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Diretor do Conselho Nacional Eleitoral denuncia 'falta de transparência e de veracidade' em eleição na Venezuela

Postado em 26 de Agosto de 2024


Em carta divulgadas na redes sociais nesta segunda-feira (26), Juan Carlos Delpino diz que testemunhas da oposição foram retiradas durante o encerramento das mesas receptoras com a justificativa de uma interrupção da transmissão dos resultados 'devido a um suposto hacking'.

Nicolás Maduro diz que Venezuela está sofrendo uma tentativa internacional de desestabilização em reunião conjunta do Conselho de Estado, em 30 de julho de 2024. Reprodução/Maduro no Youtube Um dos diretores da autoridade eleitoral da Venezuela denunciou, nesta segunda-feira (26), "irregularidades" nas eleições de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a alegações de fraude pela oposição.

Juan Carlos Delpino foi um dos cinco reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), representou a oposição e está escondido.

Ele falou em um comunicado divulgado através de suas redes sociais e diz que não estava presente quando os resultados foram contabilizados porque as testemunhas da oposição foram retiradas durante o encerramento das mesas receptoras com a justificativa de uma interrupção da transmissão dos resultados "devido a um suposto hacking".

"Segundo os protocolos, a transmissão dos resultados deve ser feita imediatamente ao encerramento das mesas.

Porém, nesse período, a transmissão foi interrompida e justificada por um suposto hack, com um silêncio e atraso não explicados", explicou.

O "ciberataque terrorista" foi a explicação do governo para não divulgar os detalhes da votação em cada seção.

Maduro foi proclamado eleito pelo CNE com 52% dos votos.

A oposição liderada por María Corina Machado afirma que tem provas de que houve fraude e da vitória do seu candidato Edmundo González Urrutia.

Após a publicação dos resultados pelo CNE, protestos eclodiram com 27 mortos, além de 200 feridos e cerca de 2.400 detidos, chamados por Maduro de "terroristas".

"Tudo o que aconteceu antes, durante e depois das eleições presidenciais indica a gravidade da falta de transparência e veracidade dos resultados anunciados.

Lamento profundamente que o resultado e seu reconhecimento não sirvam a todos os venezuelanos, que não resolva as nossas diferenças, não promova a unidade nacional e que em seu lugar haja dúvidas entre a maioria dos venezuelanos e a comunidade internacional sobre os resultados", escreveu. Initial plugin text O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, validou os resultados na quinta-feira (22) após um recurso de Maduro para "certificar" as eleições, e acusou González Urrutia de "desacato" por não comparecer às audiências.

González Urrutia está sendo investigado e o Ministério Público o convocou a depor.

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