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Dólar abre em leve alta, com risco político no radar

Postado em 26 de Agosto de 2024


Na última sexta-feira, a moeda americana caiu 1,97%, cotada a R$ 5,4794.

Já o Ibovespa fechou em alta de 0,32%, aos 135.608 pontos.

Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (26), ainda com a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos repercutindo, mas com o mercado de olho nos crescentes riscos geopolíticos, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar Às 09h05, o dólar subia 0,35%, cotado a R$ 5,4985.

Veja mais cotações. Na última sexta-feira, a moeda americana teve baixa de 1,97%, cotada em R$ 5,4794.

Com o resultado, acumulou: alta de 0,21% na semana; recuo de 3,09% no mês; alta de 12,92% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na sexta, o índice fechou em alta de 0,32%, aos 135.608 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: alta de 1,24% na semana; avanço de 6,23% no mês; ganhos de 1,06% no ano. 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Na última sexta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell , disse que "chegou a hora de ajustar a política (monetária)", o que os investidores interpretam como um sinal claro de que a instituição vai iniciar um corte em suas taxas de juros no próximo mês. "Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços", disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho". Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano.

E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.

Depois de vários adiamentos por conta dos dados mais fortes de inflação e atividade da economia americana, o mercado de trabalho dos EUA começou a mostrar um desaquecimento no início deste mês e os resultados de inflação voltaram a mostrar que os preços estão mais comportados. Com isso, Powell afirmou na sexta-feira que o atual nível das taxas de juros dá "amplo espaço" para que o Fed responda aos riscos, inclusive os números baixos de emprego.

Essa afirmação joga ainda mais luz a uma dúvida que tomou os mercados nas últimas semanas: qual será a magnitude do corte promovido pelo Fed em sua próxima reunião.

Agora que Powell quase confirma que a instituição vai iniciar seu ciclo de afrouxamento dos juros em setembro, o mercado faz novas apostas sobre o tamanho do corte: de 0,25 ou 0,50 ponto percentual. Sobre isso, Powell disse que "o momento e o ritmo dos cortes das taxas dependerão dos dados, das perspectivas e do equilíbrio de riscos". Ele também disse que "sua confiança aumentou" em relação à desaceleração da inflação até a meta de 2%.

Em julho, a inflação acumulada em 12 meses foi de 3,2%. "Embora a tarefa não esteja concluída, fizemos um grande progresso", disse o presidente do Fed sobre o controle dos preços. A preocupação se virou com maior força, então, para o mercado de trabalho.

"Os riscos de alta para a inflação diminuíram.

E os riscos de queda para o emprego aumentaram", afirmou. Embora Powell tenha dito que o salto de quase um ponto percentual na taxa de desemprego no último ano se deveu, em grande parte, ao aumento da oferta de mão de obra e à desaceleração das contratações, e não ao aumento das demissões, ele também foi enfático ao dizer que o Fed quer evitar qualquer erosão adicional. A atual taxa de desemprego de 4,3% está próxima do nível que as autoridades do Fed consideram compatível com uma inflação estável no longo prazo No fim de julho, o Fed decidiu manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Mas a ata, divulgada nesta quarta-feira, mostra que "a grande maioria" dos agentes "destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião".

Os juros no Brasil também ficam no radar dos investidores, em meio às dúvidas sobre a possibilidade de novos aumentos da taxa Selic pelo BC para controlar a inflação que voltou a acelerar.

O diretor de política monetária e principal cotado para a presidência do BC, Gabriel Galípolo, falou nesta quinta-feira em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo.

Em um discurso duro, Galípolo afirmou que suas falas recentes não colocaram o BC em um "corner" em relação ao que será feito com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.

Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a avaliação de que, em função de falas recentes de Galípolo, consideradas "hawkish" (duras com a inflação), o BC terá que subir a Selic em pelo menos 25 pontos-base em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário externo.

"Inflação fora da meta é situação desconfortável, e ter que subir juros é situação cotidiana para quem está no BC", afirmou.

Os comentários de Galípolo reforçaram a percepção de que uma alta da Selic está de fato a caminho.

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