Ao 'The Guardian', Stacey Williams disse que republicano a apalpou, sem consentimento, durante um encontro na Trump Tower em 1993.
Assessoria do ex-presidente nega as acusações.
Donald Trump durante debate presidencial, nos Estados Unidos, em 27 de junho de 2024 REUTERS/Marco Bello A modelo norte-americana Stacey Williams acusou o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de ter a assediado durante um encontro na Trump Tower há quase 30 anos.
As informações foram reveladas pelo jornal "The Guardian", nesta quarta-feira (23). Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Stacey ficou muito conhecida nos Estados Unidos durante a década de 1990 por estampar capas de revistas.
Ela também teve um breve relacionamento com o bilionário Jeffrey Epstein, que mais tarde foi preso por acusações de tráfico sexual.
Epstein foi encontrado morto na cadeia em 2019. A modelo disse que conheceu Trump durante uma festa de Natal em 1992.
Segundo Stacey, Trump e Epstein eram "bons amigos e passavam muito tempos juntos". Em meados de 1993, a modelo e o bilionário resolveram fazer uma visita a Trump enquanto estavam caminhando por Nova York.
Os dois foram até a Trump Tower.
De acordo com o "The Guardian", Stacey afirma que Trump a puxou a começou a apalpá-la.
A modelo diz que o agora ex-presidente colocou as mãos nos seios, na cintura e nas nádegas dela. "Senti vergonha e nojo", disse a modelo em entrevista ao jornal.
"Eu me senti como um pedaço de carne." Na entrevista, Stacey disse que teve a impressão de que o assédio foi combinado com Jeffrey Epstein.
O casal acabou se separando pouco tempo depois.
À época, as acusações de crimes sexuais contra o bilionário eram desconhecidas. Mais tarde, naquele ano, Trump enviou um cartão-postal para Stacey com a foto da vista aérea do resort dele em Mar-a-Lago, na Flórida.
Segundo o jornal, o candidato republicano escreveu: "Stacey — Sua casa longe de casa.
Com amor, Donald".
A modelo também compartilhou detalhes do abuso durante uma reunião virtual com apoiadores da candidata democrata Kamala Harris. Ao The Guardian, a secretária de imprensa da campanha de Donald Trump à Casa Branca negou as acusações da modelo. "Essas acusações, feitas por um ex-ativista de Barack Obama e anunciadas em uma chamada da campanha de Harris duas semanas antes da eleição, são inequivocamente falsas.
É óbvio que essa história falsa foi inventada pela campanha de Harris.” LEIA TAMBÉM Eleições 2024 nos EUA: veja como Kamala e Trump estão nas pesquisas Kamala ataca Trump em meio à polêmica por supostos elogios do republicano a Hitler: 'Desequilibrado' Site eleitoral da Geórgia é alvo de ataque hacker estrangeiro, diz autoridade Condenação em 2023 Em maio do ano passado, a Justiça condenou Donald Trump por ter abusado sexualmente da jornalista E.
Jean Carroll na década de 1990.
Segundo Carroll, Trump a estuprou no vestiário da loja de luxo Bergdorf Goodman, em Nova York.
A jornalista afirma ainda que o republicano a difamou depois que ela tornou a acusação pública. A escritora disse, durante o julgamento, que não tinha ido nem à polícia nem ao hospital após o caso.
"Levei muito tempo para perceber que ficar em silêncio não funciona", afirmou. Além disso, o processo contou com testemunho de duas outras mulheres que disseram que Trump as atacou sexualmente no passado: Natasha Stoynoff, ex-repórter da revista "People": ela disse que Trump a encurralou em seu clube Mar-a-Lago e a beijou à força por alguns minutos, até que um mordomo o interrompeu, em 2005. Jessica Leeds: afirmou que Trump a beijou, apalpou e colocou a mão em sua saia durante um voo, em 1979. No início deste ano, a Justiça mandou Trump pagar uma indenização de US$ 83,3 milhões à jornalista. VÍDEOS: mais assistidos do g1