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Projeto do governo federal quer levar CEP para áreas de periferia no país

Postado em 23 de Setembro de 2024


'CEP Para Todos' começa a ser implementado primeiro em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Previsão é que chegue a todo o Brasil em 2025.

O governo federal começa neste sábado (21) o projeto “CEP Para Todos”, contemplando 72 ruas de periferias de São Paulo com CEPs (Código de Endereçamento Postal).

Elas servirão como piloto do programa que tem como objetivo garantir o endereçamento formal de favelas e comunidades urbanas, facilitando o acesso a serviços essenciais. O governo também diz que é uma ação de cidadania.

De acordo com os Correios, aproximadamente 8,5% da população brasileira não tem CEP, o que corresponde a 17,1 milhões de pessoas sem "cepeamento".

A primeira fase do programa começa em cinco comunidades paulistas: Scorpions Santa Cruz Bananal Nova Conquista Morro da Lua A intenção do governo é implementar o programa, ainda este ano, em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Para o resto do país, o cronograma prevê que o projeto chegue em 2025.

O lançamento oficial depende de agenda com o presidente Lula.

Agência dos Correios Divulgação A iniciativa é da Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, em parceria com os Correios.

O diretor de Operações dos Correios, Paulo Penha, explica que a iniciativa é uma demanda antiga.

“O 'CEP para Todos' parte de uma necessidade de moradores que residem em aglomerados urbanos que, com o passar do tempo, foram se expandindo e em dado momento os Correios deixaram de assistir essas localidades”, completa. A falta de um CEP em bairros periféricos traz impactos, também, para a coleta de dados e informações oficiais em levantamentos como o Censo Demográfico.

A ausência de endereços oficiais é um desafio para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não consegue contabilizar áreas e acessá-las por meio dos seus recenseadores.

A lacuna nos dados oficiais do IBGE impacta a destinação de políticas e investimentos públicos para favelas e assentamentos informais.

De acordo com Penha, o CEP é um mecanismo de integração.

Além de ser uma referência geográfica, é um passo para a inclusão, que permite cadastro das pessoas em serviços públicos, entrevistas de emprego e aquisição de bens, por exemplo.

“Para que o indivíduo possa ter acesso a todo tipo de serviço oferecido pelo serviço público, ele precisa ter acesso a um CEP para poder fazer esses cadastros.

Então, a gente diz que ter CEP é ter dignidade postal.

A pessoa passa a ser inserida num contexto social bastante aderente não só do ponto de vista social, mas até do ponto de vista mercadológico”, explica.

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