Nome de José Maria Lima foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins.
Além dele, o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, ex-presidente do TJ, também foi afastado por decisão do STJ.
Juiz José Maria Lima Lucas Nascimento/Ascom TRE-TO e Rondinelli Ribeiro/Cecom-TJTO O juiz José Maria Lima foi afastado das funções durante operação da Polícia Federal que investiga suposta venda de sentenças no Judiciário.
O nome do magistrado foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins na tarde desta sexta-feira (23). Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Além do juiz, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também determinou o afastamento do ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto.
Os dois são investigados da Operação Máximus, realizada pela Polícia Federal durante a manhã. O juiz é ouvidor eleitoral e faz parte da Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A operação foi autorizada pelo ministro João Otávio de Noronha.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 60 de busca e apreensão nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Conforme a investigação, Helvécio está proibido de acessar ou frequentar o TJ e suas repartições, inclusive por meio virtual.
Ele também não poderá entrar em contato com outros investigados.
A defesa dele ainda não se manifestou sobre o afastamento. As proibições relacionadas ao juiz não foram informadas.
O g1 tenta contato com a defesa de José Maria. Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal na frente do Fórum de Palmas Ana Paula Rebhain/TV Anhanguera LEIA TAMBÉM: Operação da Polícia Federal apura suposto esquema de venda de sentenças na Justiça do Tocantins Filho de desembargador e advogado são presos em operação que investiga suposta venda de sentenças no Tocantins PF apreende armas em endereço de desembargador durante operação que apura venda de sentenças no Tocantins STJ determina afastamento de desembargador investigado em suposto esquema de venda de sentenças Prisões a apreensão de armas Os mandados de prisão são em nome do filho do desembargador Helvécio de Brito, Thales André Pereira Maia, e do advogado Thiago Sulino de Castro.
O advogado de Thales, Leandro Manzano, afirmou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.
Thiago Sulino teria ligações com o gabinete de uma desembargadora e a defesa dele informou que "não irá se manifestar a respeito do procedimento que corre sob sigilo, não tendo tido acesso ainda ao teor da decisão". Em Araguaína, uma casa do desembargador João Rigo Guimarães, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, foi alvo da operação, onde policiais apreenderam duas armas de fogo.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de João Rigo. Agentes da PF deixando casa do desembargador João Rigo com armas Claudemir Macedo/TV Anhanguera Em nota, o TRE-TO informou que não é alvo da operação e que não foi oficiado sobre o afastamento do juiz.
(Veja nota abaixo).
Além dos alvos no Judiciário, a operação também investiga advogados e procuradores estaduais.
O governo do Tocantins afirmou que não teve acesso aos autos e não vai se manifestar neste momento. Policiais federais entrando na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins durante operação Tamyra Pinheiro/TV Anhanguera A investigação da Polícia Federal apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O que dizem os citados Tribunal de Justiça O Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) informa que a Presidência do Tribunal de Justiça foi notificada, na tarde desta sexta-feira (23/8), das medidas cautelares de afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e do juiz José Maria Lima, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e tomou as providências necessárias para o cumprimento das ordens. Como instituição comprometida com a Justiça e com os princípios constitucionais, o Poder Judiciário do Tocantins defende a apuração dos fatos com lisura e transparência, e continua à disposição do STJ e da Polícia Federal para contribuir com as investigações, zelando pela imagem e valorização do Judiciário do Estado, que atua para oferecer uma justiça de qualidade ao(à) cidadão(ã). TRE-TO O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) informa que não é alvo da ação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira, dia 23.
E que as unidades da Justiça Eleitoral, como a sede em Palmas (TO) e todas as 33 zonas eleitorais no Estado, mantêm o atendimento nesta data. Secretaria de Estado da Comunicação Ainda não tivemos acesso aos autos e não temos como dizer se a decisão é referente as atividades privadas deles como advogados ou de alguma forma se comunica com as suas funções públicas.
Por isso vamos esperar para poder nos posicionar acerca do tema. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.