Notícias

Kamala cobra 'transparência' do governo Maduro e pede publicação de atas de eleição na Venezuela

Postado em 23 de Agosto de 2024


Vice-presidente enviou carta aos opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González.

Democrata disse que comunidade internacional monitora situação no país.

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, em discurso durante a conferência de segurança de Munique Andreas Gebert/Reuters A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, cobrou transparência do governo Nicolás Maduro e pediu a publicação das atas eleitorais da Venezuela.

Uma carta da democrata foi divulgada pela oposição venezuelana, nesta sexta-feira (23). Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A carta indica que Kamala estava respondendo a mensagens enviadas pelos opositores María Corina Machado e Edmundo González.

O documento foi assinado no dia 16 de agosto. Kamala afirmou que reconhece que existe um sistema de repressão e censura contra quem se recusa a aceitar o resultado das eleições de 28 de julho. Maduro foi dado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral.

O resultado foi respaldado pela Suprema Corte da Venezuela nesta semana.

Por outro lado, a oposição garante que Edmundo González venceu as eleições com base nas atas impressas das urnas eletrônicas. Até agora, as autoridades eleitorais da Venezuela não divulgaram as atas.

A Justiça, controlada por chavistas, emitiu apenas uma declaração afirmando que os documentos foram periciados e confirmam a vitória de Maduro.

Na carta enviada à oposição da Venezuela, Kamala disse que os acontecimentos recentes envolvendo as eleições indicam que são necessárias mais transparência e responsabilidade no sistema eleitoral da Venezuela. "Os Estados Unidos apoiam o desejo do povo venezuelano por paz e mudança democrática após anos de corrupção governamental, abuso de poder e má gestão econômica", escreveu a vice-presidente.

Kamala também pediu para que as forças de segurança da Venezuela assegurem os direitos humanos e a liberdade de expressão.

Ela afirmou que a comunidade internacional está monitorando a situação do país e condena atos de violência. "Vamos continuar encorajando as partes na Venezuela para começar as discussões para uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral e o desejo do povo venezuelano", afirmou. Países rejeitam Justiça da Venezuela Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da Organização dos Estados Americanos, rejeitaram a decisão da Justiça da Venezuela que respaldou a vitória de Maduro. Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta, EUA, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai disseram que não reconhecem a decisão do Supremo venezuelano.

Os signatários também pedem uma "auditoria imparcial" dos votos. "Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE [de que Maduro venceu as eleições], logo depois de que o acesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente", disse o comunicado. O Brasil ainda não se manifestou após a a sentença do TSJ, e deve fazer um comunicado conjunto com a Colômbia sobre a decisão. O governo da Venezuela rechaçou o comunicado, afirmando que os países que assinaram a nota estão violando o direito internacional. VÍDEOS: mais assistidos do g1

ENDEREÇO
Rua Lote Villa Unicap
S/N - Centro,
Rio Formoso - PE
CEP 55.570-000
Top Rio FM © Copyright 2025
© 2025 Top Rio FM 90,5. Todos os direitos reservados