Os astronautas Butch Wilmore e Suni William estão desde junho na ISS, em uma missão que deveria durar somente 8 dias.
Problemas na nave Starliner adiaram o retorno, que será feito pela SpaceX.
Quem são os astronautas que estão 'presos' no espaço? Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams vão ficar na Estação Espacial Internacional (ISS) até fevereiro de 2025, quando serão resgatados por uma espaçonave da SpaceX, informou a Nasa neste sábado (24).
A dupla deveria voltar na Starliner, espaçonave da Boeing que apresentou problemas técnicos após acoplar na ISS.
O retorno já tinha sido adiado três vezes. A Starliner retornará vazia à Terra, de acordo com Bill Nelson, chefe da Nasa.
O sistema de propulsão da nave oferece muitos riscos para trazer a tripulação de volta em segurança, disse a agência espacial.
A dupla de astronautas vai voltar em uma missão da Crew Dragon, da SpaceX, prevista somente para fevereiro de 2025.
Dois assentos da nave estarão vazios, liberados para retorno de Wilmore e Williams.
A dupla foi enviada à ISS em 5 de junho, em uma missão de (supostamente) 8 dias, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing.
Só que, segundo a agência, problemas nos propulsores e vazamentos de hélio bagunçaram todo o cronograma. A escolha da Nasa pela SpaceX é uma das mais importantes nos últimos anos.
A Boeing esperava que a missão de teste da Starliner trouxesse redenção à empresa, após anos de problemas de desenvolvimento e mais de US$ 1,6 bilhão acima do orçamento estimado desde 2016.
A Boeing também vem lidando com problemas de qualidade na fabricação de aviões comerciais, seu produto mais importante. A decisão da volta pela SpaceX foi tomada pela Nasa e discutida com a Boeing.
"A Boeing disse que vai continuar a resolver os problemas quando a Starliner retornar", disse Nelson.
A cápsula Starliner da Boeing é vista acoplando à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Nasa Histórico do problema Butch Wilmore e Suni Williams decolaram no início de junho a bordo da Starliner e desde então estão na ISS, onde sua espaçonave permanece acoplada.
A nave deveria trazê-los de volta à Terra 8 dias depois, mas problemas detectados em seu sistema de propulsão levaram a Nasa a questionar sua confiabilidade.
Há semanas que as equipes da Boeing e da Nasa realizam testes para entender melhor a causa dos problemas detectados em voo, principalmente nos propulsores da nave.
A principal preocupação era que o Starliner não conseguiria atingir o impulso necessário para sair da órbita e iniciar sua descida à Terra.
Se for decidido que não está em condições de segurança, a nave retornará vazia.
Uma missão regular da SpaceX, chamada Crew-9, decolaria no final de setembro, mas com apenas dois astronautas a bordo, em vez de quatro.
Permaneceria acoplada à ISS até o seu retorno planejado à Terra em fevereiro.
Portanto, traria de volta os dois astronautas que viajaram no dispositivo da Boeing, além dos dois tripulantes da Crew-9.
Se esta for a escolha, a imagem da Boeing seria fortemente afetada em um momento de crise devido a problemas em seus aviões.
Há dez anos, a Nasa encomendou uma nova nave espacial à Boeing e outra à SpaceX para transportar seus astronautas até à ISS.
Com dois veículos disponíveis, haveria uma solução viável em caso de problemas em um deles.
Mas a empresa do magnata Elon Musk prevaleceu sobre a Boeing como o único táxi espacial americano nos últimos quatro anos.
O primeiro voo tripulado da Starliner, que decolou com anos de atraso, seria o teste final antes de iniciar as operações regulares.