No dia anterior, o principal índice de ações da bolsa de valores chegou aos 136.330 pontos na máxima do dia.
O dólar avançou 1,35%, cotado a R$ 5,4846.
Vista do prédio da B3, Bolsa de valores de São Paulo, localizada na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (12).
O Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão.
Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano. GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O dólar abriu em baixa nesta quarta-feira (21), enquanto os mercados globais operam perto do zero a zero, em compasso de espera pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Há expectativa para a divulgação do documento porque investidores esperam ver novas pistas sobre quais serão os próximos passos do Fed em relação às taxas de juros dos Estados Unidos, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano. O mercado quer saber se a instituição planeja cortar as taxas em sua próxima reunião, em setembro, e qual a magnitude dessa queda. No Brasil, o cenário de juros também está no radar, com dúvidas sobre qual será a atuação do Banco Central (BC) nos próximos meses.
Parte dos investidores esperam manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano por mais tempo, enquanto outra parte acredita numa nova alta dos juros. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar Às 09h, o dólar caía 0,45%, cotado a R$ 5,4600.
Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 1,35%, cotada em R$ 5,4846.
Com o resultado, acumulou: alta de 0,31% na semana; recuo de 3% no mês; alta de 13,03% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,23%, aos 136.087 pontos, novo recorde histórico de pontuação..
Com o resultado, o índice acumulou: alta de 1,59% na semana; avanço de 6,61% no mês; perdas de 1,42% no ano. 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os agentes do mercado financeiro no mundo inteiro estão animados com a perspectiva de corte das taxas de juros nos Estados Unidos e esse é o principal fator de atenção ao longo de toda esta semana, principalmente com a ata do Fed e o Simpósio de Jackson Hole. Uma queda nos juros dos EUA reduz os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (as Treasuries) e força os investidores a tomarem mais risco para terem rentabilidades melhores.
Isso beneficia o mercado de ações como um todo. "O mercado também aguarda a definição sobre a magnitude do corte de juros.
Essa decisão impacta não só a cotação do real, mas as taxas de juros de todos os países", diz Isabela Bessa, especialista em investimentos internacionais da Warren Investimentos. Na quarta-feira, o Fed deve divulgar a ata de sua última reunião, em julho.
O BC americano manteve as taxas de juros americanas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas sinalizou que cortes podem começar no próximo encontro, marcado para setembro. A inflação, principal dado observado pelo Fed para tomar suas decisões, continua acima da meta de 2% ao ano, mas mostra uma desaceleração.
Em julho, o acumulado em 12 meses foi de 3,2%, mas os preços que traziam preocupação ao Fed mostraram um bom comportamento. Já os dados do mercado de trabalho americano, que também podem prejudicar a inflação por conta de um aumento do consumo, também foram mais fracos do que o mercado esperava no último mês.
Tanto que analistas chegaram a temer que uma recessão econômica pudesse estar a caminho nos EUA.
Esse medo se dissipou nos dias seguintes, já que dados de atividade econômica na semana passada não confirmaram o receio.
O Fed se esforça para manter a inflação comportada, mas também quer evitar que a economia sofra uma paralisação brusca.
Com isso, investidores e especialistas esperam que a instituição promova um corte nos juros de pelo menos 0,25 ponto percentual na próxima reunião — uma forma de não deixar a economia brecar, mas com parcimônia para não pressionar a inflação. Investidores atentos à inflação e contas públicas No Brasil, a questão fiscal segue no centro das atenções, enquanto o mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo arcar com suas contas em 2024. Para tranquilizar essas percepções, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (19) que a área econômica do governo tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero (ou seja, quando o valor das despesas não supera o das receitas) e que vai propor "em breve" que todos os setores do governo revisem suas despesas com políticas públicas. "A gente está com todos os instrumentos para cumprir a meta.
Obviamente que dentro de um cenário de risco que não tenha nenhum risco muito fora da curva ou inesperado", disse. O secretário citou as enchentes no Rio Grande do Sul e seus efeitos como um exemplo de choque imprevisível, mas disse que a pasta não enxerga riscos de mesma magnitude no cenário atual. Segundo Guimarães, o lado da receita ainda representa um desafio para a área econômica, mas disse ser possível que uma receita não recorrente entre no caixa no futuro, e dê ao governo mais espaço orçamentário. Ele disse também que não é possível afirmar se o governo precisará impor maior restrição fiscal este ano a partir da divulgação do próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para 22 de setembro, e que o "tempo dirá se haverá novo congelamento" de gastos. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que apresentou ao governo os cenários para a segunda etapa da reforma tributária, que trata sobre o imposto sobre a renda. O ministro explicou que sua equipe estudo diferentes cenários e levou ao presidente Lula aqueles que considerou mais consistentes e que podem fazer mais sentido para a realidade brasileira. O ministro também disse que "tudo leva a crer" que o projeto que propõe o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores será aprovado.
Esse projeto, que foi alvo de polêmica e posicionamentos contrários entre governo e Congresso, propõe, agora, um regime de transição para o fim do benefício.
Haddad destacou que a aprovação da desoneração traria R$ 26 bilhões para o governo.