Jacivaldo Pereira foi morto durante uma discussão, após bater no fundo do carro do suspeito, em Feira de Santana.
Dentista suspeito de matar metalúrgico em briga de trânsito na Bahia se apresenta à polícia e é preso Reprodução/TV Subaé O dentista Lucas Ferraz, suspeito de matar o metalúrgico Jacivaldo Pereira durante uma briga de trânsito, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador, foi liberado do conjunto penal nesta terça-feira (27). 'Vítima indefesa e desarmada', diz delegado sobre metalúrgico morto a tiros durante briga de trânsito na Bahia O crime ocorreu em 15 de novembro de 2023.
Lucas Ferraz foi preso no dia 27 do mesmo mês, após se apresentar à polícia. Na época, o delegado Gustavo Coutinho, responsável pela investigação do caso, informou que o dentista responderia por homicídio qualificado. Câmera de segurança registrou crime Vítima tinha 44 anos e foi baleado no abdômen Redes sociais O crime foi registrado por uma câmera de segurança da região.
A vítima estava acompanhada das duas filhas, de 24 e 8 anos, e do neto, de 2 anos. Nas imagens, é possível ver que o carro dirigido por Jacivaldo Pereira colidiu na parte traseira do veículo do suspeito.
[Assista abaixo] Metalúrgico morre após ser baleado em discussão de trânsito na BA Familiares do metalúrgico relataram que o suspeito saiu do veículo bastante nervoso, com uma arma de fogo nas mãos.
Apesar de ter dito que iria pagar o prejuízo, a vítima foi baleada. "A mulher que estava com ele [suspeito] segurou a mão dele e disse 'por favor, por favor'.
Ele apontou a arma para o meu pai e eu e a minha irmã de oito anos gritamos: 'por favor, não atira no meu pai, ele vai pagar'.
Ele atirou no pai e saiu friamente", afirmou Alana Costa, filha mais velha de Jacivaldo. O metalúrgico foi socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu e morreu horas depois.
O corpo dele foi sepultado sob forte comoção. O que dizem a defesa do suspeito e a polícia Lucas Ferraz foi preso suspeito de matar metalúrgico na Bahia Reprodução/TV Subaé Na época do crime, a defesa de Lucas Ferraz afirmou que ele estava a caminho de uma missa no momento do ocorrido.
Segundo o advogado Joari Wagner, o cliente só usou a arma de fogo porque Jacivaldo foi "para cima dele".
A polícia informou que o suspeito não tinha porte de arma. "Ele informa que a todo momento tentou afastar e que Jacivaldo estava visivelmente embriagado, alterado e exaltado.
Ele tem plena consciência que as imagens das câmeras de segurança do local vão comprovar tudo isso", afirmou o advogado. LEIA TAMBÉM Homem é encontrado morto em rua na BA após desentendimento em bar, afirma família Bebê de sete meses morre esfaqueada no Centro Histórico de Salvador Ainda conforme o advogado, o cliente tentou atirar na perna de Jacivaldo para contê-lo, mas o disparo atingiu a região da cintura.
No entanto, de acordo com o delegado Gustavo Coutinho, Lucas teria mentido em depoimento ao dizer que a discussão com a vítima havia demorado.
A ação, conforme detalhou Coutinho, durou cerca de um minuto e não justifica os tiros disparados pelo dentista Lucas Ferraz.
O delegado ainda informou que Lucas não tem posse ou porte legal de arma de fogo e a adquiriu de forma clandestina, com a compra através de terceiros.
Ainda segundo o delegado, o crime poderia ter sido evitado se o suspeito tivesse conversado e resolvido a situação com a vítima. "Nada justifica o autor ter ceifado a vida de um trabalhador.
Uma pessoa de bem que estava com a família, filhas e um neto de 2 anos.
Uma pessoa que não oferecia risco nenhum , disse o delegado. A família do metalúrgico também contestou a versão e testemunhas disseram que o atirador estava sem camisa, o que indica que ele não estava a caminho de missa, na opinião dos parentes.
"Eu, quando vou à missa, levo minha Bíblia, não vou com arma na mão.
Ele está mentindo", disse Alana Costa, filha mais velha de Jacivaldo. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia