as mulheres a "longas relações sexuais com garotos de programa", sob efeitos de drogas como ecstasy GHB (a droga dos estupradores) e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos. "Quando não conseguia o que queria, era violento, (...) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos", disse o promotor.