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62% das pessoas afirmam pagar mais caro por produtos sustentáveis

Postado em 27 de Agosto de 2024


Medição de impactos e transparência são fatores de escolha determinantes para a maioria dos consumidores As relações de consumo estão em constante mudança, pois refletem paradigmas sociais.

Hoje, já não basta mais um produto ser funcional ou esteticamente agradável, o consumidor quer se relacionar com empresas que fazem diferença positiva no mundo.

De acordo com uma pesquisa feita pelo IBM Institute for Business Value, 62% das pessoas estão dispostas a pagar mais caro para comprar de quem se destaca por iniciativas sustentáveis. Essa nova consciência de consumo impulsionou a ascensão do ESG, sigla que representa os critérios ambientais, sociais e de governança que as empresas devem considerar em suas operações. O ESG representa uma transformação profunda na maneira como as corporações operam e se relacionam com seus stakeholders.

Ao adotar práticas ESG, as empresas demonstram seu compromisso com um futuro mais sustentável, reduzindo seus impactos negativos e gerando valor para a sociedade. Mas como saber se uma empresa está realmente praticando o que prega? Somente por meio da publicidade tradicional, não é fácil para o consumidor final saber se o produto que pretende comprar tem pegada de carbono reduzida, se a marca se preocupa em gastar menos água ou se cuida das relações humanas e trabalhistas, por exemplo.

Por essa razão, as empresas devem investir em transparência e informação.

É preciso fornecer meios para que consumidores e investidores conheçam os impactos gerados pelas operações de uma empresa, seja por meio de relatórios, certificações e outros registros disponíveis em sites especializados, associações setoriais, canais de comunicação e até nas redes sociais.

Tudo isso ajuda a traçar o perfil de desempenho sustentável das marcas.

Medir de impactos é determinante para se ter transparência nas ações Não existe uma única maneira de avaliar impactos das operações de uma empresa.

Há, sim, uma série de indicadores quantitativos e qualitativos (financeiros, sociais, ambientais e de governança) que podem ser combinados em diferentes metodologias, de acordo com a área de atuação e os potenciais impactos causados pelas operações.

Mensurar periodicamente os impactos dos processos de uma empresa é o primeiro passo para identificar áreas de melhoria e acompanhar o progresso ao longo do tempo, além de ser fundamental para comunicar as ações com transparência para seus stakeholders.

Algumas das ferramentas mais usadas para medir o impacto ESG são: Relatórios de sustentabilidade: Documentos que detalham as ações e resultados da empresa em relação ao ESG. Rankings e certificações: Avaliações que reconhecem as empresas com as melhores práticas ESG. Dados financeiros: Informações que demonstram o impacto financeiro das iniciativas ESG. Notícias e reputação: Análise da cobertura da mídia e da percepção pública da empresa. A medição de impacto ESG é um termômetro que indica como andam os cuidados com sustentabilidade de uma empresa, permitindo identificar áreas de melhoria e oportunidades de crescimento. Ao conhecer os resultados de suas ações, a corporação não apenas reforça sua reputação como também identifica oportunidades de melhoria em seus processos e produtos.

Essa transparência é determinante para aumentar a confiança de investidores, consumidores, colaboradores e da comunidade em geral.

Além disso, quantificar seus avanços em áreas como redução de emissões, promoção da diversidade e inclusão e fortalecimento das comunidades permite que as empresas demonstrem seu papel social e acompanhem seu progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

Engajamento da cadeia de valor traz melhores resultados Para garantir a efetividade da medição de impacto, as empresas precisam adotar estratégias de engajamento que vão além da coleta de dados, é necessário comunicar os resultados de forma transparente e acessível a funcionários, fornecedores, investidores, consumidores e comunidade local. Quanto maior a colaboração entre parceiros ao longo da cadeia de valor, mais efetivos serão os resultados.

A troca de informações entre stakeholders favorece o aprendizado contínuo e o acompanhamento das melhores práticas e tendências do setor, garantindo que as estratégias de medição de impacto estejam sempre atualizadas e alinhadas com as expectativas do mercado. Millennials e geração Z são os que mais valorizam a sustentabilidade Pessoas nascidas depois dos anos 1980 são as que mais valorizam a sustentabilidade e estão dispostas a pagar mais caro por produtos de empresas que compartilham seus valores.

Segundo estudo realizado pela da Cone Communications, 73% dos millennials (nascidos entre 1985 e 1999) e 67% da geração Z (nascidos após o ano 2000) aceitam pagar mais por produtos e serviços sustentáveis.

E 63% dos millennials e 57% dos “gen Z” afirmam apoiar marcas comprometidas com práticas sustentáveis.

O fato de terem crescido em um mundo marcado pelas mudanças climáticas e pela degradação ambiental as tornou mais conscientes sobre os impactos de suas escolhas.

Além da preocupação ambiental, essas pessoas valorizam empresas que respeitam os direitos humanos e contribuem para o desenvolvimento social. Exemplos práticos desse novo comportamento incluem a preferência por produtos locais e orgânicos, a adoção de hábitos mais sustentáveis como a reciclagem e o uso de transporte público, a participação em boicotes e campanhas em defesa do meio ambiente e a adesão à economia colaborativa. Tais mudanças são importantes porque estão democratizando a sustentabilidade, pressionando as empresas a adotarem práticas mais responsáveis e a medirem o impacto de suas ações, contribuindo para a construção de um futuro melhor para todas as gerações.

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