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Governador do TO diz que prêmio de R$ 5 mil em 'consórcio' levou PF a investigá-lo por suposto desvio de dinheiro de cestas básicas

Postado em 21 de Agosto de 2024


Segundo Wanderlei Barbosa, valor foi depositado na conta dele por integrante de um 'consórcio entre amigos', mas não tem relação com suposta fraude.

Polícia Federal apura possíveis desvios de dinheiro público durante a pandemia de Covid-19.

Governador Wanderlei Barbosa diz que ficou surpreso após operação da Polícia Federal O governado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos) é o principal alvo da operação que investiga possíveis desvios de dinheiro na compra e distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Em entrevista à TV Anhanguera, o governador disse que foi citado na investigação por ter recebido R$ 5 mil em um consórcio informal entre amigos.

Segundo ele, o pagamento teria sido feito por um dos envolvidos no suposto esquema. O consórcio informal citado pelo governador é quando um grupo de amigos se reúne para fazer um tipo de 'reserva financeira'.

Cada mês uma pessoa do grupo recebe o valor estipulado de todos os outros integrantes.

"Nós fomos citados, eu não era investigado, eu era citado porque eu recebei R$ 5 mil de alguém que era investigado que participava desse grupo, um grupo entre amigos que é feito no serviço público.

Vários órgãos, a Assembleia faz, outros órgãos fazem.

Nesse grupo cada um deposita naquele dia, passa o dinheiro um para o outro da mesma forma que aquele cidadão passou para mim os R$ 5 mil eu também passei para ele.

Na investigação isso vai ser provado", explicou. Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, em entrevista sobre operação Fames-19 Reprodução/TV Anhanguera A Polícia Federal do Tocantins cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, na manhã desta quarta-feira (21).

Também são alvos da operação outros políticos, empresários, a primeira-dama Karynne Sotero e os filhos de Wanderlei, o deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos) e Rérison Castro.

A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e apura um suposto esquema de desvio de dinheiro na compra de cestas básicas pelo governo do estado durante a pandemia.

Entre 2020 e 2021o estado pagou quase R$ 5 milhões na compra de 1,6 milhão de cestas básicas.

Na época, Wanderlei Barbosa era vice-governador do Tocantins.

Os inquéritos tramitam sob sigilo. Entenda como funcionou o suposto esquema de desvio de dinheiro de cestas básicas no Tocantins A primeira-dama Karynne afirmou que não faz parte do processo investigatório e sequer é citada, por isso está tranquila.

O g1 pediu posicionamento dos filhos de Wanderlei, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Wanderlei Barbosa, Karinna, Léo Barbosa e Rérison Castro Arte g1 Questionado sobre um possível afastamento, o governador informou que não teme a situação e que deve seguir com o mandato até 2026.

"Enquanto estivermos exercitando o governo, e eu espero que seja até 2026, nós vamos trabalhar muito.

Porque se a Justiça for feita da maneira que a gente espera que seja, nós estamos muito tranquilos quanto a isso", contou.

Wanderlei Barbosa ainda disse que sofre perseguições e tem colaborado com a polícia.

"Estamos tranquilos quanto a tudo isso.

Na época desse procedimento eu não era governador, eu era vice-governador.

Não foi eu que comprei cesta básica, não foi eu que enviei cesta básica, não foi eu que direcionei cesta básica" LEIA MAIS Governador Wanderlei Barbosa é alvo de buscas da PF por suposto desvio de dinheiro na distribuição de cestas básicas no TO Governador do Tocantins diz que não ordenou despesas com programa de cestas básicas investigado pela PF Primeira-dama do Tocantins e filhos do governador são alvos da PF em investigação sobre desvio de cestas básicas na pandemia Investigação A Polícia Federal informou que a investigação apura desvio de recursos públicos por meio da distribuição de cestas básicas, durante a pandemia de COVID-19. Segundo a PF, há fortes indícios da existência de um esquema montado entre os anos de 2020 e 2021, utilizando-se do estado de emergência em saúde pública e assistência social, para contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas. PF cumpre mandados busca e apreensão nesta manhã (21) As empresas teriam recebido a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado. A investigação sobre os supostos desvios começou na Polícia Civil do Tocantins.

Em 2022 foram cumpridos 11 mandados de busca durante a operação Phoenix.

Houve bloqueio de bens afastamento de servidores públicos da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social do Tocantins (Setas). Na época, o valor estimado dos prejuízos aos cofres públicos, considerando o valor dos contratos, chegava a R$ 4.951.478,78, segundo a PC.

Só em 2020 foram dois projetos para distribuição de cestas básicas desenvolvidos pelo governo com recursos próprios, além de aquisições feitas por meio de emendas parlamentares. A operação foi chamada de Fames-19 em referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de COVID-19.

Fames, significa fome em latim e 19 faz alusão ao ano em que a doença foi descoberta. Filhos e primeira-dama Karynne Sotero atualmente é secretária extraordinária de Participações Sociais.

Léo barbosa é deputado estadual desde 2019.

Rérison Castro atualmente é superintendente do Sebrae Tocantins, mas foi secretário no governo do Tocantins entre 2019 e 2022.

A Polícia Federal não divulgou qual a participação de cada um dele no esquema investigado. Veja as notas na íntegra Nota de Wanderlei Barbosa O Governador Wanderlei Barbosa informa que recebeu com surpresa, porém com tranquilidade, a operação ocorrida nesta manhã, sobretudo porque na época dos fatos era vice-Governador e não era ordenador de nenhuma despesa relacionada ao programa de cestas básicas no período da pandemia. “Como todos já sabem, a única alusão ao meu nome em toda essa investigação foi a participação num grupo de consórcio informal de R$ 5.000,00 com outras 11 pessoas, no qual uma delas era investigada.” Ressalta ainda que deseja a apuração célere e imparcial dos fatos, pois está confiante na sua inocência e na Justiça, estando sempre a disposição para colaborar com as investigações. Nota do governo do Tocantins O Governo do Estado Tocantins informa que colabora com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta quarta-feira, 21, referente a Operação Fames-19, que investiga supostos desvios na compra de cestas básicas nos anos de 2020 a 2021.

É do interesse do Governo do Estado que tais fatos sejam devidamente esclarecidos. Nota da primeira-dama A Primeira-Dama e secretária extraordinária de Participações Sociais Karynne Sotero recebeu com espanto e perplexidade a notícia de que é alvo de busca e apreensão uma vez que não faz parte do processo investigatório e sequer é citada. Esclarece ainda que não era sequer primeira-dama do estado a época dos fatos investigados.

Ressalta que está tranquila em relação ao desenrolar da investigação e confiante na Justiça. Nota Sebrae Tocantins O Sebrae Tocantins esclarece que não está medindo esforços com intuito de apresentar todas as informações de forma transparente a respeito da Operação Fames-19.

Importante destacar que no período investigado o atual superintendente, Rérison Antônio Castro, não fazia parte do corpo técnico do Sebrae. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

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