Cidades no centro-norte são as que mais devem sofrem com possíveis novos focos de incêndio.
Falta de chuva deve contribuir para que cidades voltem a ser tomadas pela fumaça.
DF encoberto por fumaça na segunda-feira (26) TV Globo/Reprodução A previsão do tempo para a atual semana indica condições meteorológicas que NÃO devem ajudar a combater os focos de incêndio e também NÃO ajudarão na rápida dispersão da fumaça.
Com tempo seco e calor nos próximos dias, se os incêndios persistirem, a fumaça terá ajuda para novamente cobrir o céu de regiões do Brasil.
Nos últimos dias, diversas cidades amanheceram encobertas, situação que pode se repetir ao longo desta. Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que o ciclone extratropical associado à frente fria que derrubou as temperaturas no fim de semana "puxou" a fumaça dos locais com mais focos de incêndio. "Antes da frente fria, a fumaça da Amazônia, do Pantanal e mesmo do interior de São Paulo foi atraída pelo ciclone.
Depois que esse sistema passou, os ventos mudaram um pouco de direção, soprando de Sul para Norte", analisa. Na maioria dos casos observados nos últimos dias, a fumaça veio de queimadas nos arredores.
Por uma sequência de dias, o fluxo de ventos transportou fuligem de incêndios florestais que acontecem em regiões mais distantes, como na Amazônia e no Pantanal.
Ele comenta que, como o ciclone já está bem mais afastado no mar, não vai ter a mesma influência sobre a atmosfera.
Mas, em compensação, o retorno do padrão de tempo seco e quente pode contribuir para o aumento de focos de incêndio e para a dispersão da fumaça.
A situação deve ser mais crítica na parte centro-norte do Brasil, por conta da tendência de tempo muito seco ne região – que já sofre com as queimadas. Boa parte da parte central do país deve sofrer com os baixos níveis de umidade. Inmet Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), todos os estados do Centro-Oeste, norte do Paraná, boa parte de São Paulo, sul de Minas Gerais, leste dos estados do Nordeste e sul do Pará e do Amazonas podem registrar níveis baixos de umidade relativa do ar, variando entre 30% e 20%. "No centro-norte, o risco para novos focos de incêndio é muito grande.
A fumaça que tomou Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas e Pará há alguns dias vai continuar e pode até piorar", prevê o meteorologista. Mais da metade dos estados no país enfrenta o pior período de seca em 44 anos, diz Cemaden Volta do calor Ao longo da semana, as temperaturas devem voltar a subir, principalmente no centro-sul do país.
(veja abaixo como fica o tempo nos próximos dias) A expectativa é que já nesta terça-feira (27), Cuiabá registre máxima de 34°C.
Até o fim da semana, a capital pode registrar marcas próximas aos 40°C. Em Campo Grande, os termômetros devem registrar máximas de 27°C e temperaturas acima dos 30°C até sexta-feira (30). No Sudeste, a tendência é que as temperaturas voltem a subir aos poucos, com o calor retornando somente na quinta-feira (29).
Em São Paulo, por exemplo, a máxima pode chegar a 27°C na quinta.
No Rio de Janeiro, a previsão é de 28°C nesse mesmo dia. Risco de geada Apesar da previsão de alta gradual das temperaturas durante a semana, o Sul e o Sudeste ainda devem ter madrugadas e manhãs frias neste início de semana. De acordo com a Climatempo, a cidade de São Paulo pode bater recorde de frio do ano nesta terça-feira.
A previsão é de mínima de 5°C, dois graus mais baixo do que a menor marca registrada em 2024 – 7°C no dia 11 de agosto. Algumas regiões podem ter geada entre a madruga e manhã de terça.
Segundo o Inmet, o fenômeno pode acontecer de forma mais intensa no norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e a região central do Paraná. Sul de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul também podem ter geada, com temperatura mínima de até 3ºC e baixo risco de perda de plantações.
Veja como ficam as temperaturas nos próximos dias, segundo o Inmet: Incêndios florestais deixam Porto Velho e Rio Branco imersas em uma densa camada de fumaça