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Justiça anula fiança de motorista que matou criança atropelada para que ele seja preso preventivamente no ES

Postado em 26 de Agosto de 2024


Wenderson Fagundes, 20 anos, atropelou mãe e filha na noite de quarta-feira (21), fugiu do local, chegou a se apresentar na delegacia horas depois, pagou fiança e foi solto.

MP quer que a polícia continue com prisão em flagrante para que, na audiência de custódia, ele seja preso preventivamente O motorista Wenderson Fagundes Melo de Oliveira, 20 anos, atropelou mãe e filha em Vila Velha, no Espírito Santo.

Laura Beatriz, de 5 anos, morreu. Reprodução A Justiça do Espírito Santo anulou a fiança de R$ 1,5 mil pego pelo motorista Wenderson Fagundes Melo de Oliveira, 20 anos, que atropelou mãe e filha enquanto elas atravessavam a faixa de pedestre em Vila Velha, na Grande Vitória.

O pedido foi feito pelo Ministério Público nesta segunda-feira (26) sob a alegação de que há razões para que a prisão preventiva do motorista seja decretada. O acidente aconteceu na última quarta-feira (21) e foi registrado por câmeras de segurança.

Dois dias depois (24), a pequena Laura Beatriz, de 5 anos, morreu. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe Telegram Segundo o MPES, com a anulação da fiança, a Justiça determinou que a autoridade policial prossiga no procedimento da prisão em flagrante.

Isso significa que Wenderson deve ser detido após a Justiça expedir um mandado de prisão.

Em seguida, o motorista será encaminhado à audiência de custódia, no presídio, na qual será analisada a conversão da prisão em flagrante em preventiva. "Para o Ministério Público, na manifestação feita à Justiça, ficaram configuradas razões para a prisão preventiva ser decretada, para garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal", afirmou o órgão em nota. Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Mãe e filha no colo são atropeladas na faixa de pedestre em Vila Velha Mudança de autuação Após a morte de Laura Beatriz, ainda na sexta-feira (24), a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito chegou a pedir a prisão preventiva de Wenderson.

Na ocasião, a Polícia Civil informou que representou à Justiça pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, ambos com dolo eventual, ou seja, quando a pessoa assume o risco de matar.

Inicialmente, segundo a Polícia Militar, o condutor foi autuado por lesão corporal e omissão de socorro, já que não parou para atender as vítimas.

Entenda o caso Um vídeo registrou o momento do acidente (assista acima), que aconteceu na noite de quarta-feira (21), no bairro da Glória.

A criança estava no colo da mãe quando as duas foram atropeladas pelo motorista, que ultrapassou o sinal vermelho.

Ele fugiu do local, chegou a se apresentar na delegacia horas depois, pagou fiança e foi solto. A mãe da criança, Núbia Borges, 36 anos, chegou a ser internada em Vitória após o acidente.

Ela recebeu alta na quinta (22), mas voltou a ser internada horas depois ao chegar ao hospital onde a filha ainda estava.

Mara passou mal ao saber do estado de saúde da filha, antes dela vir a óbito. LEIA TAMBÉM: 'Fiquei até o último segundo ao lado dela', diz pai de criança que morreu após ser atropelada com a mãe na faixa de pedestre no ES 'Eu libero o perdão para a vida do motorista', diz pai de menina morta após ser atropelada com a mãe na faixa de pedestre no ES As duas estavam saindo do Pronto Atendimento da Glória e seguiam em direção ao veículo da família, onde Heidson Fantoni, pai de Laura e marido de Mara, as esperava.

Ele estava estacionado do outro lado da via.

Testemunhas contaram que o sinal estava fechado para veículos e liberado para pedestres. No vídeo que registrou o momento do atropelamento, também é possível notar que a Mara Núbia fica sem reação ao ver o automóvel na direção delas.

Quando o carro atinge as duas, elas são arremessadas a aproximadamente 20 metros da faixa de pedestres. Segundo familiares, a situação de Laura era mais complicada pelo impacto ter sido todo na cabeça.

Ela chegou a receber duas bolsas de sangue. Laura Beatriz, de 5 anos, estava no colo da mãe, Mara Núbia Borges, quando foram atropeladas na faixa de pedestres em Vila Velha Arquivo pessoal O motorista Wenderson Fagundes Melo de Oliveira, 20 anos, se entregou na Delegacia Regional de Vila Velha, mas foi solto após pagar fiança de R$ 1.500.

No DPJ, foi autuado em flagrante por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e por não prestar socorro imediato à vítima. O teste do bafômetro deu negativo, segundo a Polícia Militar. Motorista fala sobre atropelamento Em vídeo divulgado pela família de Wenderson, o motorista do Fox preto afirmou que o acidente foi uma fatalidade.

O condutor não explicou o motivo de não ter parado quando as duas passavam na avenida.

Explicou somente que não parou para prestar ajuda por medo de ser linchado e pediu perdão a família. E se eu tiver que ficar preso, eu ficarei preso.

Se tiver que responder em liberdade, responderei em liberdade, mas eu estou aqui para pedir perdão a todos porque foi uma fatalidade. O pai, Heidson Fantoni, disse à TV Gazeta que não vai sossegar até ter justiça.

Wenderson se entregou uma hora depois do acidente.

A Polícia Militar informou que o motorista realizou o teste do bafômetro, que não apontou consumo de álcool.

Porém, o condutor não apresentou o veículo e disse que o automóvel já estava em uma oficina.

Alex Melo, pai de Wenderson, disse que o carro passou por perícia dentro da loja.

"Nunca foi minha intenção machucar ou ferir alguém.

Espero que fique tudo bem com as duas e eu pagarei por todos os meus erros.

Peço perdão.

E estou pedindo a Deus que cuide das duas vidas e eu pagarei pelos meus erros, por todos os meus erros.

Peço perdão ao pai e a família toda, na verdade.

Peço perdão a todo mundo.

Eu sei que Deus conhece meu coração", disse Wenderson em vídeo enviado ao g1. Menina Laura Beatriz, de 5 anos, morreu nesta sexta-feira (23) Pai disse que quer justiça e não vai sossegar O pai de Laura e esposo de Mara disse na quinta que busca Justiça.

Para Heidson, o motorista estar solto é um absurdo. "Ainda cheguei na delegacia ontem, o cara demorou a chegar, foi com advogado.

Agora só quero justiça.

Vou correr atrás dos meus direitos, vou procurar um advogado e vou na Justiça, não vou sossegar enquanto não vê-lo preso porque ele se evadiu do local, ele não parou.

E no boletim que ele fez lá, ele falou que parou, mas como aglomerou gente, ele pegou e fugiu, mas tem o vídeo, eu estava lá próximo", desabafou o pai. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

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