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Viaduto recebe nome de estudante que morreu atingida por caminhonete na contramão: 'Sempre vai estar com a gente', diz mãe

Postado em 21 de Agosto de 2024


Carro conduzido por Catarina Mercadante, de 22 anos, foi atingido de frente por caminhonete na SP-333, em Echaporã (SP), no dia 29 de janeiro de 2023.

Motorista chegou a ser preso preventivamente, mas foi liberado após recurso ao STJ e aguarda julgamento em liberdade.

Viaduto de Assis (SP) recebe nome de estudante que morreu atingida por caminhonete na contramão Arquivo pessoal Um viaduto localizado no encontro das rodovias Rachid Rayes (SP-333) e Raposo Tavares (SP-270), na altura dos quilômetros 391 e 300, em Assis (SP), foi oficialmente nomeado como Catarina Torres Mercadante Leite do Canto, vítima de um acidente envolvendo uma caminhonete na contramão. Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp Catarina, de 22 anos, era estudante do quarto ano de medicina, e voltava às aulas quando sofreu o acidente que tirou sua vida, em janeiro de 2023.

O veículo que ela dirigia foi atingido por uma caminhonete que vinha em alta velocidade na contramão da Rodovia Rachid Rayes, em Echaporã (SP). Catarina Mercadante ficou presas às ferragens em acidente na SP-333 em Echaporã (SP) Arquivo pessoal Para a mãe da jovem, filha do meio de três irmãos, a nomeação é uma forma de manter Catarina lembrada por tudo que significou na vida de quem a conhecia. "O coração da gente fica cheio de alegria por saber que a nossa filha foi muito querida, foi muito amada, e é muito amada por nós.

Porque ela não está fisicamente, mas ela está com a gente, ela sempre vai estar", disse Mana Mercadante. O motorista da caminhonete que atingiu o carro de Catarina, Luís Paulo Machado de Almeida, na época com 21 anos, responde por homicídio e irá a júri popular, porém, ainda não há data para acontecer. Viaduto de Assis (SP) recebe nome de estudante que morreu atingida por caminhonete na contramão Arquivo pessoal À época do acidente, o jovem disse, em depoimento, que cochilou ao volante e invadiu a pista contrária, provocando a colisão, conforme registro policial. O motorista da caminhonete viajava na companhia de um funcionário e relatou que estava cansado no momento do acidente, pois seguiu direto, sem paradas, de Guará (SP) com destino a Londrina (PR).

Ele testou negativo para a ingestão de bebida alcóolica. No entanto, um vídeo mostrou a caminhonete fazendo uma ultrapassagem proibida antes de bater de frente com o carro da jovem (veja abaixo). Vídeo mostra ultrapassagem proibida antes de batida frontal em Echaporã A testemunha que fez o registro e disse ter visto o acidente contou à polícia que o condutor da caminhonete seguia em alta velocidade e fazia ultrapassagens em trechos proibidos.

Inclusive, o carro dele foi ultrapassado ilegalmente, conforme relatou à polícia. Luís Paulo aguarda o julgamento em júri popular em liberdade.

A família de Catarina espera que a justiça prevaleça e que o resultado do julgamento não apenas faça valer a memória de Catarina, mas também ajude outras famílias a buscarem justiça. "Ele continua solto e está respondendo em liberdade porque ainda não foi marcado o júri.

Mas agora já não tem mais brecha nenhuma para ele.

Eu acredito que logo nós vamos ter uma resposta, é o que eu espero que aconteça", reforça Mana. Carro em que Catarina Mercadante estava ficou destruído após batida em Echaporã (SP) Arquivo pessoal Sonhos interrompidos Segundo a mãe, Catarina era "dedicada nos estudos e muito responsável".

Mana afirma que dói pensar no que ela ainda poderia conquistar em vida. "Ela tinha um sonho de ser médica.

Cuidar do outro fazia parte do cotidiano dela.

O 'não poder acontecer mais'.

Eu nunca vou ver minha filha se formando, casando, me dando netos, com certeza, uma parte de mim foi junto com ela", diz. Catarina Mercadante estava no 4º ano de medicina na Unimar, em Marília (SP) Arquivo pessoal A mãe de Catarina conta, ainda, que a filha sempre foi muito próxima à família e que o último encontro entre as duas foi justamente uma despedida.

Isso porque ela ficaria cerca de três semanas sem encontrá-la. "A Cati era uma menina especial, doce, alegre.

Nos falávamos todos os dias, pelo menos duas vezes ao dia, rezávamos juntas, éramos muito ligadas.

No dia do acidente, passamos o dia inteiro arrumando as malas, eu terminando de preparar as marmitinhas para o período que ela ia ficar longe", revela. Catarina Mercadante era filha do meio entre três irmãos Arquivo pessoal Investigações e julgamento A audiência de instrução, debate e julgamento do motorista foi realizada na 1ª Vara Criminal de Assis no dia 17 de maio de 2023.

Luís Paulo foi indiciado por homicídio envolvendo duas qualificadoras.

Uma delas por comportamento que possa resultar em perigo comum, pelo fato de ele estar supostamente dirigindo em velocidade incompatível com a via e ter feito uma ultrapassagem irregular, assumindo o risco de causar o acidente, e pela impossibilidade de defesa da vítima, que não teve como evitar a colisão.

Luís Paulo Machado de Almeida (direita) e seu advogado em audiência Reprodução Segundo o juiz, "nesta fase processual, é cabível a desclassificação do crime de homicídio doloso para o delito de homicídio culposo".

Isso pode ser feito, segundo ele, "quando restar estreme de dúvidas que o crime cometido é diverso". O homicídio culposo é aquele em que não há a intensão de matar, diferente daquele que é classificado como doloso.

Já o homicídio com dolo eventual é aquele em que o acusado assume o risco de matar. Para o juiz, "há alguns indicadores que, em tese, geram possibilidades ou incertezas que poderiam ser consideradas para o hipotético reconhecimento do dolo eventual", mas ele lembra que "a competência para análise e decisão a respeito de tais elementos é constitucionalmente atribuída ao Tribunal do Júri". Catarina Mercadante teve seu carro atingido de frente por caminhonete em Echaporã (SP) Arquivo pessoal A denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para tornar Luís Paulo réu no processo que investiga o acidente foi aceita pela Justiça em março de 2023, mas o pedido de prisão preventiva solicitado pela Polícia Civil após a conclusão do inquérito foi negado. A promotoria recorreu da decisão da 1ª Vara Criminal de Assis e Luís Paulo teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) no dia 2 de maio.

Ele se apresentou à Delegacia de Ituverava (SP) em companhia de advogados. No entanto, Luís voltou a responder ao processo em liberdade após uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reverteu a ordem de prisão do TJ.

A decisão foi cumprida no dia 8 de maio de 2023.

O processo segue em segredo de Justiça. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília Confira mais notícias do centro-oeste paulista: ,

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