Fotógrafo Marcello Cavalcanti se planejou para fazer o clique nesta quarta-feira (2).
Eclipse parcial visto por trás do Cristo Redentor Marcello Cavalcanti Se o sol já era protagonista com o calor recorde no Rio, de 39,9°C, o astro-rei ainda se tornou o foco das atenções na cidade por volta das 17h desta quarta-feira (2), quando começou o eclipse solar anular. O fotógrafo Marcello Cavalcanti – que na terça já havia clicado o "Cometa do Século" – se planejou e foi para o alto do Pão de Açúcar para clicar o fenômeno interagindo com outro cartão-postal carioca, o Cristo Redentor. Nas imagens, dá para ver o sol passar por trás da estátua até se pôr no morro do Corcovado.
O eclipse visto do Rio foi parcial e não fez o anel que só pôde ser observado em alguns locais do mundo mais ao sul (entenda abaixo). "Um eclipse parcial, com 10% de cobertura do disco solar -- como foi aqui no Rio --- não gera uma foto tão impactante.
Por isso, a ideia de tentar fotografar o eclipse em conjunção com algum elemento local", explicou o fotógrafo. Eclipse parcial visto por trás do Cristo Redentor Marcello Cavalcanti Eclipse parcial visto por trás do Cristo Redentor Marcello Cavalcanti Eclipse solar anular do dia 2 de outubro Arte/g1 Eclipse parcial visto no céu do Rio Danilo Pousada/TV Globo Embora o fenômeno NÃO seja visível no Brasil como anular, o famoso "anel de fogo"(entenda diferença e veja mapa de visibilidade também abaixo), o eclipse pôde ser visto como parcial no estado entre 16:59 e 17:59. Mas o que isso quer dizer? Primeiro, precisamos entender que um eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra de uma maneira que ela acaba lançando uma sombra sobre a Terra. A Lua então bloqueia a entrada de luz solar que chega à Terra. Às vezes, a Lua bloqueia apenas parte da luz do Sol, no chamado eclipse solar parcial ou anular. Já quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol, temos um eclipse solar total. Por que o 'anel de fogo'? Um eclipse anular é um tipo especial de eclipse solar.
Nesses casos, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol, mas se alinha entre a Terra e a nossa estrela no formato característico de "anel de fogo".
"Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o Sol no céu", diz Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON). E como a Lua está mais distante da Terra e parece menor que o Sol, ela não chegar a cobrir completamente o nosso astro.
Como resultado disso, a Lua surge como um "disco escuro" em cima de um disco maior e brilhante (o Sol), criando o que parece ser um anel ao redor do nosso satélite natural. Entenda os diferentes tipos de eclipse assistindo ao vídeo abaixo: O que é um eclipse? Veja a diferença nas fotos a seguir: Eclipse solar anular: O eclipse solar anular surge por trás das nuvens no sábado, 14 de outubro de 2023, em Tigard, Oregon. Jenny Kane/AP Eclipse solar parcial: Um eclipse solar parcial visto da cidade inglesa de North Shields, ao norte do país. Owen Humphreys/PA via AP Eclipse solar total: O eclipse solar total de 2024 visto no México. Fernando Llano/AP Photo Assim, como é possível ver nas imagens acima, em um eclipse solar total, a Terra, a Lua e o Sol se alinham de tal forma e em uma posição tão exata que toda a estrela do nosso sistema é "tampada" da perspectiva da Terra – é possível ver apenas a coroa, a atmosfera do Sol.
Já no eclipse solar anular, a Lua também se alinha entre a Terra e o Sol, bloqueando a maior parte da luz do astro. E no caso do eclipse solar parcial, não há esse alinhamento entre os três corpos celestes.
Ele ocorre quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, mas o Sol, a Lua e a Terra não estão perfeitamente alinhados. Abaixo estão os estados brasileiros onde o eclipse poderá ser visualizado de forma parcial (em tons de amarelo). Veja onde o eclipse solar parcial será visível no Brasil. Arte/g1 No restante do país, esse eclipse de outubro não será visível. O Observatório Nacional e a agência espacial norte-americana, porém, irão fazer transmissões ao vivo do evento.
Para acompanhar a transmissão do ON, basta acessar o canal do observatório em: youtube.com/observatorionacional.
E ATENÇÃO: Nunca olhe diretamente para o Sol.
Um eclipse solar só pode ser observado com óculos específicos para a visualização do fenômeno, filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.
Nada de usar placas de raio X, filmes fotográficos, celulares ou outros artefatos. Cuidados na hora de observar o eclipse solar Arte/g1 Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: projetando ou usando equipamentos adequados: Você pode fazer o seu próprio projetor com um papelão e uma folha de papel branca.
No meio dele, faça um furo.
Mire o papelão para o Sol e ele vai projetar na folha de papel o que está acontecendo no céu.
A cartilha do Observatório Nacional ensina como fazer o aparelho de duas formas diferentes nas páginas 23 e 24. Outra forma de filtrar o Sol é usando óculos de soldador com classificação 14 ou superior.
Eles podem ser encontrados em lojas de material de construção. No entanto, mesmo com os óculos com filtro 14, a exposição não deve se estender por muito tempo (máximo de 30 segundos). Eclipses de 2024 24-25 de março - Eclipse penumbral da Lua (visível em todo o país, mas não a olho nu) 8 de abril - Eclipse solar total (não visível no Brasil) 17-18 de setembro - Eclipse lunar parcial (visível em todo o país, de forma tênue) 2 de outubro - Eclipse solar anular (visível em boa parte do país como parcial)