Como o voto não é obrigatório nos Estados Unidos, um dos desafios principais dos dois partidos é convencer os eleitores a saírem de casa para votar no dia 5 de novembro.
Os desafios e a estratégia de Kamala Harris na corrida à Casa Branca Ainda nos corredores da arena em Chicago, Kamala Harris foi perguntada sobre o que ela achou da noite.
E ela respondeu que foi uma ótima noite, mas não perdeu tempo em olhar para frente.
Disse que é hora de seguir adiante e trabalhar. A disputa está muito apertada, e os estrategistas do Partido Democrata vão ficar de olho agora nas pesquisas dos próximos dias.
Até agora, muito têm mostrado preocupação de que toda a energia que ela tem gerado não reflita nos números das pesquisas. Por isso mesmo, existem desafios diferentes de um lado e de outro.
O desafio dos democratas nesse momento é conquistar eleitores dos sete estados que vão ser decisivos para essa corrida eleitoral.
Já para os republicanos, é retomar o protagonismo da narrativa.
Afinal de contas, durante quatro dias, todos os holofotes ficaram voltados para o Partido Democrata. Mas os dois partidos têm alguns desafios em comum.
Um deles é ampliar a base de eleitores.
O segundo é motivar os eleitores a saírem de casa em uma terça-feira do mês de novembro para votar - já que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.
E, também, se preparar para o debate que está marcado para setembro. A convenção mal terminou e os estrategistas de campanha já estavam concentrados nas próximas etapas da corrida presidencial.
Os objetivos agora são percorrer incansavelmente os estados que ainda estão indefinidos e serão decisivos para vencer no colégio eleitoral: Geórgia, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Arizona, Nevada e Carolina do Norte. E se preparar para o primeiro debate presidencial entre Kamala Harris e o republicano Donald Trump, marcado para o dia 10 de setembro, na Filadélfia - a maior cidade de um desses estados: a Pensilvânia.
É a chance de os republicanos voltarem ao centro das atenções, já que os holofotes da semana estiveram todos sobre Kamala Harris e Tim Walz. Eleição americana: estados decisivos Jornal Nacional/ Reprodução Em uma eleição marcada por tantas reviravoltas, os próximos meses serão decisivos e imprevisíveis.
A chapa democrata trocou de candidatos há um mês e, agora, tem pouco mais de dois meses para convencer o eleitorado de que Kamala Harris pode se tornar a primeira mulher a chegar à Casa Branca.
Mas, como o voto não é obrigatório nos Estados Unidos, um dos desafios principais é convencer os eleitores a saírem de casa para votar no dia 5 de novembro. Um eleitor da Geórgia elogiou o tom de união do discurso de Kamala Harris: “O país está pronto para virar a página de todo esse ódio e essa divisão.
Temos muito mais coisas em comum do que aquelas que nos dividem”, diz. Uma delegada de Nova Jersey disse que Kamala falou sobre a essência dos Estados Unidos: “É um país de imigrantes, trabalhadores e gente que quer o melhor para o país.
Ela mostrou onde podemos chegar quando vamos juntos”, afirma. Mas os democratas terão muito trabalho para explicar a inflação alta que fez o custo de vida subir nos anos Biden, ponto que vem sendo bem explorado pela campanha de Trump. Na competição pela atenção dos americanos, a convenção democrata teve mais audiência do que a republicana, que aconteceu em julho.
É o que dizem os dados do instituto Nielsen, que faz essa medição nos Estados Unidos. Mas a audiência nem sempre se traduz em votos.
A média das pesquisas nacionais mostra os candidatos empatados dentro da margem de erro, o que indica que a disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris vai ser acirrada até a reta final.