O g1 revelou o caso de uma menina de 11 anos teve um filho depois de ter sido abusada pelo companheiro da avó.
O caso ocorreu na zona rural de Santa Quitéria.
Criança de 11 anos engravida depois de ser estuprada Meses depois do crime, o suspeito de estuprar e engravidar uma menina de 11 anos no interior do Ceará ainda não foi localizado ou preso.
O homem apontado pela vítima como autor do abuso contra ela é companheiro da avó da menina.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) continua investigando o caso, ocorrido na zona rural do município de Santa Quitéria, a 222 quilômetros da capital.
Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp O g1 apurou que o homem não foi mais visto na cidade desde que a Polícia foi notificada do caso.
Esta comunicação aconteceu em agosto, quando a família levou a menina para um exame.
Ao realizar a ultrassonografia, o médico identificou que a menina tinha sofrido violência sexual e orientou a família a procurar a polícia, conforme relatou a mãe da vítima.
Isto aconteceu no dia 21 de agosto, quando o exame apontou que ela estava no sétimo mês da gestação.
No dia 13 de setembro, a menina deu à luz um bebê.
Em conversas com psicólogos e com uma delegada, a própria vítima revelou ter sido abusada pelo suspeito.
Ela não esclareceu se a violência sexual aconteceu mais de uma vez.
LEIA TAMBÉM: Menina de 11 anos é estuprada pelo companheiro da avó, engravida e tem o filho no interior do Ceará 'A gente deu muito apoio a ela', diz mãe de criança estuprada que teve filho aos 11 anos O homem era companheiro da avó da criança há cerca de 12 anos, antes mesmo que a vítima nascesse.
Os pais nunca desconfiaram de nada, mas estranharam quando a menina não quis mais visitar a casa da avó.
O g1 fez novas perguntas à Secretaria de Segurança Pública sobre o andamento do caso e se foi possível localizar o suspeito.
A polícia disse, mais uma vez, que “segue investigando as circunstâncias de um crime de estupro de vulnerável”.
As investigações são conduzidas pela Delegacia Municipal de Santa Quitéria, que realiza diligências e oitivas.
“Mais detalhes serão repassados em momento oportuno para não comprometer os trabalhos policiais”, complementa a nota enviada pela secretaria.
Relembre o caso As investigações estão a cargo da Delegacia Municipal de Santa Quitéria. Reprodução/Google Maps A menina de 11 anos engravidou após ter sido abusada pelo companheiro da avó, na cidade de Santa Quitéria, interior do Ceará.
O bebê nasceu no dia 13 de setembro.
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) disse que está investigando o caso.
Ao g1, a mãe da vítima disse que foi a menina quem revelou que havia sido abusada pelo homem.
Um teste de gravidez, antes mesmo do ultrassom, revelou que a menina esperava um bebê. "Ela ficou nervosa, apavorada.
Disse que não tinha feito nada, não tinha ficado com ninguém.
No dia 21 de agosto fizemos um ultrassom.
Quando fizemos, o médico falou que podia acionar a polícia.
Ele viu que ela tinha sido abusada e já estava grávida de sete meses", revelou a mãe. A menina de 11 anos sempre foi 'muito calada' e nunca apresentou comportamentos 'diferentes', segundo a mãe.
Após o caso, a vítima também revelou que foi ameaçada pelo suspeito para que não revelasse o crime.
A criança está sendo acompanhada por psicólogos do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de Santa Quitéria.
A mãe disse que a menina primeiro revelou os abusos para dois psicólogos e para a delegada que está no caso.
Por último, falou para a família. A relação da família ficou abalada após o caso vir à tona.
A mãe da menina disse que a avó não acredita no abuso e que, por vezes, chama a criança de mentirosa.
Elas estão afastadas.
Mesmo vivendo uma situação difícil emocionalmente e financeiramente, a família resolveu ficar com o bebê.
"Eu não queria a criança no começo porque achei que ia fazer mal a ela.
Fiquei muito revoltada com o que aconteceu.
Conversando com psicólogos, entendi que a bebê não tem culpa e ela (a vítima) também não tem.
Ela é uma criança, só tem 11 anos.
Até então, são duas crianças", disse a mãe.
A comunidade onde a família mora fez uma campanha para arrecadar itens para ajudar as crianças.
A mãe tem, além da menina de 11 anos, outros cinco filhos.
O pai da vítima também está abalado. Riscos da gestação infantil Gestação infantil indesejada oferece riscos à saúde física e mental das vítimas SSP/SE A recuperação física de uma gestação indesejada em um corpo infantil é possível, mas envolve grandes desafios e riscos, aponta Mariana Prado, médica ginecologista e obstetra. "O corpo de uma criança ainda está em desenvolvimento, o que pode dificultar o processo de recuperação total, tanto fisicamente quanto emocionalmente.”, disse a médica. Ainda de acordo com a especialista, biologicamente uma gravidez é possível assim que a ovulação começa, o que geralmente ocorre após a menarca (primeira menstruação), que pode acontecer em algumas meninas a partir dos 8 ou 9 anos - dependendo do início da puberdade.
Algumas complicações que crianças e adolescentes podem enfrentar após uma gravidez indesejada são: Após o parto, o útero normalmente se contrai e volta ao seu tamanho original.
No entanto, em um corpo infantil, esse processo pode ser mais lento e complicado devido à imaturidade dos órgãos reprodutivos.
A recuperação completa do sistema reprodutivo pode levar mais tempo e envolve risco aumentado de sangramento pós-parto e até perda uterina.
Processo cicatricial de cesarianas e partos vaginais complicados: muitas vezes, uma cesariana é necessária em meninas muito jovens devido à falta de desenvolvimento do canal de parto.
A recuperação de uma cesariana exige repouso, cuidados médicos adequados e acompanhamento, e cicatrizes físicas podem permanecer.
Mesmo em um parto vaginal, o corpo infantil pode sofrer lacerações que levam tempo para cicatrizar. Recuperação óssea e muscular: o corpo infantil ainda está em crescimento, e uma gravidez pode causar uma sobrecarga no desenvolvimento ósseo e muscular.
Em alguns casos, podem ocorrer complicações como problemas na coluna e na pelve, que podem afetar o desenvolvimento físico a longo prazo. Impacto nutricional (desnutrição), problemas hormonais e desenvolvimento psicológico interrompido. Ainda conforme Mariana, a maturidade emocional e psicológica também não está completa logo após a menarca.
Assim, as mudanças também estão a nível psíquico. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: