Colegiado também realizará audiência com o chefe do Cenipa, que conduz a investigação sobre o acidente aéreo que matou 62 pessoas.
Imagem aérea mostra destroços do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP), matando 62 pessoas Reprodução/EPTV A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que apura o acidente com o avião da Voepass 2283, em 9 de agosto, convidou os dirigentes da empresa e da Latam, que mantém acordo para compartilhamento de voos, para prestarem esclarecimentos sobre a queda da aeronave. O avião caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, com 62 pessoas a bordo, quando fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP).
Ninguém sobreviveu. Os requerimentos aprovados pelos deputados pedem a presença de José Luiz Felício Filho, presidente da Voepass, Eduardo Busch, diretor executivo da Voepass, e de Roberto Alvo, diretor-presidente da Latam. A comissão também convidou a mãe de uma das vítimas para falar sobre o acidente.
Maria de Fátima Albuquerque é mãe de Arianne Albuquerque Estevan Risso, residente de oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel, que estava no voo da Voepass.
Ao todo, foram aprovados 13 requerimentos.
Também foram convidados a dar informações: Carlos Eduardo Palhares Machado, diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (INC/PF); Caio Bortone Ramos Ribeiro, Chefe do Serviço de Segurança Aeroportuária da PF; Tiago Sousa Pereira, diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Luciana Jordão da Motta Armiliato de Carvalho, Defensora Pública-Geral do Estado de São Paulo; Paulo Sérgio de Oliveira Costa, Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo. Audiência com Cenipa O coordenador da comissão, deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), anunciou que o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, será o primeiro a ser ouvido, em 10 de setembro.
A data é posterior a divulgação do relatório preliminar do acidente, anunciado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para acontecer em 6 de setembro.
O relatório preliminar é divulgado em até 30 dias após acidentes aéreos e deve conter informações acerca do andamento das investigações sobre o acidente. A comissão enviou ainda convites para que a ATR, empresa fabricante do avião, e para a BEA e a TSB, agências responsáveis pela segurança da aviação civil na França e no Canadá, respectivamente, enviem representantes para falar na comissão.
Relator O deputado Padovani (União Brasil-PR) fará o relatório sobre os trabalhos da comissão.
Ele é natural de Cascavel (PR), cidade de onde partiu o voo acidentado, e disse que perdeu amigos no acidente.
"Meu objetivo não é fazer caça às bruxas, o objetivo de forma nenhuma é apontar culpados, mas encontrar soluções", disse.
"Não queremos aqui quebrar empresa nenhuma, trazer dificuldade à aviação comercial, mas queremos sim investimentos para a ANAC, treinamento de pilotos, treinamento de mecânicos, para que o Brasil continue sendo esse polo seguro de aviação aérea comercial." O acidente Os registros mostram que aeronave, um ATR 72-500 geralmente utilizado em rotas regionais, decolou de Cascavel (PR) às 11h56 com 58 passageiros e quatro tripulantes.
O voo tinha como destino Guarulhos (SP).
O avião subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e assim seguiu até 13h21.
Foi neste momento que, segundo a plataforma Flightradar, a aeronave começou a perder altitude e fez uma curva brusca.