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Projeto mineiro transforma retalhos de marcas famosas do grupo Soma em ecobags

Postado em 25 de Agosto de 2024


Iniciativa vinculada à Universidade Federal de Uberlândia promove empoderamento feminino através da moda sustentável com participação de costureiras locais.

Uma participante do projeto Aroeiras durante o trabalho Projeto Aroeiras/Divulgação Linhas, agulhas, tecido e criatividade são tudo o que as Aroeiras precisam para bordar cores e histórias que serão carregadas por muitas pessoas.

Elas transformam retalhos e tecidos reciclados em produtos únicos e cheios de vida. O que era para ser apenas bolsas se tornou uma expressão de arte, resiliência, empoderamento feminino e sororidade através do Projeto Aroeiras, que carrega a alma e a essência do cerrado mineiro.

O g1 conversou com a precursora da iniciativa, a estudante de Nutrição Tarcila Martins, que contou cada detalhe da ideia que, nas palavras dela, "é como coração de mãe." A iniciativa social é vinculada ao time Enactus da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e tem como foco ajudar universitários a melhorar o mundo através de uma ação empreendedora. Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Pensando em aproveitar materiais que muitas vezes são descartados por grandes marcas têxteis, em meados de 2019, Tarcila Martins encabeçou o projeto que abraçou as mulheres dos bairros periféricos de Uberlândia e trouxe cor à vida delas. A estudante conta que "a vontade de aprender o ofício da costura e também o anseio por um complemento de renda" foram fatores muito importantes que a ajudaram na criação do projeto. No entanto, as coisas não começaram como são hoje.

Em 2019, "o projeto contava com apenas uma atuação: capacitações em corte e costura ministradas pelos próprios membros do time Enactus UFU e por professoras voluntárias", explica Tarcila. "Depois, enfrentamos a pandemia, com atividades remotas e trabalhando com retalhos doados por costureiras locais.

Foi só em 2022 que recebemos os tecidos do Grupo Soma e fechamos a parceria com o Centro Comunitário Sal da Terra, onde nossas atividades acontecem atualmente." Crescimento em 2023 No início de 2023, as Aroeiras comercializaram seu primeiro produto, "as ecobags Aroeiras", feitas todas com retalhos das marcas Farm, Maria Filó e Hering. Mulher usa uma das ecobags do projeto Aroeira Projeto Aroeiras/Divulgação Hoje, o projeto cresceu e atua em duas vertentes: um curso de corte e costura básico ministrado pela professora Osana Carvalho e a criação de novos produtos, além de capacitações administrativas e de vendas.

Essas são costureiras do bairro Shopping Park, que já estão aptas a confeccionar os produtos. "O Aroeiras ainda não é uma marca exemplar em economia circular, mas definitivamente acreditamos e contribuímos para uma moda mais sustentável." Por que “Aroeiras”? O nome Aroeiras tem uma explicação bem simples: inspirado nas árvores do cerrado e em sua resiliência, representa a força que as mulheres têm. Tarcila, que há 5 anos tinha o desejo de ajudar e mudar o mundo de alguma forma, também enfrentou muitas dificuldades para liderar o projeto. "O principal desafio que encontramos até aqui foi entender como poderíamos alinhar os aspectos social, ambiental e manter a autossustentabilidade do negócio, e implementar isso na comunidade." Juntas, as Aroeiras conseguiram superar esses desafios e fazer a marca crescer a nível nacional. Costureiras durante o projeto Projeto Aroeiras/Divulgação Impacto Social Desde o início, o projeto tem mostrado a força das Aroeiras.

Além disso, tem fortalecido cada vez mais a vida e o psicológico das artesãs. "Algumas mulheres que participam do projeto conseguiram investir em coisas que antes não eram possíveis.

Como a dona Lenir, que pintou a fachada da casa dela, e a dona Maria, que conseguiu reformar a máquina de costura." Tarcila também conta que a única coisa planejada na marca era o público-alvo, que eram os jovens.

O restante aconteceu de maneira orgânica, e ela nem imaginava o impacto que a marca teria na vida de todas as pessoas. "Por mais que a gente tente mensurar o impacto na vida das mulheres envolvidas, percebemos que é algo muito orgânico.

Elas apresentam melhora na costura e um complemento de renda significativo, mas também podemos observar melhora na autoestima e em habilidades psicossociais." Projeto Aroeiras costura Uberlândia UFU Projeto Aroeiras/Divulgação Além do impacto social, há também o impacto ambiental.

Desde sua criação, a marca quis ressignificar a moda de maneira sustentável, utilizando materiais descartados por confecções e grandes grupos de moda. "A parceria é diretamente com o Grupo Soma, responsável por marcas como Farm, Animale e Maria Filó.

Eles têm um programa de doação dos retalhos dessas grandes marcas.

Nós entramos em contato e nos responsabilizamos por contratar uma empresa que faz o transporte correto dos resíduos têxteis." VÍDEO: Família é feita refém depois de dupla roubar pastelaria e não conseguir fugir com moto Briga de família na noite de Natal termina com dois esfaqueados Estelionatária se passa por funcionária de banco e faz mulher perder mais de R$ 25 mil em golpe por telefone Futuro da marca As Aroeiras estão crescendo, e Tarcila quer que a marca alcance níveis maiores.

Para isso, estão trabalhando em produtos que atendam a uma gama maior de clientes, mas sempre mantendo um único critério: "manter a identidade".

"Estamos trabalhando para que o projeto se torne uma cooperativa de gestão de resíduos têxteis e confecção de artigos de moda, liderada por nossas Aroeiras", complementou. Como participar do projeto e comprar as ecobags? Os cursos oferecidos pelas Aroeiras são abertos ao público feminino.

As participantes precisam apenas ter disponibilidade e vontade de aprender costura, bordado e outras atividades oferecidas pela comunidade.

Para costurar as peças, é necessário ter experiência em costura - embora, no momento, a marca já conta com costureiras "efetivas". Atualmente a marca realiza vendas em feiras que ocorrem esporadicamente na cidade e também pelas redes sociais.

Projeto Aroeiras costura Uberlândia UFU Projeto Aroeiras/Divulgação Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas A

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