Segundo Ibram, deck se tornou patrimônio público após desobstrução da orla do espelho d'água.
Morador nega que tenha pedido para mulher ir embora.
Morador do Lago Sul pede para banhista não usar deck na orla do lago Paranoá, em Brasília A banhista que foi impedida de tomar sol em um deck por um morador de uma casa na orla do Lago Paranoá, em Brasília, registrou o caso na 10ª Delegacia de Polícia, no Lago Sul.
A confusão aconteceu nesta segunda-feira (19) (veja vídeo acima). Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Segundo Elisa Fernandes, não foi a primeira vez que algum morador impediu que ela usasse o deck apesar do local ter se tornado público há alguns anos.
De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o deck em questão foi construído antes da desocupação da orla e não precisa ser retirado, mas não pertence mais ao morador que o construiu, pois se tornou patrimônio público. O morador disse à TV Globo que apenas perguntou à jovem se ela tinha direito de ficar no local, mas que não pediu para que ela fosse embora.
Ele disse ainda que reclamou porque o deck está sendo "frequentado por todo tipo de gente para uso de drogas". A orla do Lago Paranoá foi desobstruída, por decisão da Justiça entre 2015 e 2017, sem possibilidade de recurso.
À época, o GDF foi condenado a remover todas as construções a menos de 30 metros das margens sul e norte do lago.
Desde então, toda a orla é considerada uma área de proteção permanente e deve ser de livre acesso à população. Deck em orla do Lago Paranoá, em Brasília TV Globo/Reprodução Na ocorrência registrada na delegacia do Lago Sul, a banhista alega que o morador disse que o local não era para o "tipo de pessoa".
"Ele ainda disse que eu invadi a área.
Me questionou aonde eu morava.
Seguiu perturbando e dizendo que a área era dele e que ele iria tomar providências", aponta a mulher em depoimento. "Pessoas que estavam no local viram e me avisaram que o mesmo senhor tinha jogado pregos com as pontas pra cima atrás do meu veículo para que eu furasse meu pneu.
Me senti desrespeitada e intimidada.
Como eu estava sozinha, acredito que ele quis sim me intimidar para que eu saísse do local", diz Elisa. O morador nega que tenha colocado pregos próximo ao carro dela.
Ele também relata que a família vem recebendo ameaças nas redes sociais de pessoas que querem invadir o deck e a casa dele. LEIA TAMBÉM: RECANTO DAS EMAS: Dois adolescentes de uma unidade de internação do DF são diagnosticados com coqueluche; cinco servidores estão afastados com sintomas CRIME GRAVADO: Polícia Civil do DF prende em São Paulo suspeito de matar segurança de boate em Sobradinho; crime foi gravado Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
