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25 anos sem Dom Helder Camara: relembre a trajetória do líder religioso marcada pela caridade e luta por direitos humanos

Postado em 27 de Agosto de 2024


Arcebispo emérito de Olinda e Recife é tema de uma série de reportagens especiais da TV Globo até quinta-feira (29).

"Os Dons de Helder": série de reportagens conta a história de Dom Helder Camara Religioso, poeta e humanista.

Os títulos, apesar de justos, são insuficientes para traduzir quem foi Dom Helder Camara.

O “Dom da Paz”, como é conhecido, morreu no dia 27 de agosto de 1999, há 25 anos, mas seu legado segue vivo até hoje nas obras sociais e projetos fundados por ele (veja vídeo acima). Um dos líderes religiosos, mais relevantes da história do país, Dom Helder teve um trabalho marcante na luta por direitos humanos, sendo um exemplo de caridade e humildade.

Também fundou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi bispo auxiliar no Rio de Janeiro e comandou a Arquidiocese de Olinda e Recife por 21 anos.

Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Para celebrar a história de Dom Helder Camara, a TV Globo preparou uma série especial de reportagens sobre a vida e trajetória do religioso.

Aqui no g1, você vai conferir, até quinta-feira (29), quem foi o arcebispo, o legado social e religioso dele e o processo de beatificação em andamento que corre no Vaticano. Quem foi Dom Helder Dom Helder Camara foi arcebispo emérito de Olinda e Recife Reprodução/TV Globo Helder Pessoa Camara nasceu em Fortaleza, no dia 7 de fevereiro de 1909, numa família simples e numerosa.

Era o 11º dos 13 filhos do jornalista e bibliotecário João e da professora da educação infantil Adelaide. A vocação religiosa de Dom Helder se revelou desde muito cedo, graças à mãe.

Helder cresceu frequentando missas aos domingos e dias santos.

Teve aulas de catecismo e gostava de brincar de celebrar missas como um padre.

Ainda na infância, teve a certeza do que queria fazer no resto da vida e, aos 14 anos, entrou no seminário.

“Desde pequeno, eu dizia: ‘Quero ser padre, quero ser padre’.

Talvez eu nem soubesse direito o que era ser padre.

Um dia, meu pai chegou e disse: ‘Meu filho, sempre [...] escuto você dizer que quer ser padre.

Você sabe o que é ser padre?’.

[...] Ele apresentou o retrato de um padre que eu achei uma coisa lindíssima, formidável.

Quando ele terminou, eu disse: ‘Meu pai, é um padre assim que eu quero ser’.

Pois bem, ele disse: ‘Deus te abençoe’”, contou Dom Helder em entrevista à TV Globo. O religioso precisou de uma autorização especial do Vaticano para se ordenar padre aos 22 anos, já que não tinha a idade mínima exigida de 24 anos.

Segundo o padre e historiador Tiago Oliveira Gomes, o início da trajetória do cearense como sacerdote foi influenciada pela formação conservadora no seminário. “Ele se envolve muito nestes dois campos de atuação, educação e mundo operário, defendendo a visão católica daquela época.

Ele se aproxima do integralismo e vai desagradando algumas pessoas”, declarou o estudioso.

Fundado em 1932 pelo jornalista Plínio Salgado, o integralismo foi um movimento nacionalista de extrema-direita que pregava a defesa da tradição da família e dos valores militares.

Segundo o escritor, teólogo e padre Marcelo Barros, apesar do envolvimento inicial, Dom Hélder se afastou do movimento e, por vezes, precisou justificar sua mudança de pensamento. “Ele disse: meu filho, quem tem inteligência muda, eu estou aberto a mudanças permanentemente.

Eu soube mudar.

O grande problema na vida é quando a gente não sabe mudar”, contou o padre Marcelo Barros em entrevista à TV Globo. VÍDEOS: mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco

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