Ao menos 450 Boletins de Ocorrência foram registrados contra a agência de eventos Filia.
Prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 8 milhões.
Dona de empresa suspeita de golpe em formandos e casais presta depoimento à polícia Investigações da Polícia Civil do Paraná apontam que a agência de eventos Filia, de Maringá, no norte do Paraná, funcionava com um "sistema de pirâmide".
A empresa é suspeita de aplicar golpes em casais e formandos ao cancelar e não entregar diversos eventos para quais foi contratada.
Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram Nesta sexta-feira (23), três sócios da empresa prestaram depoimentos.
Segundo o delegado Fernando Garbelini, responsável pelas investigações, eles afirmaram que o principal motivo para o fim do funcionamento da empresa foi a diminuição da quantidade de vendas. "Eles disseram que do início do ano para cá as vendas teriam caído e parou de entrar dinheiro.
Com isso, eles não conseguiram cumprir com os eventos.
Isso reforça a nossa ideia inicial de que funcionava como se fosse sistema de pirâmide: eles pagavam os eventos anteriores com o dinheiro que vinha entrando das vítimas sucessivas", explica. A Polícia Civil está investigando o caso e, de acordo com o delegado, ao menos 450 Boletins de Ocorrência (B.O) foram registrados contra a empresa.
O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 8 milhões. Os sócios falaram à polícia que a empresa quebrou, que não há dinheiro para realizar os eventos e nem devolver os valores para as vítimas. Fornecedores da Filia que estavam com os pagamentos atrasados emprestaram máquinas de cartão para a empresa, na tentativa de receber os valores.
Conforme Garbelini, não há indícios de que os fornecedores tinham a intenção de aplicar golpes. "Apesar de os responsáveis pela agência terem usado essas máquinas, eles tinham dívidas bastante grandes com essas pessoas.
Acho que, em um ato de desespero, os fornecedores devem ter emprestado essas máquinas para receber mesmo que parcialmente esses valores", explica o delegado. O g1 tenta contato com a defesa da empresa. LEIA TAMBÉM: Vídeo: Motociclista pula de moto segundos antes do veículo ser atropelado e arrastado por caminhão Violência: Caminhoneiro é preso suspeito de matar colega em briga após bebedeira em pátio de empresa Queimadas: Imagens aéreas mostram devastação do fogo em Cianorte; cidade está há cinco dias encoberta por fumaça Casal descobriu na noite anterior ao casamento que empresa não entregaria a festa Casais foram até a Delegacia de Estelionatos em Maringá registrar boletim de ocorrência contra a empresa RPC Maringá O casal Danila Lima e Guilherme Teodoro descobriu na noite anterior que a empresa não entregaria a festa de casamento e precisou da união de amigos e familiares para realizar uma festa alternativa. Isso porque a Filia, contratada para realizar o evento, não efetuou o pagamento dos fornecedores. Um grupo de estudantes universitários que contratou a empresa para realizar a festa de formatura afirma ter sofrido prejuízo de cerca de R$ 200 mil.
Uma das estudantes contou ao g1 que após os formandos realizarem o pagamento do contrato, a empresa parou de responder os questionamentos que eram feitos no grupo criado em um aplicativo de mensagens. Nas redes sociais, a empresa informou que se mudou da cidade após sofrer ameaças.
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde funcionava o escritório da Filia mostram funcionários deixando o local levando móveis e documentos.
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