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Justiça aponta ofensas raciais e condena advogado a indenizar gerente de padaria em R$ 30 mil em Ribeirão Preto, SP

Postado em 27 de Agosto de 2024


Rafael Marconato ainda pode recorrer da decisão sobre caso que ocorreu em fevereiro de 2023.

Vítima diz que ouviu de Rafael que ela não tinha perfil para ocupar gerência por ser negra.

O advogado Rafael Marconato, de Ribeirão Preto (SP) Valdinei Malaguti/EPTV A Justiça condenou o advogado Rafael Beutler Marconato a pagar uma indenização de R$ 30 mil à gerente Alessandra Silva Bissera.

Segundo a decisão, Marconato proferiu ofensas raciais contra Alessandra em uma padaria em Ribeirão Preto (SP).

Cabe recurso. O caso aconteceu em fevereiro de 2023.

A gerente disse ter sido vítima de racismo praticado pelo advogado.

À Polícia Civil, ela afirmou ter ouvido de Marconato que ela não tinha perfil para ser gerente do estabelecimento por ser negra. Ao decidir pela condenação por danos morais na esfera cível, o juiz Renê José Abrahão Strang destacou que a indenização é uma forma de compensar a dor sofrida pela vítima e evitar novos casos semelhantes. O advogado ainda deve ser julgado na esfera criminal. O g1 tenta contato com ele nesta terça-feira (27). LEIA TAMBÉM 'Falou que minha raça não tinha perfil de gerente', diz mulher negra que acusa advogado Cliente joga comida em gerente de padaria após ofensas racistas, diz vítima Advogado investigado por injúria racial nega ter ofendido gerente de padaria OAB vai apurar conduta de advogado Gerente de padaria diz ter sido vítima de racismo por parte de cliente em Ribeirão Preto Denúncia O advogado teria cometido a injúria depois que a funcionária se recusou a trocar a embalagem com o feijão que havia vazado no carro dele.

Segundo a gerente da padaria, Marconato também arremessou a marmita contra ela.

O vídeo das câmeras de segurança do estabelecimento mostra o momento (assista acima). “Ele questionou que não queria falar comigo, que queria falar com o gerente.

No caso eu me apresentei como a gerente e ele falou que eu não tinha perfil de gerente, que a minha raça não tinha perfil para gerente.

Foi a hora que eu chamei os meninos para colocar ele para fora.

Quando ele estava saindo, ele jogou o feijão na minha pessoa”, disse Alessandra. A gerente de padaria Alessandra Silva Bissera diz ter sido vítima de racismo em Ribeirão Preto, SP Chico Escolano/EPTV Advogado diz que foi ofendido Apesar de confirmar ter jogado a embalagem com a comida, o advogado afirmou que em nenhum momento usou qualquer expressão racista contra a gerente.

"Não tem nenhuma coerência, nada do que ela afirma é verdade.

Eu não usei nenhuma palavra de cunho racista, não falei nada sobre a cor da pele dela, não desmereci o posto que ela ocupava de gerente, não duvidei que ela era gerente", afirmou, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo. Marconato disse que a gerente se dirigiu a ele de forma ríspida e que ele pediu para falar com um superior hierárquico, no caso algum proprietário do estabelecimento.

Ao insistir mais uma vez na troca ou na devolução do produto, segundo ele, foi recebido com falas homofóbicas por parte da gerente da padaria. A gerente da padaria prestou depoimento no âmbito da investigação por injúria racial e negou ter usado termos homofóbicos contra o advogado. Imagens do lado de fora mostram quando advogado joga feijão na gerente de padaria em Ribeirão Preto, SP; do outro lado, a reação da funcionária ao ser atingida pela vasilha com comida Câmeras de segurança/Reprodução Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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