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Moradores protestam após agressão a homem na saída de supermercado em Porto Alegre

Postado em 25 de Agosto de 2024


Segundo a família, o artesão Vanderlei Oliveira Soares foi abordado por um segurança do estabelecimento, que teria o atacado.

Investigação do caso começa na próxima semana.

Homem é agredido após fazer compras em supermercado de Porto Alegre A agressão a um homem na saída de um supermercado em Porto Alegre motivou um protesto feito por moradores neste sábado (24), na Zona Sul.

O artesão Vanderlei Oliveira Soares, 59 anos, foi atacado por um funcionário de uma unidade do Hoffmann Supermercados, no bairro Vila Nova, após fazer compras, na quinta-feira (22). Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Em nota, a Hoffmann Supermercados disse que "repudia qualquer tipo de violência" e que "o segurança responsável pelo ato de agressão foi demitido" (leia a íntegra abaixo).

A delegada responsável pelo caso afirmou que a apuração do caso começa na próxima semana.

A ocorrência foi registrada na 13ª Delegacia de Polícia Civil. Vanderlei Oliveira Soares foi agredido ao sair de supermercado em Porto Alegre Arquivo pessoal Segundo a irmã do artesão, a enfermeira Elaine Oliveira Soares, 54 anos, Vanderlei saiu de casa na quinta-feira (22) para comprar pão e frutas no mercado.

Por volta das 15h, chegou ao estabelecimento em que costumava ir, fez as compras e saiu.

No lado de fora, quando seguia pela Rua João Salomoni, Vanderlei foi seguido e abordado por um segurança sob suspeita de ter furtado produtos.

Ela disse que Vanderlei chegou a pensar que estava sendo assaltado.

Por não ter apresentado nota fiscal ao segurança, ele foi agredido com chutes e socos na cabeça e nas pernas.

Ela afirma que o artesão foi imobilizado e levado de volta ao mercado, onde foi reconhecido como cliente pelos funcionários, que teriam comprovado o pagamento das mercadorias. "Não foram só as marcas físicas.

São marcas de uma agressão que nunca vão desaparecer.

Ele é um homem negro, recluso, que há muito tempo tem depressão.

Ir naquele supermercado era socialização.

Conhecia as meninas do caixa, as pessoas pelo trajeto.

Isso fazia bem a ele.

Cortaram esse vínculo.

Agora ele está assustado, e nossa família toda [está] sofrendo", desabafa Elaine. A pedido do próprio artesão, a Brigada Militar foi acionada e compareceu ao local.

Em seguida, o cliente passou pelo exame de corpo de delito no Palácio da Polícia. O gerente do supermercado, Marco Antonio da Rocha Faria Filho, nega que tenha ocorrido o crime de racismo e justifica que conta com pessoas negras no quadro de funcionários. "O pessoal leva muito pro lado do racismo, né? A empresa, ela não compactua, ela até tem dentro do seu quadro de funcionários pessoas negras, né? Então não tem o porquê da gente compactuar com isso que tá ocorrendo aí fora.

Não tá certo.

Tá sendo uma injustiça com o mercado", diz. Na sexta-feira à tarde, Vanderlei teve de ir a um pronto-atendimento por causa de fortes dores na cabeça.

Ele foi medicado e liberado. "Fiquei chocada com o que eu vi, sabe, o meu irmão fisicamente marcado da violência, psicologicamente marcado pela humilhação, ele só falava 'eu fui muito humilhado na rua, alguém batendo em mim, as pessoas passando e olhando, achando que eu era um bandido'", revela. Vanderlei Oliveira Soares foi violentado na perna e na cabeça Arquivo pessoal Família alega racismo A família de Vanderlei diz esperar providências da polícia e da Justiça, alegando motivação racial por trás do caso.

Também afirma que houve um descaso com a situação. "Não tiveram a capacidade de pedir desculpas.

Não prestaram socorro, tinha um hospital a 500 metros dali.

Só hoje [sexta] ligaram [do supermercado] para ele.

Agora foi o Vanderlei, mas são quantos outros todos os dias?", lamentou a irmã. Nota do supermercado "Prezados clientes e amigos, O Super Hoffmann vem por meio de suas redes socias informar que repudia qualquer tipo de violência; E estando ciente do ocorrido com o nosso cliente Vanderlei Soares estará prestando o suporte necessário a ele.

Informamos também que o segurança responsável pelo ato de agressão foi demitido de nossas lojas e já auxiliamos a policia com as informações necessárias no dia do ocorrido." VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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