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'Foi mestre de vida e professora de humanidade', diz Greca sobre esposa Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba

Postado em 21 de Agosto de 2024


Primeira-dama faleceu em decorrência de um linfoma.

Margarita se destacou pelo trabalho na área da cultura e da assistência social de Curitiba.

Morre Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), lamentou a morte da esposa, a primeira-dama Margarita Pericás Sansone, aos 79 anos, que morreu na terça-feira (20), em decorrência de um linfoma.

"Essa era a entrevista que eu não gostaria de dar, falar postumamente do meu amor, da minha amada Margarita.

Mas é também uma ocasião de memória, de gratidão nesse prédio que simboliza o nosso amor por Curitiba [...] Não [foi] só professora de historia da arte, foi também mestre de vida e professora de humanidade", ressaltou.

Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram Greca também agradeceu a presença da população curitibana na despedida da esposa.

O velório ocorre no Memorial de Curitiba e é aberto ao público.

Uma missa de despedida será realizada às 15h, e, na sequência, Margarita será sepultada no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.

O prefeito pede que, ao invés de coroas em homenagem à primeira-dama, sejam destinadas doações de alimentos para o Banco de Alimentos ou artigos para o Disque Solidariedade, por meio do telefone 156. "A presença maciça do nosso povo, de todos os bairros e de todos os estamentos sociais, mostra como ela inspirava as pessoas e como o nosso amor por Curitiba e nosso amor mútuo, era também reproduzido pelas pessoas como um parâmetro de fazer o bem.

Esse meu anjo que viveu por quase 50 anos do meu lado, só fez bem a minha alma e eu sou muito orgulhoso dela", disse emocionado. O prefeito elogiou também Margarita pela contribuição na história e na vida da população curitibana, como a ter sido a responsável pela implementação do primeiro restaurante popular do Brasil, com refeições a preço simbólico de R$ 1.

Veja mais abaixo. Também ressaltou que a esposa gostava da beleza e da arte.

"Achava que a beleza era uma função urbana, por isso esse prédio tão lindo, essas obras de arte que nós juntamos e que vamos continuar juntando.

E também o acervo que temos e que um dia vamos comaprtilhar com a cidade inteira.

Essa mulher de alma curitibana, mas também de alma romana, um alma antiga que veio viver perto de mim", relatou. Rafael Greca confirma morte de primeira-dama de Curitiba pelas redes sociais redes sociais Margarita cuidou da cidade e das pessoas Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba Redes Sociais Margarita se destacou pelo trabalho na área da assistência social da capital paranaense.

Em 1993, ainda no primeiro mandato de Greca como prefeito de Curitiba, a primeira-dama criou a Fundação de Ação Social (FAS). O órgão tem como objetivo implementar políticas de assistência social para a proteção de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e está em atividade até hoje. Durante o período em que presidiu o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), Margarita foi responsável pela implementação do primeiro restaurante popular do Brasil, com refeições a preço simbólico de R$ 1. Além disso, coordenou programas sociais como o "Vale Vovó", no qual idosos em situação de vulnerabilidade recebiam uma cesta básica a cada dois meses.

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Além do casamento, os dois compartilham também o amor por Curitiba: por mais de 30 anos a primeira-dama manteve uma coluna no jornal Gazeta do Povo.

Nos textos, mantinha um olhar atencioso para a cidade e moradores. As habilidades com as palavras vinham, em parte, da formação global: Margarita se formou em Língua e Literatura Francesa na Universidade de Nancy, na França.

Estudou também Literatura, História da Arte e Arqueologia, em Roma, na Itália, e Economia, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A primeira-dama falava espanhol, francês, catalão e italiano.

Mas foi em português que publicou alguns livros, entre eles, "Sérgio Ferro, um Artista Brasileiro na Capela dos Fundadores", com fotografias de Nani Góis. O interesse pela arte e a cultura trouxeram frutos para a capital paranaense.

Entre 1997 e 2000 ela foi presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e, durante a gestão, deu vida ao Museu da Fotografia e à Cinemateca. Promoveu também exposições artísticas emblemáticas, como a mostra "Picasso em Curitiba", que em 1988 recheou o Memorial de Curitiba com cerâmicas do artista espanhol – foi a primeira vez que a capital paranaense hospedou obras do cubista, em uma rara oportunidade de sentir a expressão do artista pessoalmente. Luto oficial O governador Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias no Paraná pela morte da primeira-dama.

A Prefeitura de Curitiba também decretou luto oficial de três dias.

A Câmara Municipal de Curitiba suspendeu todas as atividades nesta quarta e adiou as votações previstas.

Assim como a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), também decretou luto oficial de três dias.

Amigos, autoridades e instituições lamentam Por meio das redes sociais, o governador do Paraná Ratinho Junior lamentou a morte de Margarita.

Junto com uma foto em que aparece ao lado da primeira-dama e de Greca, Ratinho prestou solidariedade aos amigos e familiares. "Eu perdi uma amiga, uma entusiasta do desenvolvimento do nosso Paraná.

Genuinamente a Margarita simbolizava o amor: o amor pelo marido, o amor pela cidade que ajudou a cuidar e o amor pelo povo do Paraná.

[...] Descanse em paz sabendo que a nossa gratidão será permanente por tudo aquilo que você fez pela cidade", afirmou o governador. Ratinho Junior lamentou a morte da primeira-dama de Curitiba Ratinho Junior/Redes Sociais A morte de Margarita também foi lamentada pela Arquidiocese de Curitiba e pelo Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba.

Muito devota, Margarita visitou 18 vezes o Santo Papa João Paulo II, no Palácio Apostólico do Vaticano, por quem tinha profunda admiração.

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) prestou solidariedade à família.

O Athletico Paranaense e o Coritiba também lamentaram a morte da primeira-dama. O Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), que acompanhou o tratamento de Margarita, destacou que ela foi "um exemplo de força e dignidade durante seu tratamento oncológico". Nas redes, vários políticos prestaram condolências, entre eles Requião Filho, Beto Richa, Alvaro Dias, Gleisi Hoffmann e Sergio Moro. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

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